Origem do Bairro América em Cordel.
Por Antônio Wanderley de Melo Corrêa.
A história que eu vou contar
É pra todo mundo saber
Como surgiu o Bairro América
Vocês estudantes devem ler
Informações sobre o seu bairro
Pra todo o mundo é um dever.
Meu Bairro América querido
Nasceu ao redor da Penitenciária
Inaugurada em vinte e seis
Pra guardar gente ordinária.
Mas foi pra lá gente muito boa
Do interior, da roça, da pecuária.
O estrangeiro José Zuckerman
Fugindo da Guerra Mundial
Dos flagelos do nazismo
Achou o lugar ideal
Um sítio no Aracaju
Com barreiros, cajueiros e areal.
José Zuckerman gostou tanto
Do continente americano
Que batizou de ‘América’
Seu sítio belo e bacano
Construiu casa de alpendre
Quando o filho Isaac tinha um ano.
A casa que ali foi construída
Era de pedra, tijolo e telha vã
Tinha pitombeira e pé de pinha
Mangueira, coqueiro e caju anã
Hoje na esquina da Rua Venezuela
Com a Penitenciária é irmã.
Depois que José Zuckerman morreu
Isaac ficou como herdeiro
Não quis tomar conta do sítio
Pois morava no Rio de Janeiro
Resolveu lotear o terreno
E vender por qualquer dinheiro.
A Prefeitura do Aracaju
Fez o projeto do loteamento
Era novembro de quarenta e quatro
A capital ganhava um aumento
1610 lotes de chão
Ruas e praças em prolongamento.
No ano de quarenta e sete
Foi assinado um decreto importante
Pelo prefeito Oliveira Neto
Que num gesto retumbante
Batizou de ‘Bairro América’
Aquela zona distante.
Manoel Lucas e Oscar Euzébio
Os lotes foram vendendo
Pouco a pouco aquele sítio
Suas ruelas foram se estendendo
Entre as baixadas e os altos
De casas de taipa se enchendo.
Ganharam nomes de países
As ruas e avenidas do B.A.
Costa Rica, Cuba e Groelândia
Brasil, Haiti e Panamá
Uruguai, Chile e Equador
Bolívia, México e Canadá.
Um dos primeiros a se instalar
Foi o Terreiro de Nanã
Depois vieram os Capuchinhos
Já pensando no amanhã
Construíram igreja e convento
Pra falarem da fé cristã.
Pra abastecer todo o povo
Um mercado foi construído
Seu nome foi ‘Roberto Silveira’
Por José Conrado instituído
Vende tanta coisa boa e barata
Que até hoje não foi substituído.
Vou terminando essa história
Tinha muito mais que contar
Sobre as lutas e as escolas
As festas, um nunca acabar
Nas lindas noites de lua cheia
E eu aos beijos, pelas ruas do B.A.
Texto e foto reproduzidos do blog: sergipecultura.blogspot.com.br
Por Antônio Wanderley de Melo Corrêa.
A história que eu vou contar
É pra todo mundo saber
Como surgiu o Bairro América
Vocês estudantes devem ler
Informações sobre o seu bairro
Pra todo o mundo é um dever.
Meu Bairro América querido
Nasceu ao redor da Penitenciária
Inaugurada em vinte e seis
Pra guardar gente ordinária.
Mas foi pra lá gente muito boa
Do interior, da roça, da pecuária.
O estrangeiro José Zuckerman
Fugindo da Guerra Mundial
Dos flagelos do nazismo
Achou o lugar ideal
Um sítio no Aracaju
Com barreiros, cajueiros e areal.
José Zuckerman gostou tanto
Do continente americano
Que batizou de ‘América’
Seu sítio belo e bacano
Construiu casa de alpendre
Quando o filho Isaac tinha um ano.
A casa que ali foi construída
Era de pedra, tijolo e telha vã
Tinha pitombeira e pé de pinha
Mangueira, coqueiro e caju anã
Hoje na esquina da Rua Venezuela
Com a Penitenciária é irmã.
Depois que José Zuckerman morreu
Isaac ficou como herdeiro
Não quis tomar conta do sítio
Pois morava no Rio de Janeiro
Resolveu lotear o terreno
E vender por qualquer dinheiro.
A Prefeitura do Aracaju
Fez o projeto do loteamento
Era novembro de quarenta e quatro
A capital ganhava um aumento
1610 lotes de chão
Ruas e praças em prolongamento.
No ano de quarenta e sete
Foi assinado um decreto importante
Pelo prefeito Oliveira Neto
Que num gesto retumbante
Batizou de ‘Bairro América’
Aquela zona distante.
Manoel Lucas e Oscar Euzébio
Os lotes foram vendendo
Pouco a pouco aquele sítio
Suas ruelas foram se estendendo
Entre as baixadas e os altos
De casas de taipa se enchendo.
Ganharam nomes de países
As ruas e avenidas do B.A.
Costa Rica, Cuba e Groelândia
Brasil, Haiti e Panamá
Uruguai, Chile e Equador
Bolívia, México e Canadá.
Um dos primeiros a se instalar
Foi o Terreiro de Nanã
Depois vieram os Capuchinhos
Já pensando no amanhã
Construíram igreja e convento
Pra falarem da fé cristã.
Pra abastecer todo o povo
Um mercado foi construído
Seu nome foi ‘Roberto Silveira’
Por José Conrado instituído
Vende tanta coisa boa e barata
Que até hoje não foi substituído.
Vou terminando essa história
Tinha muito mais que contar
Sobre as lutas e as escolas
As festas, um nunca acabar
Nas lindas noites de lua cheia
E eu aos beijos, pelas ruas do B.A.
Texto e foto reproduzidos do blog: sergipecultura.blogspot.com.br
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