O forró é uma das grandes atrações da
música em Aracaju/SE. (Foto: CDL)
Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 16 de julho de 2019
Aracaju concorre na categoria Música pela Unesco
Aracaju é uma das quatro cidades brasileiras candidatas a
títulos dado pela Unesco. A Rede Cidades Criativas é um laboratório de ideias e
de práticas inovadoras em prol do desenvolvimento sustentável. Além da capital
sergipana, Belo Horizonte (MG) concorre na categoria Gastronomia, Cataguases
(MG) em Cinema e Fortaleza (CE) no segmento Design. O resultado sai até o fim
de outubro.
Ao se candidatar ao título de Rede de Cidade Criativa da
Música, Aracaju pretende estabelecer uma poderosa indústria criativa com
investimentos nacionais e internacionais, uma vida cultural participativa
incluindo os mais vulneráveis e um desenvolvimento urbano onde a música é um
fator estratégico de desenvolvimento sustentável. Do ritmo tradicional de
forró, a cidade hoje se reinventa em misturas de rock e jazz, além de ritmos
contemporâneos nos mercados nacionais e internacionais.
Principal ativo da economia criativa de Aracaju, a cena
musical é efervescente com projetos independentes, privados e públicos, além de
meio de subsistência para músicos, técnicos e produtores. Quase 250 grupos e
artistas ocupam 36 teatros e cinco festivais.
Rede de Cidades Criativas
Por meio de políticas públicas, boas práticas e projetos de
base que promovam a participação de todos – incluindo mulheres, jovens e grupos
vulneráveis, a rede coopera de forma decisiva para o alcance dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas. Atualmente,
a rede, criada em 2004, conta com 180 cidades em 72 países. Oito delas são no Brasil:
Belém (PA), Florianópolis (SC) e Paraty (RJ), no campo da Gastronomia; Brasília
(DF) e Curitiba (PR), no do Design; João Pessoa (PB), em Artesanato e Artes
folclóricas; Salvador (BA), na Música; e Santos (SP), no Cinema.
Para a coordenadora de Meio Ambiente, Cultura e Economia
Criativa do Ministério do Turismo, Nicole Facuri, o aproveitamento dos setores
da economia criativa como ativos para agregar valor e desenvolver novos
produtos e destinos turísticos são de grande importância para a diversificação
da oferta turística nacional, sobretudo no Brasil, que tem a criatividade como
diferencial.
“O turismo criativo ou turismo de experiência representa uma
tendência de consumo em todo o mundo. O MTur tem apoiado ações que promovam e
incentivem o consumo de produtos turísticos estruturados a partir do capital
cultural, intelectual e na criatividade, como audiovisual, design, gastronomia,
conteúdos literários, artes visuais, entre outros”, ressalta Nicole.
Como fazer parte
Para integrar a rede, a cidade deve preparar um plano de
desenvolvimento no campo criativo em que a região se candidatou. O processo de
seleção é feito por dois comitês: um técnico, com representação em cada
categoria, designado pela Unesco; e um comitê de representantes das cidades já integrantes
da Rede, em cada categoria. Ao conquistar o título, a cidade tem a oportunidade
de integrar uma rede internacional de cooperação que envolve outros setores
criativos, além de participar de projetos estratégicos em âmbito internacional
e fomentar a indústria criativa local de forma sustentável e inclusiva.
Com informações do Ministério do Turismo
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br
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