Foto: Célia Silva.
Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em
11/07/2016.
Turismo na Foz do Velho Chico.
No Povoado Cabeço, que foi totalmente “engolido” pelas águas
do Rio São Francisco, é possível ainda avistar o farol.
Por: Célia Silva - Equipe JC
A 137 quilômetros da capital chega-se à foz do rio São Francisco,
no município de Brejo Grande. Numa visita à cidade de pouco mais de oito mil
habitantes, é possível passear por ilhotas, manguezais e, claro, sentir-se na
foz do ‘Velho Chico’.
Saindo de Aracaju pela BR-101, o acesso à Brejo Grande é
feito pela mesma rodovia que leva a Neópolis, cidade sergipana também banhada
pelo Rio São Francisco (ver boxe de como chegar).
Na sede do município é possível fretar pequenas embarcações
ou ainda o catamarã que levará uma bela viagem, passando por pequenas ilhas e
vegetação exuberante dos manguezais até chegar à foz do rio.
No Povoado Cabeço, que foi totalmente “engolido” pelas águas
do Rio São Francisco, é possível ainda avistar o farol. Já na Terra Vermelha,
chama atenção os traços físicos dos moradores, a maioria com olhos, cabelos e
pele muito claros, resultado da colonização holandesa. Assim como em outras
localidades da região, o povoado proporciona banhos refrescantes de água doce.
Mas, se preferir, vá direto ao Povoado Saramém, uma
localidade de pescadores que se oferecem a levar o viajante a essas mesmas
paisagens por preços que variam de R$ 50 a R$ 70, ida e volta. O marujo para
nas ilhotas, e deixa os viajantes à vontade para apreciar o cenário de pura
beleza e se banhar nas águas do ‘Velho Chico’.
Para chegar a Saramém é preciso utilizar a estrada que vai
ao Povoado de Brejão dos Negros e seguir em frente até alcançaràs margens do
Rio São Francisco. A entrada do povoado situa-se alguns quilômetros antes da
sede de Brejo Grande. Na passagem, é bom dar uma pequena pausa para beber uma
água, comer um bolachão e bater um papo com os remanescentes de um quilombo
denominado Brejão dos Negros. Na entrada dessa pequena localidade, a imagem de Padre
Cícero e uma igrejinha da padroeira da cidade, Nossa Senhora do Patrocínio, dá
as bênçãos aos viajantes para seguir viagem.
O artesanato com a palha do Ouricuri é forte no município e
principalmente no Brejão dos Negros. Mulheres e crianças passam as tardes na
praça jogando conversa fora e fazendo bolsas, tapetes, cestos e outras peças
decorativas com esta matéria-prima. Eles utilizam, também, a palha verde do
coqueiro para fazer esteiras e chapéus.
Aos homens, cabe a atividade pesqueira e a catação de
caranguejos, siris e guaiamuns extraídos dos mangues. Os pescadores afirmam que
o peixe ainda é abundante na região.
Mas, além da sobrevivência, é muito praticada, também na
região, a pesca esportiva. Uma empresa sergipana tem passeios na região e uma carteira
de clientes de várias partes do Brasil e de outros países que vêm especialmente
atraídos pela pesca de robalos e surubins.
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net
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