quinta-feira, 12 de setembro de 2013

José Anderson - Presidente da Academia Sergipana de Letras


Presidente da Academia Sergipana de Letras
fala sobre o papel da instituição (31/08/2012).
Por Maíra Andrade, da Ascom/Secult

Uma instituição que abriga grandes pensadores e intelectuais sergipanos. Assim é a Academia Sergipana de Letras (ASL), órgão que tem como papel central, servir como guardiã da língua, literatura e das artes em geral, contribuindo na difusão e preservação desta área da cultura em Sergipe.

A ASL foi criada em 1929 por iniciativa do poeta Antônio Garcia Rosa e de outros intelectuais sergipanos. Ao longo desses 83 anos, a instituição tem desenvolvido diversas atividades em busca da valorização e fortalecimento da cultura em Sergipe, seja através das publicações em sua revista ou de ações em escolas, palestras, concursos literários, seminários. etc.

A academia é ainda curadora do conjunto de esculturas e vultos históricos localizados na Orla Marítima de Aracaju, e promove a preservação e a divulgação da literatura e de outras manifestações culturais, mantendo intercâmbios com sociedades culturais brasileiras e estrangeiras, objetivando desenvolvimento cultural do povo sergipano.

Para conhecer um pouco mais sobre as atividades e a história dessa importante ferramenta da cultura e da literatura em Sergipe, o Sergipe Cultural entrevistou o presidente da ASL, o acadêmico José Anderson do Nascimento, que nos contou um pouco da trajetória e das perspectivas da instituição.

Sergipe Cultural - O que é a Academia Sergipana de Letras?

José Anderson - A Academia Sergipana de Letras é a instituição literária sergipana que tem por finalidade o cultivo e o desenvolvimento das letras em geral, colaborando na elevação das artes e da cultura do Brasil e, de modo particular, em Sergipe.

A instituição se espelha na Academia Brasileira de Letras e é composta por 40 acadêmicos fixos e 20 correspondentes. As cadeiras são simbólicas e carregam o nome de seu patrono, fundador e antecessor.

Sergipe Cultural - Como funciona a ASL a hoje?

José Anderson - Hoje, temos 38 cadeiras ocupadas, uma eleita, que a é a Patrícia Verônica de Sousa que irá tomar posse no dia 28 de setembro, e haverá uma sucessão para o acadêmico Luiz Antônio Barreto, que vai acontecer no mês no outubro.

Paralela a esta estrutura existe na ASL o ‘Movimento Cultural Antônio Garcia Filho’, criado em

1984. Quando foi fundado, estava ação denominava-se Movimento Cultural da Academia Sergipana de Letras, e com a morte de seu fundador, passou a ter a denominação atual.

O movimento funciona como um importante núcleo de difusão cultural que reúne os grandes escritores sergipanos. Seus patronos são homenagens a acadêmicos que já faleceram, como por exemplo, Ofenísia Freire.

Com relação ao trabalho dos acadêmicos, ele acontece de forma vitalícia e sem remuneração. Nossas seções ordinárias são sempre às segundas-feiras, às 16h, aqui na sede da ASL, além disso, há as reuniões extraordinárias, que acontecem a depender da necessidade ou do convite de algum acadêmico.

Sergipe Cultural - Como se dá o processo de escolha de um acadêmico?

José Anderson - Só escolhemos novos acadêmicos quando um dos atuais passa para imortalidade, ou seja, falece. A partir de então a cadeira passa a estar vaga, e é preciso fazer um novo processo de escolha. A seleção acontece da seguinte forma: os candidatos requerem sua candidatura, que deve ser apoiada, por no mínimo, cinco acadêmicos; depois, o currículo e a obra da pessoa é submetida a uma comissão de acadêmicos, que emite um parecer sobre o registro da candidatura. Se o candidato for aprovado, existe a eleição.

Sergipe Cultural - Quais as principais ações voltadas para a comunidade que são realizadas pela ASL?

José Anderson – Temos um projeto que na verdade é uma ação do Movimento Cultural, com o colégio Tobias Barreto. Neste projeto o professor Arionaldo Moura Santos, que é coordenador do Movimento, faz com que os alunos desta escola estudem um autor sergipano a cada semestre. Entre os autores que já foram estudados por esses alunos estão Manoel Bonfim, João Ribeiro e agora eles estão estudando Freire Ribeiro.

Temos também outro projeto que se chama ‘A Academia vai à Escola’, cujo objetivo é levar os autores sergipanos as escolas, principalmente às públicas, para que o autor vá aos colégios e fale sobre sua obra. Porém, reforço que é importante também que as escolas visitem a academia, conheça nossa estrutura e nossas atividades.

Sergipe Cultural - Quais as perspectivas e novidades da ASL?

Estamos produzindo um site para a Academia que possivelmente estará no ar no dia 24 de outubro, um dia simbólico para o povo de Sergipe, por ser o dia da Sergipanidade. Outro ponto que podemos falar sobre planos para o futuro diz respeito à revitalização da nossa biblioteca. Através de um convênio com a Universidade Federal de Sergipe – Núcleo de Biblioteconomia, iremos fazer a catalogação e automação de todo o nosso acervo, e oferecer a comunidade do Estado a possibilidade de ter acesso a mais de 10 mil livros sobre os mais variados temas.

Texto: reproduzido do site: cultura.se.gov.br

Foto: reproduzida do Facebook/Linha do Tempo/Secult Sergipe.

Um comentário:

  1. Sr. José Anderson, o sr. já estudou no colégio Tobias Barreto lá pelos idos de 1958, ewu me lembro ainda. Estudava o ginásio. É eu q estou dizendo, Milton Tavares Cardoso, o sr se lembra de mim? Os anos se passaram e seus cabelos estão branquinhos, branquinhos q só parece flocos de algodão. Não dá outra. Ohhh!!! Tempos bons. Uma Aracaju tranquila.

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