Em diversos pontos da cidade é possível
a arte do grafiteiro Dext.
Fotos: Felipe Goettenauer.
No terminal de integração do DIA,
o colorido do grafite chama atenção.
Na sede da Ronda Escolar, a arte também está presente.
Para Dext, a arte em locais públicos tem
uma importância sociocultural.
Foto: Marco Vieira.
Nino Karvan, diretor de Arte e Cultura da Funcaju,
explica como funciona a autorização
para grafite em espaço público
Foto: Ana Lícia Menezes.
Publicado originalmente no site da PMA, em 17/11/2017.
Prefeitura apoia grafite na cena cultural de Aracaju
Dext é um dos grafiteiros que está modificando a paisagem de
Aracaju. Em diversos pontos da cidade é possível identificar o colorido dos
seus desenhos e o talento do artista. No registro, seu nome é Dalvan do
Nascimento, mas é como Dext que o aluno do curso de Artes Visuais da
Universidade Federal de Sergipe ficou conhecido e atua há nove anos no grafite.
Ele compõe o grupo Laboratório da Arte, formado por dez grafiteiros, que, além
de deixar a capital mais alegre e acolhedora com as pinturas, ainda oferece
oficinas para ensinar a técnica para a comunidade do bairro Santa Maria.
De acordo com a lei federal, nº. 9.605/98, a prática de
grafite não é considerada crime desde que seja consentida pelo proprietário ou
com autorização do órgão competente, em caso de bens públicos. "Às vezes
resolvemos pintar algum lugar por iniciativa própria, pedimos autorização aos
órgãos e, normalmente, são liberados. Outras vezes, nós somos convidados e
recebemos ajuda de custo e materiais, como foi o caso do terminal DIA, que a
SMTT (Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito) me procurou por já
conhecer o meu trabalho", afirma Dext.
Nino Karvan, diretor de Arte e Cultura da Fundação Municipal
de Cultura e Turismo (Funcaju), explica que, em Aracaju, a autorização para
pintura em locais públicos é semelhante a qualquer outra utilização de espaço
públicos. "No caso do grafite, a liberação depende de uma autorização
prévia da administração municipal, através da Emsurb (Empresa Municipal de
Serviços Urbanos). O interessado deve apresentar, na sede da administração, um
ofício com texto explicativo e, se possível, anexar um croqui da obra",
explica Nino.
Além do terminal de integração do DIA, também é possível
encontrar artes de Dext no muro externo da Escola Municipal de Ensino Infantil
(Emei) Dr. José Calumby Filho e no Centro de Referência de Assistência Social
(Cras), ambos no bairro 17 de Março; na Praça da Juventude, conjunto Augusto
Franco; na sede da Ronda Escolar, Emei Profª Neuzice Barreto, bairro Getúlio
Vargas; entre outros locais públicos e privados de Aracaju. A grande diferença
entre o grafite e uma pichação, que é considerada vandalismo, é a autorização e
a estética, que envolve estilo, técnicas, projetos e cores.
Para Dext, a arte em locais públicos tem uma importância
sociocultural, valorizando locais que antes não eram tão valorizados e que
podem ser tornar pontos turísticos. "Através da arte, nos comunicamos
facilmente e, até quem não sabe ler, consegue entender. O grafite dá uma nova
vida, transforma a cara dos locais e, em algumas cidades do mundo, se tornou
patrimônio cultural da cidade", afirmou.
"Temos total interesse, não só de valorizar a arte do
grafite, mas de apoiar toda e qualquer manifestação de cultura popular urbana.
Inclusive, logo no início da gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, o presidente
da Funcaju, Silvio Santos, convocou uma série de artistas propondo uma ação, no
sentido de espalhar a arte do grafite por vários pontos da cidade, através de
painéis e de ações educativas e artísticas em escolas e comunidades. O projeto
teve que ser adiado por falta de recursos e de parcerias com a iniciativa
privada. Mas, permanece na fila de execução para ser colocado em prática assim
que a situação financeira municipal melhorar", ressalta o diretor Nino
Karvan.
Com o objetivo de propagar a arte e dar novas opções à
comunidade, o grupo Laboratório da Arte realiza eventos anuais no bairro Santa
Maria e envolve dezenas de pessoas em oficinas coletivas. "Queremos gerar
uma relação social entre a arte e a comunidade. Também estamos organizando o
grupo e desenvolvendo alguns projetos para 2018. Um dos objetivos é fazer
painéis gigantes nas laterais de prédios, como estão fazendo em outros
lugares", acrescenta Dext.
Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br
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