Casa do Cordel retoma tradição popular de São Cristóvão
Foto: Prefeitura de São Cristóvão
Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 13/04/2018
Casa do Cordel retoma tradição popular de São Cristóvão
Objetivo é propagar a história do município a todo o Brasil
Quem visita a cidade de São Cristóvão não pode deixar de
conhecer a Casa do Cordel. Localizada na Praça da Matriz, Centro Histórico, o
espaço foi criado no ano de 2015 pela professora e cordelista, Alda Cruz, com o
objetivo de manter a tradição da cultura do cordel e propagar a história do
município aos quatro cantos do Brasil. Apoiada pela Fundação de Cultura e
Turismo João Bebe-Água (Fundact), a visitação é gratuita e acontece de terça a
domingo das 10h às 16h, sendo que aos domingos o local só abre até 12h.
“Em 2015 recebi o título de cidadã sancristovense, o que
muito me honrou. Sempre tive uma relação muito próxima e de gratidão com a
cidade de São Cristóvão. A partir do título, pensei na criação deste espaço.
Nossa intenção é manter viva a cultura do cordel, algo tão representativo para
o nordeste, e para a história de São Cristóvão”, contou Alda.
Herança portuguesa no Brasil, a Literatura de Cordel
representa uma manifestação tradicional da cultura interiorana do nordeste que
adquiriu força no século XIX, sobretudo, entre 1930 e 1960. Por meio da
oralidade e da presença de elementos da cultura brasileira, ela possui uma
importante função social de informar e divertir os leitores. Em sua origem,
muitos poetas vendiam seus trabalhos nas feiras das cidades.
Na Casa do Cordel, o público pode conhecer centenas de
títulos literários que homenageiam ícones nordestinos, como: Lampião, Padre
Cícero e Luiz Gonzaga. Além de personagens históricos locais e detalhes sobre a
própria cidade, tudo contado de forma rítmica. O público também tem a
oportunidade de entrar em contato com objetos antigos e com o artesanato feito
com fuxico.
Para a cordelista, a criação do espaço foi a oportunidade
que ela encontrou de retribuir para a cidade, todo o amparo que recebeu em
momentos difíceis de sua trajetória. “De certa forma, a Casa do Cordel é uma
forma que encontrei de agradecer por tudo que esta cidade fez por mim e por
minha família. Meus pais eram muito pobres e uma das minhas irmãs ficou interna
no Orfanato Imaculada Conceição por quase 10 anos".
Posteriormente prestei concurso para o Instituto de
Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI) e escolhi São Cristóvão para
trabalhar. Embora tenha nascido em Aracaju, São Cristóvão sempre faz parte da
minha história, da história de minha família, e será sempre lembrada por mim
com muito amor e gratidão”, enfatizou a cordelista.
Segundo o presidente da Fundact, Gaspeu Fontes, a Casa do
Cordel além de manter viva a tradição, cria a oportunidade de autores e
artistas mostrarem para o público as suas obras. “O espaço, que também pode ser
considerado um pequeno museu, alimenta a cultura do cordel e cria oportunidade
para os autores mostrarem seus trabalhos. Não podemos deixar morrer essa
tradição que durante muito tempo foi o único veículo de informação de algumas
pessoas. Poder vivenciar esta história viva hoje em dia é algo muito
emocionante, pontuou.
Fonte: Prefeitura de São Cristóvão
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário