Com a chegada do “CD”, no final dos anos 80,
o famoso “Long Play” foi perdendo espaço e condenado
a um quase ostracismo. No entanto, desde 2007 o “LP”
vem reconquistando espaços e atraindo novos fãs
Foto: Portal Infonet
Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 29 de janeiro de 2019
Paixão por discos de vinil reúne pesquisadores e fãs em
seminário
Sucesso nas décadas de 60 e 70, os discos de vinil marcaram
uma geração. Com a chegada do “CD”, no final dos anos 80, o famoso “Long Play”
foi perdendo espaço e condenado a um quase ostracismo. No entanto, desde 2007,
o “LP” vem reconquistando espaços e atraindo novos fãs. O III Seminário Música
e Vinil realizado nesta terça-feira, 29, no Centro Cultural de Aracaju, buscou
trazer temáticas que relacionassem música e sociedade, além de uma
contextualização do papel do vinil na atualidade.
André Teixeira deixa claro logo de imediato que o
vinil
“nunca foi para ter voltado”. Segundo ele, o vinil
passou apenas por um período
de inatividade
Foto: Portal Infonet
Autor de um livro que narra a feira dos discos de vinil em
Aracaju, o escritor André Teixeira deixa claro que o vinil nunca saiu de cena,
apenas passou por um período de inatividade. “Ao contrário do que muitas
pessoas pensam, o vinil não morreu. Ele apenas esteve na UTI, digamos assim”,
pontua. André também informa que a partir de 2007 o “LP” vem ressurgindo com
força total. “De lá pra cá, há muitas pessoas e lojas envolvidas para trazer
cada vez mais à tona o vinil”, destaca.
Ainda segundo ele, seminários e feiras como essas contribuem
para uma maior visibilidade do vinil. “Com a realização da feiras, muitas
pessoas têm a oportunidade de conferir de perto os discos, o que contribui
também para uma popularização”, afirma. André também destaca que as mídias
digitais foram um fator importante para que se despertasse o interesse por
obras mais antigas. “As plataformas de streaming aguçaram a curiosidade de
muita gente. Como elas disponibilizam uma vasta discografia, algumas pessoas se
sentiram atraídas a conhecer fisicamente os discos que ouvem pelo celular”,
pontua.
Paixão de fã
Glauber Rodrigues diz que o interesse pelo vinil
surgiu há
cerca de 8 anos quando ouviu um
“LP” na casa de um amigo
Foto: Portal Infonet
O contator Glauber Rodrigues diz que o interesse pelo vinil
surgiu há cerca de oito anos quando ouviu um “LP” na casa de um amigo. “O que
mais me chamou atenção foi toda a aparelhagem que o vinil envolve, como a
vitrola, a caixa, o receiver, enfim, todo o equipamento”, destaca. A partir
desse primeiro encontro, Glauber disse que começou a ler, pesquisar e,
principalmente, a comprar os “LPs” das bandas e cantores que mais gostava.
“Desse dia em diante não parei mais”, afirma.
Glauber também ressalta que a qualidade do áudio foi um dos
fatores que mais lhe impactou. “Com os discos de vinil, eu pude sentir com mais
profundidade os graves e agudos”, explica. “Os “LPS” despertam uma relação de proximidade, carinho
e cuidado. Eu gosto muito de pegá-lo, abri-lo, admirá-lo e colocá-lo na
vitrola”, acrescenta. Ainda segundo Glauber, é um ritual único e prazeroso dedicar
um parcela do tempo para ouvir um bom e velho “LP“.
por João Paulo Schneider e Verlane Estácio
Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br
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