Local da sede social da SCAS, em Aracaju
José Carlos Teixeira
Imagens reproduzidas do site: scascultura.wordpress.com
Postadas pelo blog, para ilustrar o presente artigo
Relembrando a SCAS - Parte II
Ponto de Vista, por Ivan Valença
Tamara Toumanova chegou a fazer uma incursão pelo cinema de
Hollywood. Ela foi a grande diva de um filme sobre os bastidores do início da
Segunda Guerra Mundial, chamado “Quando Passar a Primavera”. Ao final do
espetáculo, Tamara Toumanova seguiu para a residência de José Carlos Teixeira
onde lhe foi servido um lauto jantar, com a presença de figurões da sociedade
sergipana da época. Antes que me perguntem, eu lhes respondo: ela não foi
levada a um restaurante, porque naquela época não existia restaurantes de
excelente qualidade funcionando notadamente à noite. Para o almoço ainda se
podia valer do restaurante do Cacique Chá ou do Iate Clube de Aracaju,
Na área de teatro, a Cultura Artística criou um departamento
só para promover a encenação de algumas peças. Sob a direção do professor João
Costa, o departamento trouxe do Sul do País dois diretores para a montagem de
espetáculos. O famoso Wilson Maux veio de João Pessoa para dirigir a encenação
de “Eles Não Usam Black Tie” , de Gianfrancesco Guarnieri, que tinha no elenco
o Professor Alencar Filho e Teresa Prado. Foi um sucesso extraordinário, a
ponto de ser repetido por três ou quatro vezes no mesmo palco, o do Atheneu
Sergipense.
No mesmo Atheneu foi montado o espetáculo “Chuva”, adaptação
de uma peça americana que já havia sido adaptada ao cinema. O diretor desta vez
foi o jovem Mario Sérgio Galvão Bueno, vindo de São Paulo para tal evento.
Impressionou ao público o fato de que, durante todo o espetáculo, chovia em
cena. Os atores pouco ligaram para isso e João Costa, Francisco Carlos, Tereza
Prado, entre outros (inclusive o jornalista José Carlos Monteiro) deram o
melhor de si. José Carlos Teixeira não cabia em si de contente com o resultado
obtido. Foram somente dois ou três espetáculos naquela base de “quem viu, viu,
quem não viu, jamais verá de novo”.
A SCAS criou também um departamento de Cinema que exibia
filmes que não chegavam ao circuito comercial. Por uma única noite, nas
quartas-feiras, eram exibidos filmes que ganharam prêmios nos mais importantes
festivais da época. Puxando pela memória lembramo-nos da exibição de “O Milagre
de Anne Sullivan”, vencedor de Oscar e que, apesar disso, continuou inédito na
cidade.
Por fim, vale destacar que o espectador de cada sarau de
arte era contemplado com um folder sobre o que iria ver, em todas as áreas
artísticas, preparados geralmente poor um especialista da área.
Texto reproduzido do site: alonews.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário