Publicado originalmente no Facebook/Amaral Cavalcante, em
12/02/2014.
Ainda sobre o saudável hábito de servir sucos naturais às
crianças
Tenho dezenas de cumbucas de plástico, dessas de vender 200
gramas de manteiga da terra, onde acondiciono o sumo grosso das frutas depois
de passadas na urupema.
Quando quero boto o torrão inteiro na suqueira com água e
deixo fora da geladeira até mais tarde. Vai se desmanchando, até resultar num
refresco geladinho e gostoso. Passar no liquidificador não é uma boa,
resultando, muitas vezes, em melação generalizada e o gosto que fica é de sorvete
derretido.
Dia desses fiz uma jenipapada igualzinho a como fazia minha
mãe. na encantada cozinha da nossa casa, em Simão Dias. Bati numa tábua de
corte o jenipapo em picadinho miúdo e o deixei numa vasilha com água até
amanhã. Resultou naquela beberagem substanciosa que fazia do meu lanche da
tarde... uma experiência inesquecível.
Outro refresco ancestral preparado pelo meu pai, era o Aluá,
feito com cascas de abacaxi fermentadas. Trata-se de uma herança da culinária
indígena, muito simples de preparar: descascado o abacaxi coloque as cascas bem
lavadas num recipiente com água e as deixe fermentar por dois dias. Dá um
refresco picante e azedinho, de propaladas qualidades digestivas, mas que deve
ser tomado com parcimônia porque embebeda. Lá em casa ele só era servido em
dias de festa num enorme jarra de Ágata, onde se acrescentava bicarbonato de
sódio para espumar.
Imaginem a festa!
Amaral Cavalcante - 2014.
Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Amaral Cavalcante.
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