Fotos: Gabriel Freitas
Publicado originalmente no site do GOVERNO DE SERGIPE, em 25 de Novembro de 2019
Agricultor irrigante Nilson dá lição de alta produtividade
em pequeno espaço
Dos restos e perdas da horta, produtor do Perímetro Irrigado
Piauí, em Lagarto, ainda mantém criação de 100 galinhas em parceria com o sogro.
Agricultor do Perímetro Irrigado Piauí, Nilson Araújo
trabalha há 22 anos no seu próprio lote, completamente cultivado com verduras,
legumes e frutas mantidas com a água de irrigação pública e sob a orientação
técnica da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de
Sergipe - Cohidro. Pelo aproveitamento de 100% de sua área e utilizando
técnicas como a fertirrigação e o sistema de gotejamento, o produtor consegue o
sustento de sua família – ele, esposa e dois filhos – com a comercialização
destes produtos. Todos eles residem junto ao lote, no povoado Limoeiro,
município de Lagarto, a 76 km da capital sergipana.
A rotina intensa de trabalho de Nilson vai de domingo a
domingo: plantando, cultivando, colhendo e fazendo a entrega, ou recebendo os
próprios compradores para colher os frutos na sua propriedade. “Hoje o que eu
produzo, vendo direto para o comprador”, conta. A freguesia ele viu crescer
após a inauguração do Mercado Municipal José Correa Sobrinho, entregue pelo
governo do Estado à população de Lagarto em 2016. Hoje, a comercialização da
sua produção é exclusiva para os varejistas do setor de hortifruti do mercado
público. Tudo que não se tem aproveitamento na venda [cascas, folhas, caules,
ramas e perdas da horta], o agricultor destina integralmente à criação de cerca
de 100 galinhas caipiras, mantidas no lote do sogro.
Nilson possui 0,66 hectares de terra irrigada que, segundo
ele, “tem de tudo um pouco: berinjela, abobrinha, jiló, quiabo, pepino, mamão e
macaxeira”. Para o agricultor, essa plantação variada foi uma aposta
proveitosa, quando comparada aos investimentos que ele havia feito
anteriormente. “Eu deixei de plantar o fumo porque não era rentável, então
achei melhor plantar de tudo um pouquinho para aproveitar mais. Se eu fosse
produzir só um plantio poderia tomar mais prejuízo”, justifica. Tirando a
macaxeira, o produtor escolheu espécies vegetais que permitem o aproveitamento
de uma mesma planta para executar diversas colheitas semanais e por um período
contínuo, que pode chegar a três meses. Isso lhe garante uma propriedade onde
praticamente todo dia tem algum produto para colher.
José Américo é o técnico agrícola da Cohidro que dá
orientação no cultivo do lote de seu Nilson. "Eu acompanho Nilson há mais
de 15 anos. Acompanho com recomendações técnicas e, quando ele precisa de mais
alguma coisa, como um receituário agronômico para uso de defensivos agrícolas
ou documentação relacionada ao perímetro irrigado”. O técnico conta que Nilson
também já atuou como produtor fornecedor no Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA), na modalidade ‘Doação Simultânea’. O agricultor e os demais sócios da
Associação de Produtores Irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí – Appip recebem
da Conab pelos alimentos entregues para instituições como asilos, creches,
hospitais ou que atendem pessoas em situação de insegurança alimentar.
“A Cohidro está de parabéns, pela orientação e ajuda. Sempre
que a gente precisa eles (os técnicos) estão junto, auxiliando”, disse o
agricultor, que passou a pagar a tarifa através da qual a Cohidro partilha com
os irrigantes o custo com a energia elétrica usada no bombeamento. Nilson
também não descuida e sempre busca se adaptar às novas tecnologias utilizadas
no campo. Há quatro anos, a irrigação do seu lote é feita por sistema de
mangueiras de gotejamento e, de acordo com ele, ficou ainda mais fácil e melhor
para o cultivo das suas produções. “Já utilizei a irrigação de outras formas,
mas a irrigação feita por cima, com aspersores, dá mais trabalho. Tenho ainda a
fertirrigação, mas ela só é usada no quiabo”, concluiu.
Texto e imagens reproduzidos do site: se.gov.br
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