Foto reproduzida do site: oglobo.globo.com
Folha de S.Paulo, em 02/12/2013.
João Pedro Pitombo, enviado especial a Aracaju.
Governador de SE 'morreu pobre', diz ministro em velório.
Em Aracaju na noite desta segunda-feira (2) para o velório
de Marcelo Déda (PT), o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da
Presidência) afirmou que uma característica fundamental do governador de
Sergipe foi o fato de não ter enriquecido após ingressar na vida política.
"Déda nos encantou exatamente por ir além da política,
pela capacidade de viver com intensidade a vida. E tem muita paixão por tudo
que ele fez e uma coisa fundamental: ele morre pobre, o que é uma grande lição
de um novo modo de fazer política", afirmou Carvalho, que lembrou o fato
de ter atuado com o governador na fundação do PT.
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Na última eleição que disputou, em 2010, Déda declarou à
Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 555,7 mil (R$ 680 mil, no valor corrigido
pela inflação).
Marcelo Déda morreu em São Paulo na madrugada desta
segunda-feira, em decorrência de complicações de um câncer na região do
intestino. O corpo está sendo velado no Palácio-Museu Olímpio Campos, ex-sede
do governo, e deverá ser cremado nesta terça.
O governador Jaques Wagner (PT-BA) também citou Déda como
exemplo da "boa política".
"Marcelo Déda é um grande brasileiro: alegre, risonho,
cantador, dançarino, jogador de futebol. É uma pessoa ímpar e inigualável. Ele
deixa uma contribuição muito grande para a política sergipana e brasileira. Eu
creio que vamos ficar com essa lembrança de um bom exemplo de uma boa política
e nos mirar nessa energia positiva dele", disse.
Emoção.
Em discurso emocionado durante o velório, a mulher de Déda,
Eliane Aquino, contou que o governador manifestou o desejo de ser visto pelo
povo sergipano em seu funeral.
"Ele me disse: 'Quero que o meu povo me veja'. E hoje
eu digo: 'Olha aí, meu amor, o seu povo que você tanto ama lhe fazendo uma
baita homenagem'", disse a primeira-dama.
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva participam do velório em Aracaju, que deverá ser aberto ao
público por volta das 22h (horário de Brasília).
Em cerimônia restrita a parentes e amigos, Dilma falou
rapidamente e disse que a morte de Déda deixava "um vazio".
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