Os altares foram cofeccionados por diversos colaboradores,
artistas locais
5° exposição 13 Noites com Antônio,
sediada no Centro Cultural de Aracaju
Em cada dia do trezenário um altar diferente será utilizado
Ao todo são 13 altares em homenagem
ao santo casamenteiro
Dezenas de fiéis estiveram presentes neste primeiro dia
Coordenador do Centro Cultural, Mário Dias
Curador da exposição, Otávio Luís Ferreira
Expositora Tânia Amaral (Fotos: Marcelle Cristinne)
Centro Cultural de Aracaju dá início ao trezenário de Santo
Antônio e 5° exposição 13 Noites com Antônio
Dezenas de devotos, com suas velas iluminando uma noite
chuvosa, carregando consigo suas angústias e esperanças, participaram da
abertura da 5° exposição “13 Noites com Antônio”, sediada no Centro Cultural de
Aracaju, localizado na praça General Valadão, Centro. A iniciativa é fruto de
uma parceria entre a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) e o
Departamento de Artes Visuais da Universidade Federal de Sergipe, na busca por
relembrar a tradição de confecção de altares em homenagem ao santo casamenteiro
e promover seu trezenário.
A exposição ficará aberta até o final de junho, de segunda a
sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, de 9h às 13h. O trezenário, por sua
vez, se encerrará no dia de Santo Antônio, 13 de junho, com homenagens a partir
das 19h.
A iniciativa está intrinsecamente ligada à formação da
capital sergipana, sua configuração cultural e desenvolvimento histórico e
sociológico. “Nós sediamos esse evento desde o ano passado. São treze altares
que referenciam o santo casamenteiro. Realizar ele é muito simbólico, pois dá
início ao mês junino, mas, sobretudo, porque dialoga profundamente com a
história de Aracaju, uma vez que Santo Antônio foi o nome escolhido para o
primeiro povoado da cidade, que posteriormente virou bairro”, ressalta o
coordenador do Centro Cultural, Mário Dias.
É também uma forma de homenagear, relembrar, aqueles que,
por meio da arte, reafirmavam sua fé. Por isso, como forma de demonstrar essa
riqueza e diversidade, em cada dia do trezenário a reza ocorre em um altar
diferente. “Trata-se de um resgate dos altares de Santo Antônio feitos nas
casas das famílias, que os montavam para celebrar a trezena em louvor ao
padroeiro. Aqui há contribuições de associações, academias de letras e artes,
artistas plásticos, decoradores e devotos, que se juntaram com essa proposta de
resgatar essa tradição”, explica o curador da exposição, professor Dr. Otávio Luís
Ferreira.
A beleza e o cuidado da exposição trazem à tona o sentimento
de conforto, além da emoção de rememorar as graças alcançadas e os desafios
superados. Como no caso da estudante de Artes Visuais, Tânia Amaral, 70 anos,
que, além de devota, teve a chance de expor um trabalho pela primeira vez.
“Santo Antônio é meu padrinho. Era ele quem eu procurava quando estava com
algum problema. Fazia uma oração,
conversava e me sentia melhor. É muito especial participar dessa exposição, me
traz muitas lembranças. Se Deus me der saúde, estarei aqui por todo o
trezenário”, conta.
Texto e imagens reproduzidos so site: aracaju.se.gov.br
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