Publicado originalmente no site EJORNAIS, em 17/12/2018
Resgate da elefante Rana prevê 4 dias de adaptação
A diretoria do Santuário de Elefantes Brasil (SEB), único do
gênero na América Latina, está em Aracaju (SE) para fazer o resgate da elefanta
Rana até o Santuário em Chapada dos Guimarães (MT). A viagem deve durar de 3 a
4 dias para percorrer um trajeto de 2,7 mil km, aproximadamente. O roteiro
corta quatro estados, saindo de Aracaju, em Sergipe, e passando pela Bahia e
Goiás até chegar em Mato Grosso.
Rana foi doada pela Fazenda Boa Luz ao Santuário. Em breve,
ela estará fazendo companhia a Maia e Guida, as duas primeiras residentes do
SEB. O presidente e o diretor do Santuário, Scott Blais e Daniel Moura,
respectivamente, estão em Aracaju desde a última quinta-feira (13) com uma
equipe de veterinários e biólogos fazendo a adaptação de Rana à caixa de
transporte.
O diretor Daniel Moura explica que todos os protocolos foram
seguidos rigorosamente. “Só o Scott se comunica com a Rana e todos têm um
enorme respeito às regras. Está dando super certo. Temos uma equipe enxuta,
apoio de profissionais da Fazenda Boa Luz e, se necessário, o suporte de uma
consultoria internacional representada por assessores do International Elephant
Health com o veterinário indiano especialista em elefantes, Dr. Rinko Gohain”.
Rana vive desde 2012 no zoológico do hotel fazenda após uma
vida inteira de adestramento forçado para exploração em espetáculos circenses.
Sua história é cheia de lacunas. Ela teria viajado pelo mundo a maior parte de
sua vida e chegado ao Brasil em 1967 com o circo Gran Bartolo para
apresentações em Recife (PE). Desde então, segundo relatos, trabalhou em
diversos circos como Moscou, Garcia, Tihany e até no Beto Carrero. No registro
de entrada de Rana na fazenda Boa Luz, sua origem consta como do circo Estoril.
Seu nome é anotado como Ranny, mas ela vem sendo chamada de Rana, grafia que
foi adotada pelo SEB.
O contrato de doação entre a Fazenda Boa Luz e o SEB foi
assinado em 13 de novembro pelo proprietário da fazenda, Marreco Fernandes, e o
presidente do SEB, Scott Blais.
Resgate
A operação de resgate de Rana está dividida em quatro
etapas. A primeira fase, deflagrada na última quinta, é a de Organização e
Aclimatação. O container, ou caixa de transporte, foi colocado no local quatro
dias antes do embarque para dar a Rana o tempo necessário para investigar e se
aclimatar à estrutura.
Desde quinta, Rana está sendo alimentada dentro do
contêiner, de onde pode entrar e sair livremente, por diversas vezes. Neste
domingo (16), a caixa teve as portas fechadas pela primeira vez com Rana dentro
e foi aberta em seguida. Essa adaptação de abrir e fechar as portas deve ser
repetida várias vezes, conforme o protocolo de segurança, até o embarque no
caminhão, previsto para esta terça (18).
Na segunda etapa, é feito o
Embarque Final, quando Rana será fechada dentro do contêiner pela última
vez, alçada por um guindaste e colocada em segurança sobre o caminhão de
transporte. O protocolo prevê que, mesmo após Rana ser embarcada, o contêiner
possa novamente ser colocado no solo, para uma nova fase de adaptação.
O Transporte até o Santuário dos Elefantes é a terceira fase
da operação. A etapa final é o Desembarque, quando o contêiner será removido do
caminhão e Rana será solta dentro do Centro de Tratamento no SEB. A chegada ao
local está prevista para o próximo sábado (22).
Doações
Você pode fazer a diferença e ajudar nos cuidados com Rana,
Maia e Guida e ser um colaborador do Santuário. Toda a manutenção do projeto
vem de doações e a contribuição pode ser feita de diversas maneiras. Acesse o
link [santuariodeelefantes.org.br/doe/]e faça sua doação.
Fonte: Assessoria de Comunicação.
Texto e imagem reproduzidos do site: ejornais.com.br
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