Presidente da Academia Sergipana de Letras
fala sobre o papel da instituição (31/08/2012).
Por Maíra Andrade, da Ascom/Secult
Uma instituição que abriga grandes pensadores e intelectuais
sergipanos. Assim é a Academia Sergipana de Letras (ASL), órgão que tem como
papel central, servir como guardiã da língua, literatura e das artes em geral,
contribuindo na difusão e preservação desta área da cultura em Sergipe.
A ASL foi criada em 1929 por iniciativa do poeta Antônio
Garcia Rosa e de outros intelectuais sergipanos. Ao longo desses 83 anos, a
instituição tem desenvolvido diversas atividades em busca da valorização e
fortalecimento da cultura em Sergipe, seja através das publicações em sua
revista ou de ações em escolas, palestras, concursos literários, seminários.
etc.
A academia é ainda curadora do conjunto de esculturas e
vultos históricos localizados na Orla Marítima de Aracaju, e promove a
preservação e a divulgação da literatura e de outras manifestações culturais,
mantendo intercâmbios com sociedades culturais brasileiras e estrangeiras,
objetivando desenvolvimento cultural do povo sergipano.
Para conhecer um pouco mais sobre as atividades e a história
dessa importante ferramenta da cultura e da literatura em Sergipe, o Sergipe
Cultural entrevistou o presidente da ASL, o acadêmico José Anderson do
Nascimento, que nos contou um pouco da trajetória e das perspectivas da
instituição.
Sergipe Cultural - O que é a Academia Sergipana de Letras?
José Anderson - A Academia Sergipana de Letras é a
instituição literária sergipana que tem por finalidade o cultivo e o
desenvolvimento das letras em geral, colaborando na elevação das artes e da
cultura do Brasil e, de modo particular, em Sergipe.
A instituição se espelha na Academia Brasileira de Letras e
é composta por 40 acadêmicos fixos e 20 correspondentes. As cadeiras são
simbólicas e carregam o nome de seu patrono, fundador e antecessor.
Sergipe Cultural - Como funciona a ASL a hoje?
José Anderson - Hoje, temos 38 cadeiras ocupadas, uma
eleita, que a é a Patrícia Verônica de Sousa que irá tomar posse no dia 28 de
setembro, e haverá uma sucessão para o acadêmico Luiz Antônio Barreto, que vai
acontecer no mês no outubro.
Paralela a esta estrutura existe na ASL o ‘Movimento
Cultural Antônio Garcia Filho’, criado em
1984. Quando foi fundado, estava ação denominava-se
Movimento Cultural da Academia Sergipana de Letras, e com a morte de seu
fundador, passou a ter a denominação atual.
O movimento funciona como um importante núcleo de difusão
cultural que reúne os grandes escritores sergipanos. Seus patronos são
homenagens a acadêmicos que já faleceram, como por exemplo, Ofenísia Freire.
Com relação ao trabalho dos acadêmicos, ele acontece de
forma vitalícia e sem remuneração. Nossas seções ordinárias são sempre às
segundas-feiras, às 16h, aqui na sede da ASL, além disso, há as reuniões
extraordinárias, que acontecem a depender da necessidade ou do convite de algum
acadêmico.
Sergipe Cultural - Como se dá o processo de escolha de um
acadêmico?
José Anderson - Só escolhemos novos acadêmicos quando um dos
atuais passa para imortalidade, ou seja, falece. A partir de então a cadeira
passa a estar vaga, e é preciso fazer um novo processo de escolha. A seleção
acontece da seguinte forma: os candidatos requerem sua candidatura, que deve
ser apoiada, por no mínimo, cinco acadêmicos; depois, o currículo e a obra da
pessoa é submetida a uma comissão de acadêmicos, que emite um parecer sobre o
registro da candidatura. Se o candidato for aprovado, existe a eleição.
Sergipe Cultural - Quais as principais ações voltadas para a
comunidade que são realizadas pela ASL?
José Anderson – Temos um projeto que na verdade é uma ação
do Movimento Cultural, com o colégio Tobias Barreto. Neste projeto o professor
Arionaldo Moura Santos, que é coordenador do Movimento, faz com que os alunos
desta escola estudem um autor sergipano a cada semestre. Entre os autores que
já foram estudados por esses alunos estão Manoel Bonfim, João Ribeiro e agora
eles estão estudando Freire Ribeiro.
Temos também outro projeto que se chama ‘A Academia vai à
Escola’, cujo objetivo é levar os autores sergipanos as escolas, principalmente
às públicas, para que o autor vá aos colégios e fale sobre sua obra. Porém,
reforço que é importante também que as escolas visitem a academia, conheça
nossa estrutura e nossas atividades.
Sergipe Cultural - Quais as perspectivas e novidades da ASL?
Estamos produzindo um site para a Academia que possivelmente
estará no ar no dia 24 de outubro, um dia simbólico para o povo de Sergipe, por
ser o dia da Sergipanidade. Outro ponto que podemos falar sobre planos para o
futuro diz respeito à revitalização da nossa biblioteca. Através de um convênio
com a Universidade Federal de Sergipe – Núcleo de Biblioteconomia, iremos fazer
a catalogação e automação de todo o nosso acervo, e oferecer a comunidade do
Estado a possibilidade de ter acesso a mais de 10 mil livros sobre os mais
variados temas.
Texto: reproduzido do site: cultura.se.gov.br
Foto: reproduzida do Facebook/Linha do Tempo/Secult Sergipe.
Sr. José Anderson, o sr. já estudou no colégio Tobias Barreto lá pelos idos de 1958, ewu me lembro ainda. Estudava o ginásio. É eu q estou dizendo, Milton Tavares Cardoso, o sr se lembra de mim? Os anos se passaram e seus cabelos estão branquinhos, branquinhos q só parece flocos de algodão. Não dá outra. Ohhh!!! Tempos bons. Uma Aracaju tranquila.
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