História do Seu Bairro.
Por cinform.com.br
13 de Julho é um dos mais cobiçados, mas manguezal míngua
com agressão.
Esse bairro foi palco de acontecimentos históricos de guerra
que marcaram a Capital, e passou por várias transformações urbanísticas
O bairro hoje chamado de 13 de Julho é um dos mais cobiçados
de Aracaju. A localização privilegiada, na Zona Sul, a caminho da Atalaia,
influencia, e muito, nos altos valores cobrados por metro quadrado. Apesar de
tão disputado, é o 10º menor bairro da Capital, com uma população de 8.328
pessoas, segundo estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
- IBGE.
O registro histórico mais antigo que existe, segundo o
historiador Amâncio Cardoso, é que a área, antes chamada Ilha dos Bois, foi
vendida ao Governo Imperial pelo sitiante José Honório dos Santos, em 1872. De
acordo com ele, o Governo pretendia construir ali um abrigo para controle
sanitário, onde seriam mantidas pessoas portadoras de epidemias. Amâncio
Cardoso explica que, no entanto, o abrigo não foi construído e que, já no final
do século XIX, a área começou a ser povoada por marujos e pescadores, por ser
região ribeirinha.
No início do século seguinte, os banhos na praia se
popularizaram, e o lugar recebeu um novo e sugestivo nome: Praia Formosa. Mas a
tranquilidade não durou muito tempo. Em 13 de julho de 1924, durante a Revolta
Tenentista, Aracaju foi tomada por tropas rebeladas do Exército. A cidade ficou
em clima de guerra durante 21 dias.
Em 27 de novembro de 1930, foi decretada a mudança do nome
do bairro. A Praia Formosa passou a se chamar 13 de Julho. O historiador relata
que, no ano seguinte, o bairro já possuía quase 100 casas. Décadas depois, foi
ocupado por prédios luxuosos e se tornou um cartão-postal dos mais cobiçados de
Aracaju.
A empresária Beljania Almeida mora ali há 11 anos. Ela diz
que o lugar mudou muito na última década. "Há alguns anos, havia vários
terrenos baldios. Hoje, o bairro se tornou, praticamente, um centro comercial,
com várias galerias", afirma a empresária. De fato.
Segundo Beljania, é um ótimo local para viver,
principalmente pela localização. "Tudo o que a gente procura, acha por
perto: padaria, supermercado, escola para os filhos, academia. O essencial para
o dia a dia", destaca a moradora.
Mas os residentes dali se queixam dos altos valores cobrados
pelos comerciantes. "Tudo aqui é mais caro. Os preços do pão, do leite,
das roupas são bem mais elevados do que os praticados em outros bairros de
Aracaju", reclama o aposentado José de Ramos Sobral.
Sobral observa também que o canal que corta o bairro
incomoda um pouco os moradores. "Já deveriam ter resolvido isso. É um mau
cheiro insuportável", diz o aposentado. O calçadão do Bairro 13 de Julho,
que funciona como uma espécie de cílios do bairro, é propício para a prática
esportiva. E atrai, também, dezenas de pessoas para caminhadas ao ar livre.
Mas o manguezal ao lado começou a ser degradado e a deixar o
local com um aspecto bem diferente de anos atrás. "Isso aqui era tudo
verdinho. Agora, a vegetação parece morta. O mangue está bem feio", diz o
estudante Márcio Santos de Oliveira. Algo que, certamente, o Bairro 13 de Julho
não merece.
CINFORM - Dados: IBGE 2010.
Fotos e texto reproduzidos do site:
cinform.com.br/historiadosbairros/trezedejulho.html
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