domingo, 15 de outubro de 2017

Romaria na cidade de Nossa Senhora Aparecida/SE.


Publicado originalmente no site NE Noticias, em 13 de outubro de 2017.

Arcebispo diz que cidade sergipana vai se tornar grande santuário de Nossa Senhora Aparecida no Nordeste

Por SERGIPENET, Aparecido Santana

O Arcebispo Metropolitano de Aracaju surpreendeu a todos ao firmar que à cidade de Nossa Senhora Aparecida (SE) vai ser em um futuro muito próximo um grande santuário da Padroeira do Brasil e referência no Nordeste.

O Arcebispo fez o comentário durante o encerramento das festividades de Nossa Senhora Aparecida na tarde de quinta-feira, dia 12 de outubro. Ele comentou como imagina ser o santuário na cidade sergipana. “Vai se assemelhar ao Santuário Nacional da virgem mãe rainha. Há 300 anos nem santuário existia, o santuário como está agora existe há pouco tempo”, afirmou.

“Quem sabe daqui a 30 anos ou 300 anos, aqui não teremos um grande santuário sendo aqui, o santuário do Nordeste da mãe rainha Padroeira do Brasil. Rezamos para que isso aconteça”, concluiu.

A devoção mariana é um dos fenômenos religiosos mais importantes do catolicismo popular sergipano da atualidade, resgatando as práticas devocionais das pessoas que vão em romaria adorar a Santa mais popular do Brasil. E no município que adotou Seu nome, apesar do pouco tempo de existência, chama a atenção por sua força devocional no tecido histórico e social dessa comunidade e por sua capacidade deresguardar sua identidade, afora o fato de estar inserido nas discussões em torno do turismo religioso como agente fomentador da memória de um povo.

Há uma certeza entre os fiéis: “nas romarias, é com os pés que se ora. Trata-se de uma jornada que os retira de seu ambiente social e os segrega espacialmente por um determinado período”. Neste caso, Aparecida é o lócus acessível a Maria, aonde, para se chegar, não importa o meio de transporte (ônibus, carro particular, a pé ou em lombo de animal). O que importa é a aproximação com a santa onde acontece o ápice da fé e da religiosidade não só dos habitantes aparecidenses, mas daqueles devotos que percorrem o caminho entre o espaço do cotidiano (sua morada) e o espaço sagrado (morada do santo).

O surgimento da cidade de Nossa Senhora Aparecida se deve a um milagre de um filho da terra, atribuído à santa. O relato aparece no livro “Nossa Senhora Aparecida: História, Fé e Identidade”, escrito por Aparecido Santana, Leidivaldo Oliveira e Isabela Cruz.  O município cresceu e se desenvolveu em torno da religião e continua revigorando os corações.

A história começa no ano de 1956, ocasião em que José Torquato de Jesus, na época morava em São Paulo, teve problemas em um dente, que se agravou com o tempo, passou a ter dificuldade de se alimentar, por causa do inchaço que atingiu o rosto, o pescoço e a garganta. Os médicos já não sabiam mais o que fazer para curar o paciente de 33 anos, que perdeu diversas noites de sono, ficando ainda mais fragilizado.

“De acordo com a filha Elisabete Maria de Jesus, durante a sua estadia no estado de São Paulo, ele adoeceu. Movido pela fé, começou a fazer oração de um modo todo especial lembrou de Nossa Senhora Aparecida e com muita esperança pediu a intercessão da Mãe. No mesmo instante, apareceu em sua frente Nossa Senhora Aparecida vestida com habito de uma madre (como ele falava), escuro e longo, na cabeça um longo véu, testa e pescoço coberto de branco”, conta Cruz. "No mesmo instante, apareceu em sua frente Nossa Senhora Aparecida vestida com habito de uma madre, escuro e longo, na cabeça um longo véu, testa e pescoço coberto de branco”, conta Elisabete Maria de Jesus.

Elizabete relata que o pai se emocionou ao ver à santa. “No momento da visão caminhava com a santa fazendo um trajeto em terras do Povoado Maniçoba, e lá ela mostrava onde queria a capela. Por duas vezes ela lhe apareceu com um rosto resplandecente e de grande beleza e com os braços estendidos em forma de cruz”.

Segundo a filha de Torquato, depois desse momento as dores cessaram. O dente desinflamou sem medicação. Em agradecimento, a capela foi construída em 1957 e “em 24 de Dezembro de 1975, com a transferência da Sede de Cruz das Graças para Maniçoba (atual cidade) foi construída a Igreja no mesmo local e instituiu a partir de 1976 a Festa da Padroeira”.

Texto e imagem reproduzidos do site: nenoticias.com.br

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