No Dia Estadual do Livro, Secult homenageia escritor sergipano.
Publicado em 8 de abril de 2011 por IMD Instituto Marcelo
Déda.
Quinzenalmente, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult),
através da Biblioteca Pública Epifânio Dória (BPED), promove a Roda de Leitura
do Proler. Mas, na última quinta-feira, 07 de abril (2011), o encontro ganhou
um contorno especial: a comemoração ao Dia Estadual do Livro, com tributo a
Epifânio Dória, patrono da biblioteca, e homenagem ao escritor Jackson da Silva
Lima, por sua colaboração à cultura sergipana.
Os participantes da Roda de Leitura discutiram as
particularidades da obra de Jackson antes da homenagem. As referências ao
folclore sergipano e o uso constante de onomatopéias em seus textos foram os
pontos altos da discussão. Em seguida, o escritor Wagner Ribeiro foi o
responsável por guiar o público presente pela bibliografia e história de vida
do homenageado, filho de lavradores analfabetos de Aquidabã.
Jackson recebeu das mãos da diretora da BPED, Sônia
Carvalho, uma placa que simbolizava a homenagem da Secult ao seu trabalho no
desenvolvimento da cultura sergipana. “A contribuição do escritor Jackson da
Silva Lima à cultura sergipana não se limita apenas aos livros que escreveu,
nem aos artigos que publicou. Ele foi um dos grandes responsáveis no processo
de preservação de obras raras da nossa biblioteca”, conta Sônia.
Após as palavras de Wagner, Sônia, da escritora Gizelda
Morais, e do historiador e cientista político Ibarê Dantas, o homenageado
descreveu o sentimento ao ter seu trabalho reconhecido pelo poder público. “É
uma grande emoção e uma grande satisfação também, mas é importante salientar
que todo o meu trabalho foi em prol da cultura sergipana. As homenagens, os
títulos, o reconhecimento, é apenas uma agradável conseqüência”, declara
Jackson.
Sobre o homenageado
Jackson da Silva Lima é sergipano de Aquidabã. Foi
funcionário dos Correios e Telégrafos, da Justiça Federal, onde exerceu a
chefia da Secretaria, aliando as suas responsabilidades funcionais com o
trabalho de pesquisador, historiador e crítico
Em 1967 reunia e publicava Esparsos e Inéditos de José
Sampaio, rendendo homenagens ao poeta dos humildes, iniciando uma série de
antologias, contemplando vários autores, como Artur Fortes, Fausto Cardoso,
Pedro de Calasans, José Maria Gomes de Souza, José Jorge de Siqueira Filho, sem
perder de vista Tobias Barreto, a sua grande referência na literatura.
Além de experimentar a linguagem poética, Jackson da Silva
Lima tem livros de ficção, nos quais renova a linguagem literária sergipana. O
Cão na Moita, O Monobelo são exemplares demonstrações do domínio que o autor
tem dos textos, personagens, reinventando a realidade, que é o grande papel da
literatura.
No Mecanismo lingüístico das empulhações, Jackson da Silva
Lima revisita uma das linguagens mais comuns do populário, de destreza mental,
vivacidade, duplo sentido, tratando-a com o rigor que a ciência recomenda aos
críticos. E muito mais fez, dando a Sergipe uma eloqüente lição de cidadania
cultural, que o torna credor do justo reconhecimento por parte dos sergipanos e
dos seus representantes, nas diversas esferas do Poder.
Texto e imagem reproduzidos do site:
institutomarcelodeda.com.br
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