Centro Cultural de Aracaju, três anos de muita contribuição
com a cultura popular e contemporânea da capital sergipana.
Biblioteca Mário Cabral.
Sala da Cultura Popular.
Exposição Carrossel do Tobias.
Presidente da Funcaju
Coordenadora do NPD, Carol Westrup.
Professor do curso de Gestão de Turísmo do IFS,
Jaime Barros Neto.
Coordenador do Centro Cultural, Mário Alves.
Artista Plástico, Joubert Moraes.
Fotos: Edinah Mary
Publicado priginalmente no site da PMA, em 20/10/2017.
Centro Cultural de Aracaju: três anos preservando a cultura
do povo aracajuano
A política de ocupação do Centro Cultural de Aracaju, planejada
pela Prefeitura de Municipal, através da Fundação Cultural Cidade de Aracaju
(Funcaju), que administra a unidade, abriu ainda mais as portas do espaço
criado par abrigar as manifestações culturais do aracajuano. O xodó da cultura
aracajuana, como vem sendo considerado pelos produtores e agentes culturais de
Aracaju aquela unidade, completa nesta sexta-feira, 20, o terceiro ano de
existência.
Há três anos a unidade vem contribuindo com a cultura
popular e contemporânea da capital sergipana com a realização de eventos,
cursos, exposições, apresentações musicais, mostra audiovisuais e com um grande
acervo de livros de escritores sergipanos.
Instalado no prédio da antiga Alfândega de Aracaju, no marco
zero da cidade, o projeto de sua criação foi iniciado ainda na gestão do
prefeito Edvaldo Nogueira. Em 2014, o Centro foi inaugurado com a proposta de
oferecer à comunidade um espaço de disseminação cultural e fortalecimento dos
aspectos culturais da cidade considerada a bela mais charmosa do Nordeste.
Agora, em 2017, os agentes de cultura sentem, de fato, a
importância do Centro Cultural enquanto instrumento de valorização da cultura.
Administrado pela Funcaju, o centro potencializou as atividades desenvolvidas
pela fundação, sendo transformado em um espaço mais dinâmico e que atende as
necessidades daqueles que tem compromisso com a cultura.
“Aqui nós tínhamos um espaço pouco explorado. Em nossa
gestão, apesar das dificuldades enfrentadas por conta da crise econômica
financeira, que todo país está passando, estamos reconfigurando o Centro
Cultural através de ações e projetos democratizam cada vez este espaço e enche
a praça General Valadão. Estamos tocando vários projetos aqui com o objetivo de
tornar as pessoas mais próximas de sua cultura e das suas tradições”, observa o
presidente da Funcaju, Silvio Santos.
Tradição cultural
Aracajuanos e turistas respiram cultura e grande parte das
iniciativas é feita no Centro Cultural, que também tem salas que são cedidas a
outras fundações e órgãos públicos e privados, que buscam locais para
realização de eventos. É também uma fonte de conhecimento e estudo, recebendo
anualmente cerca de 150 turmas de estudantes do ensino fundamental, médio,
superior e pesquisadores.
De acordo com o professor do curso de Gestão de Turismo do
Instituto Federal de Sergipe (IFS), Jaime Barros Neto, um Centro Cultural é
essencial para toda cidade, principalmente para aqueles que preservam as suas
tradições e enaltecem a cultura local. “São espaços de memórias e de resgate de
cultura. Então, é primordial um Centro como este. Principalmente na questão de
fortalecimento da identidade do povo através de suas iniciativas. Aqui, por
exemplo, temos dois eventos semanais que vem ganhando cada vez mais destaque
como o Quinta Instrumental e o Ocupe a Praça. É isso que as pessoas e os
artistas precisam”, disse.
“Aqui é um dos principais prédios públicos do município que
tem como obrigação de contemplar os artistas, produtores culturais e a
população em geral. Então, a Funcaju, através de seu plano estratégico, pensou
em dar vida ao local, e quando eu digo dar vida é trazer pessoas, artistas,
movimentos culturais pra cá, que é justamente o que está acontecendo nesta nova
gestão”, complementou o coordenador do Centro, Mário Alves.
Visitações
A cada ano o espaço bate recorde de público. Até setembro
deste ano, mais de 3.500 pessoas já passaram pela antiga Alfândega. Os números
são contabilizados a partir de um caderno de registro de visitas. Gente de toda
parte do mundo passa pelo local todos os anos. O forte das visitas é durante os
meses de dezembro (período de férias) e junho (festas juninas na cidade).
De acordo com o artista plástico, Joubert Moraes, Aracaju
precisava de um espaço que une as características culturais de seu povo e cria
ações que incentivam as pessoas a mergulharem no mundo da cultura. “Era o que
realmente estava faltando. Esses projetos nos estimulam a sair de casa. Fiquei
realmente encantado com a organização e a condução do evento que participei e
da estrutura do local”.
Núcleo de Produção Digital
No Centro Cultural de Aracaju é possível encontrar desde
pertences da época da colonização do Estado, onde eram guardados objetos
valiosos em seus cofres, até mesmo espaços modernos como o Núcleo de Produção
Digital Orlando Vieira (NPD), que hoje além de promover mostras de cinema ainda
tem um papel importante na formação de público e na ocupação do Centro.
“Tanto para o NPD quanto para o Centro Cultural é de
fundamental importância essa relação entre os dois instrumentos. Porque um
acaba favorecendo o outro. O Núcleo, por exemplo, oferece no local exibições de
filmes que retratam as questões sociais. Então, eu acho importante que esse
Centro Cultural seja entendido como espaço contemporâneo, vivo e que sempre
esteja movimentado de coisa que faça parte do nosso cotidiano”, destacou a
coordenadora do NPD, Carol Westrup.
Sala da Cultura Popular, Museu Viana de Assis, Sala de
Exposições e Oficinas, Teatro João Costa são algumas das suas instalações.
Fazendo um tour pelo prédio o visitante se depara com obras de arte e
exposições a exemplo do Carrossel do Tobias que ficará no local até 2020 e é um
símbolo da cultura popular de Aracaju, antigo brinquedo que animou gerações
entre as décadas de 1900 e 1980, que firma a sua contribuição com a preservação
das memórias do povo sergipano.
O Centro Cultural de Aracaju é uma instituição que age em
constante interação baseada na produção, difusão, recepção apropriação de bens
simbólicos, firmando a sua missão social de enaltecer a cultura das terras das
araras e dos cajus.
Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br
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