Segundo Claudice, o licor cremoso de
chocolate é um dos mais pedidos para os
festejos juninos (Foto: Arquivo Infonet)
Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 22 de junho de 2019
Festejos juninos: chegada dos turistas anima vendedores de
licor
Em contagem regressiva para o São João, a expectativa para
as vendas de licores no Mercado Municipal de Aracaju é cada vez maior. A bebida
varia entre R$15 e R$30 e chama a atenção dos turistas principalmente por ter
opções de sabores nordestinos como jabuticaba, tamarindo e amendoim.
De acordo com os comerciantes, embora a bebida seja vendida
durante o ano inteiro, o período junino é fundamental para a geração do lucro,
principalmente pela quantidade de turistas na cidade. “O tempo nublado acaba diminuindo as vendas,
mas a chega dos turistas sempre é sinal de lucro”, diz a vendedora Claudice
Cavalcante.
Ela conta que, além dos sabores tradicionais, o licor
cremoso é um diferencial que surpreende os turistas. “O de chocolate é um dos mais pedidos, feito
com chocolate em barra e leite condensado”, afirma. A opção cremosa tem um
custo um pouco mais elevado, variando entre R$20 e R$30.
Confira os principais sabores de licor:
Licor da Gabriela
Para ‘Henrique da Gabriela’, o envelhecimento da bebida
é o
que faz com que o resultado final seja diferenciado
Foto: Arquivo Infonet
Um forte exemplo regional da bebida quente é o ‘Licor da
Gabriela’, vendido por ‘Henrique da Gabriela’ há 34 anos. O empreendedor conta
que cresceu vendo o licor centenário ser produzido por seus avós, adotou as
estratégias de produção e, atualmente, a bebida já esteve em quase todo o
Brasil.
A produção da bebida é feita na casa de Henrique, que aposta
no envelhecimento do produto como uma tática fundamental para ter um resultado
diferenciado. “Um dia me perguntaram qual o segredo para ter um bom licor e eu
respondi que é preciso ter paciência e dedicação”, diz.
A bebida é conservada em baldes e galões, num período
que
pode variar entre três meses e um ano
Foto: Arquivo Infonet
A bebida é conservada em galões por um período que pode
variar entre três meses e um ano, com o intuito de fazer com que a cachaça
absorva o sabor e a cor das frutas. Além desse procedimento, Henrique compra as
frutas em grande quantidade para que, além de trabalhar de forma econômica,
possa garantir a produção anual.
Para ele, trabalhar com paciência é o que faz com que o
‘Licor da Gabriela’ seja tão procurado. “Não existe comparação entre o licor
feito de uma hora para a outra e o licor conservado. Eu sempre aconselho as
pessoas a não trabalharem com pressa, porque uma hora o recompensa vem”,
afirma.
E quando a escolha do cliente é o licor cremoso, o
procedimento é o mesmo: o leite condensado é adicionado no licor envelhecido de
acordo com o pedido, garantindo o sabor que foi cuidadosamente conservado.
Por Juliana Melo e Raquel Almeida
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