Crédito das imagens: Cézar Oliveira.
Cidade Histórica de São Cristóvão - Sergipe.
É impossível falar de São Cristóvão sem mencionar sua
importância histórica, afinal, por ter sido Capital da província de Sergipe até
meados do século XIX, a cidade presenteia sergipanos e turistas em sua área
central com edifícios remanescentes do período colonial e mantém viva as suas
tradições religiosas. A preservação deste verdadeiro museu a céu aberto começou
a ser garantida em meados de 1938, quando o então Governador-Interventor
Eronildes Ferreira de Carvalho elevou a cidade, em nível estadual, à condição
de Cidade Histórica. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
desde 23 de janeiro de 1967, registrou a cidade em seu livro de tombo
arqueológico, etnográfico e paisagístico.
Entre os anos de 1941 e 1962, o Iphan tombou a Igreja e Convento
de São Cruz, ou de São Francisco, local no qual funciona o Museu de Arte Sacra,
a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Vitórias, a Igreja do Rosário dos Homens
Pretos, o Conjunto Carmelita, os sobrados de Balcão Corrido da Praça da Matriz,
o da Praça de São Francisco e o da Rua Messias Prado, bem como a Igreja e
Antiga Santa Casa de Misericórdia – hoje, Lar Imaculada Conceição – e a Igreja
do Amparo dos Homens Pardos.
Sobre o conjunto carmelita, cujo convento foi fundado em
1699, vale a pena ressaltar que o mesmo está situado na Praça do Carmo. A
fachada de sua igreja é enquadrada por cunhais, já a parte inferior possui
pórtico formado por cinco arcos em pedra (três frontais e dois laterais).
Além da questão do tombamento, a já citada Praça São Francisco
possuiu uma segunda – e forte – razão para não deixar de ser apreciada pelos
visitantes: em agosto de 2010, a Unesco concedeu o título de Patrimônio
Histórico da Humanidade à mesma. A escolha representou o 18º sítio brasileiro
tal reconhecimento.
Construída no final do século XVI e início do século XVII, o
local representa um legado do período da União Ibérica por apresentar
influências tanto portuguesas como espanholas, contribuindo para uma imensa
riqueza histórica. Arquitetonicamente falando, a Praça São Francisco serve como
ponto central no qual se pode apreciar o palácio do período colonial onde
atualmente funciona o Museu Histórico, além de prédios como o Museu de Arte
Sacra e o Convento de São Francisco.
Outra importante razão que garantiu a concessão do título à
praça foi o fato de esta ser palco das conhecidas manifestações
artístico-culturais que ocorrem na cidade, a exemplo das apresentações de
grupos que mantém viva a tradição folclórica do município através das
Caceteira, Chegança, Samba de Coco, Dança do Langa, Reisado, São Gonçalo e
entre outros, aTaieira.
Texto e imagens reproduzidas do site:
infonet.com.br/verao/2012
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