A artista plástica Edjane Leite da Silva Monteiro
leva a arte para pacientes com esquizofrenia
Foto: Cesar de Oliveira
Publicado originalmente no site do Portal Indonet, em 16 jul 2018
Artista plástica destaca o ser iluminado em suas telas
A artista plástica Edjane Leite da Silva Monteiro, baiana de
Paulo Afonso, mas sergipana de fato e de direito (recebeu recentemente na
Assembleia Legislativa de Sergipe, o Título de Cidadã Sergipana), vem
realizando um importante trabalho por meio da arte abstrata, destacando nas
suas telas, o ser iluminado. Em meio às criações artísticas, ela encontra tempo
para cuidar de 19 pessoas com esquizofrenia.
Idosos pintando
Foto: Divulgação/Facebook Meu Aconchego.
“O meu trabalho foi por um período, o figurativo, mas eu
senti que precisava fazer algo que viesse de dentro de mim. Nessa procura, fui
atrás de fazer algo bonito, mesmo sendo abstrato, mas que a pessoa olhe sinta algo
colorido, que transforme. Por conta disso eu comecei a falar do ser iluminado,
ou seja, do ser bom, pois a gente a já vê tanta miséria, tanta coisa no mundo”,
explica acrescentando que nos seus trabalhos artísticos, costuma destacar a
maternidade, como algo sublime, a exemplo da felicidade e da harmonia.
Ela conta que também retrata nos seus quadros, a
sensualidade da mulher e que a inspiração para transformar uma tela em branco
numa obra de arte, chega muitas vezes de repente. “Muitas vezes eu estou dentro do carro, olho
para o céu e vejo uma nuvem; nessa nuvem eu vejo alguma formação e quando chego
em casa eu quero colocar um colorido nela. Tem momentos que eu me inspiro mais.
Às vezes me acordo de madrugada para orar ao Senhor e aí vem as ideias e eu
sinto a necessidade de fazer ”, destaca.
Entre uma tela e outra, a artista plástica encontra tempo
necessário para dar aulas de pinturas à pessoas com esquizofrenia do
Residencial para Idosos Meu Aconchego e de crianças e adolescentes do Projeto
Luz do Sol, desenvolvidos nas cidades de Aracaju e Nossa Senhora da Glória.
“Eu sou a curadora de 19 pessoas com problemas mentais,
esquizofrênicas severas e me sinto como mãe, porque são pessoas que não tiveram
uma mãe para cuidar, não tiveram uma família. Eu sinto que necessitam desse
amor e é essa ligação que me faz sentir como mãe deles”, enfatiza.
Fonte: Alese
Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br
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