sábado, 1 de dezembro de 2018

Relembrando a SCAS - Parte II

Local da sede social da SCAS, em Aracaju

José Carlos Teixeira
Imagens reproduzidas do site: scascultura.wordpress.com
Postadas pelo blog, para ilustrar o presente artigo

Texto publicado originalmente no site Alô News, em 29/11/2018

Relembrando a SCAS - Parte II

Ponto de Vista, por Ivan Valença

Tamara Toumanova chegou a fazer uma incursão pelo cinema de Hollywood. Ela foi a grande diva de um filme sobre os bastidores do início da Segunda Guerra Mundial, chamado “Quando Passar a Primavera”. Ao final do espetáculo, Tamara Toumanova seguiu para a residência de José Carlos Teixeira onde lhe foi servido um lauto jantar, com a presença de figurões da sociedade sergipana da época. Antes que me perguntem, eu lhes respondo: ela não foi levada a um restaurante, porque naquela época não existia restaurantes de excelente qualidade funcionando notadamente à noite. Para o almoço ainda se podia valer do restaurante do Cacique Chá ou do Iate Clube de Aracaju,

Na área de teatro, a Cultura Artística criou um departamento só para promover a encenação de algumas peças. Sob a direção do professor João Costa, o departamento trouxe do Sul do País dois diretores para a montagem de espetáculos. O famoso Wilson Maux veio de João Pessoa para dirigir a encenação de “Eles Não Usam Black Tie” , de Gianfrancesco Guarnieri, que tinha no elenco o Professor Alencar Filho e Teresa Prado. Foi um sucesso extraordinário, a ponto de ser repetido por três ou quatro vezes no mesmo palco, o do Atheneu Sergipense.

No mesmo Atheneu foi montado o espetáculo “Chuva”, adaptação de uma peça americana que já havia sido adaptada ao cinema. O diretor desta vez foi o jovem Mario Sérgio Galvão Bueno, vindo de São Paulo para tal evento. Impressionou ao público o fato de que, durante todo o espetáculo, chovia em cena. Os atores pouco ligaram para isso e João Costa, Francisco Carlos, Tereza Prado, entre outros (inclusive o jornalista José Carlos Monteiro) deram o melhor de si. José Carlos Teixeira não cabia em si de contente com o resultado obtido. Foram somente dois ou três espetáculos naquela base de “quem viu, viu, quem não viu, jamais verá de novo”.

A SCAS criou também um departamento de Cinema que exibia filmes que não chegavam ao circuito comercial. Por uma única noite, nas quartas-feiras, eram exibidos filmes que ganharam prêmios nos mais importantes festivais da época. Puxando pela memória lembramo-nos da exibição de “O Milagre de Anne Sullivan”, vencedor de Oscar e que, apesar disso, continuou inédito na cidade.

Por fim, vale destacar que o espectador de cada sarau de arte era contemplado com um folder sobre o que iria ver, em todas as áreas artísticas, preparados geralmente poor um especialista da área.

Texto reproduzido do site: alonews.com.br

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