Excursão frustrada leva grupo de viajantes a conhecerum sítio turístico
esquecido pelo poder público e pela iniciativa privada
Foto: arquivo pessoal
Publicado originalmente no site do CINFORM, em 17 de dezembro de 2018
Pró-solução: um aprendizado de turismo
Da Redação
Um grupo de turistas foi motivado para conhecer a cachoeira
de Macambira, atração localizada na região de transição entre o agreste e o
sertão do Estado de Sergipe. A viagem prometia uma boa aventura e a alegria
tomava conta de todos quando, de repente, o carro quebrou.
Mas turista é uma qualidade de ser que se acostuma e se
adapta a tudo. Ao invés de lamentar-se pelo imprevisto, todos perceberam,
felizes, que se encontravam próximos ao povoado Cafuz, localizado no município
de Areia Branca.
Ruínas da Igreja da Boa Luz, nas proximidades
do engenho. (Foto: Mapio.net)
O local é lindo, porque exibe marcas do período colonial,
com remanescentes da economia escravocrata do século XIX. Há fazendas que fazem
parte do ciclo canavieiro da região e o recanto é cercado de casarões antigos,
inclusive de arruados, uma capela, a casa grande e a senzala.
Os turistas fizeram várias fotografias muito bonitas de toda
essa história, o que rendeu uma boa pauta, já que a jornalista Thayná Ferreira,
da equipe do jornal Cinform, fazia parte da excursão que não conheceu, desta
feita, a famosa cachoeira de Macambira, uma das raras quedas d’água que ocorrem
em Sergipe.
Fica uma sugestão para os organismos estatais voltados para
a área do turismo receptivo, porque não há um mínimo de estrutura para a
exploração das ruínas dos velhos engenhos de açúcar, como acontece no vizinho
estado de Pernambuco, por exemplo.
Por outro lado, não existe qualquer ação relacionada com
segurança e se percebe, sob constrangimento, uma ausência total de sinal de
celulares nas estradas da região, o que promove um certo desconforto com o
isolamento.
Os turistas aprenderam uma lição inesperada, já que o que
poderia ter sido um problema contribuiu para uma reflexão que leve a adoção de
medidas para exploração comercial daquela região, mesmo que não seja pelo poder
público, mas, quem sabe, pelos proprietários do sítio.
Texto e imagens reproduzidos do site: cinform.com.br
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