Rua Carlos Cesar Francisco Burlamaqui,
antiga Rua Vitória, popular Vitória Torta, (anos 50).
Foto: José Hiran Fontes Santos.
Publicado originalmente no site Expressão Sergipana, em
11/07/2015.
História de Sergipe - Quem foi Carlos Burlamaqui?
Depois da carta régia assinada por D. João VI elevando
Sergipe à categoria de capitania independente, a nova capitania precisava de um
governador. Então no dia 25 de julho de 1820, D. João nomeia o português Carlos
Cesar Francisco Burlamaqui para governar a nova capitania do Reino Unido de
Portugal, Brasil e Algarves. Ele somente tomou posse em 20 de fevereiro de
1821. Ocorrida em São Cristóvão, a posse se deu em clima conturbado pela
chegada de cartas da Bahia que determinavam que ela não se realizasse.
Apesar dos protestos baianos a posse ocorreu em fidelidade
ao Rei Dom João VI. No entanto, no dia 18 de março do mesmo ano, o governador foi
deposto do cargo por uma força armada a mando da Bahia, reforçada pelo apoio da
Legião de Santa Luzia, comandada pelo senhor de engenho Guilherme José Nabuco
de Araújo. Carlos Burlamaqui foi conduzido preso para Salvador.
Com este episódio, frustrou-se temporariamente a emancipação
política de Sergipe. Se por um lado os senhores de engenho não queriam a
independência, por outro, líderes do agreste e do sertão, criadores de gado
como Joaquim Martins Fontes e José Leite Sampaio, tomaram posição em defesa da
emancipação política de Sergipe e, a partir de 1822, pela Independência do
Brasil. “Os dois processos se confundem e confluem”. A adesão à Independência
do Brasil significou a aceitação da emancipação de Sergipe, uma vez que o
Imperador Pedro I confirmou a Carta Régia de D. João VI. “Sergipe fica
politicamente separado da Bahia e torna-se uma província do Império”.
Texto e imagem reproduzidos do site:
expressaosergipana.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário