É muito gratificante saber que meu trabalho
contribui com a
preservação do
meio ambiente - Dalvina Moreira, artesã
Aqui eu me desligo do mundo, esqueço os problemas,
e
mergulho somente na
minha arte - Tereza Ribeiro, artesã
O trabalho de nossas artesãs já auxiliou na
reabilitação de
pessoas com algumas enfermidades,
entre elas a depressão - Jacqueline Guimarães
dos Santos,
coordenadora da Oficina
Fotos: Ascom Emsurb
Publicado originalmente no site da PMA, em 21/08/18
Oficina de Papel: arte que contribui com o meio ambiente
Impossível olhar e não se encantar com a criatividade
embutida em cada peça. É no Parque Augusto Franco, mais conhecido como Sementeira,
que as mãos habilidosas das artesãs produzem verdadeiras obras de arte
utilizando como matéria-prima jornais e revistas que possivelmente iriam para o
lixo. Esse trabalho é feito, há mais de 20 anos, pela Oficina de Papel, mantida
pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), com o objetivo de promover
a preservação ambiental e servir como
alternativa de trabalho e até mesmo terapia.
O processo de produção começa com o recorte dos jornais em
tiras, que depois são enroladas em formatos de canudos para formar a base de
qualquer peça. Em seguida elas recebem um um banho de cola, são pintadas e
envernizadas. O verniz ajuda a conservar a dar brilho. As peças criadas no
ateliê, geralmente são doadas para a decoração de outras secretarias. Os trabalhos
são expostos em alguns eventos públicos e privados. Em 2017, mais de 800 obras
foram criadas no local, e até julho deste ano o número já chega a 400 peças,
fruto do trabalho de uma equipe de 11 profissionais, destes quatro artesãs.
Para a coordenadora da Oficina, Jacqueline Guimarães dos
Santos, o projeto além de valorizar o trabalho das artesãs, tem servido como
terapia ocupacional para muitos que visitam o espaço. “Algumas pessoas ao terem
o primeiro contato com as peças ficam encantadas e logo o interesse em aprender
essa arte tão criativa aparece. O trabalho de nossas artesãs já auxiliou na
reabilitação de pessoas com algumas enfermidades, entre elas a depressão”,
destacou.
A agilidade das artesãs impressiona, como demonstrou Dona
Tereza Ribeiro, enquanto explicava sobre sua paixão pela arte. Para ela, a
confecção dos objetos é uma terapia não somente para os visitantes. “Aqui eu me
desligo do mundo, esqueço os problemas, e mergulho somente na minha arte, é uma
verdadeira terapia. Me dedico bastante à produção das peças e também em passar
os meus conhecimentos para aqueles que queiram aprender”, disse ela que integra
a equipe há mais de 15 anos.
O sentimento de amor pelo que faz contagia mesmo aquelas que
chegaram recentemente ao grupo. É o caso de Dalvina Alves Moreira, que está há
pouco mais de um ano na Oficina. “Adoro o que faço, pois é muito gratificante
saber que meu trabalho contribui com a preservação do meio ambiente. Sempre que
chego aqui o meu dia fica mais feliz”, disse contente.
Inovação
A busca por uma maior diversidade de peças, resultou na
criação de objetos empregando outros tipos de matérias-primas, a exemplo das
garrafas PET e potes plásticos. “Nossa intenção é abrir o leque de opções
utilizando outros materiais recicláveis. As artesãs estão empenhadas e com boa
dose de criatividade”, enfatizou a coordenadora Jacqueline.
Doações
O material produzido é feito com jornais que são doados pela
própria população, empresas privadas e órgãos estaduais e municipais. Quem
tiver interesse em colaborar, pode entrar em contato com a gerência do Parque,
por meio do telefone 3021-9918. A oficina está localizada próximo ao Horto Florestal e está aberta para
visitação de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.
Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br
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