Publicado originalmente no site ASN, em 11 de Janeiro de 2019
XLIV Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras celebra a
força popular
Grupos folclóricos animaram e emocionaram no primeiro dia do
Simpósio
Com o tema “Cultura Popular: A Resistência é a nossa força”,
o XLIV Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras foi iniciado nessa
quinta-feira, 10, às 8h30, no auditório da Universidade Federal de Sergipe (UFS
– Campus Laranjeiras). O Simpósio é uma realização da Fundação de Cultura e
Arte Aperipê - Funcap.
A abertura do Simpósio foi dirigida pela diretora presidente
da Funcap, Conceição Vieira, que destacou a relevância de promover esse
simpósio dentro do Encontro Cultural de Laranjeiras para manter viva a cultura
e repassá-la para as gerações mais novas. “Esse encontro tem o grande ápice de
nos unir em torno da cultura e de fazermos juntos a permanência da reflexão
acadêmica, a vivência das práticas culturais, o viver emocional com alegria da execução
das mais variadas formas de cultura”, disse.
A manhã foi marcada pela apresentação da banda de pífano e
do grupo de São Gonçalo de Laranjeiras, seguido da conferência de abertura
realizada por Toninho Macedo, ator e diretor de teatro, doutor em Ciências da
Comunicação (ECA/USP) e presidente da comissão paulista de folclore, que
abordou o tema do simpósio de forma literária e reflexiva. “Gostaria de
compartilhar minha emoção em estar aqui e é um orgulho muito grande ter uma
cidade com tantos grupos folclóricos. Até outro tempo nos diziam que
resistência era o atraso, aqui a gente tem ela como força”, falou.
A mesa ‘Encontro dos Saberes’, mediada por Antônio Amaral,
teve a participação de Beatriz Goís Dantas, antropóloga e pesquisadora nas
áreas de religiões afro-brasileiras, etno-história indígena e cultura popular;
Bárbara Cristina, graduada em Pedagogia e Mestra do grupo Taieiras de
Laranjeiras e Loxa da Irmandade Santa Bárbara das Virgens; Aglaé D’Ávila,
professora, escritora, folclorista e historiadora; e Vilma da Conceição, membro
do grupo folclórico Reisado de São José, de Japaratuba.
As participantes explanaram sobre grupos folclóricos com
ênfase maior nas Taieiras e no Reisado. Beatriz Góis compartilhou sua vivência
na pesquisa sobre as Taieiras de Laranjeiras, realizada em 1969, sobre a qual
ela publicou um livro em 1972, intitulado de “A Taieira de Sergipe: uma dança
folclórica. Bárbara Cristina relatou um pouco sobre ser taieira e o legado
deixado pelas antecessoras dela. Já a professora Aglaé, trouxe seu estudo e
conhecimento sobre o Reisado e suas ramificações, onde Vilma aproveitou frisar
que foi um belo aprendizado sobre a tradição de um grupo que ela faz parte.
A solenidade de abertura do Simpósio contou com a
participação do prefeito de Laranjeiras, Paulo Hagenbeck, a pró- reitora de
extensão da UFS, Alaíde Ermínia, o presidente da Funcaju, Cássio Murilo, a
superintendente do IPHAN, Catarina Aragão, o presidente do Conselho Estadual de
Cultura, Antônio Amaral e o conselheiro do Tribunal de Contas, Clóvis Barbosa,
além de estudantes, pesquisadores e comunidade em geral.
O Simpósio é realizado com os recursos do Fundo Estadual de
Desenvolvimento Cultural e Artístico (Funcart), aprovado pelo Conselho Estadual
de Cultura, e conta com o apoio da
Universidade Federal de Sergipe (UFS), Prefeitura Municipal de
Laranjeiras, Instituto Banese, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional em Sergipe (Iphan-SE), Fundação Nacional de Artes (Funarte), Instituto
Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE).
Texto e imagens reproduzidos do site: agencia.se.gov.br
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