Publicado originalmente no site 93 Notícias, em 2 de setembro de 2017
Joãozinho Retratista – O mestre da fotografia de Robério
Santos, 2011 - Infographics, 96p. : Il.
Por Antônio Saracura (DEZ/2011)
Quando Carlos Mendonça lançou o livro “Chico de Miguel” –
junho de 2011 – conversei com Robério Santos sobre a brilhante sacada do
conterrâneo. O livro era muito bom para todo mundo. Desde a família, os
intelectuais, os historiadores, os estudiosos, os conterrâneos os eleitores de
Chico, até os eleitores do outro partido pois teriam curiosidade em saber o que
fizera um tabaréu da Várzea do Gama, bodegueiro, tocador de roça em São Paulo,
boiadeiro, transformar-se em um dos mais influentes políticos de Sergipe.
Graças a Deus que aparecera Carlos Mendonça para preencher esta lacuna pois
Chico de Miguel já se fora há quase cinco anos e enveredava para o injusto
esquecimento.
Constatamos, na ocasião, que Itabaiana é pródiga em pessoas
importantes e que não mereceram mais do que uma linha ou outra dentro da rica
bibliografia gerada pela literatura. Haja vista Euclides Paes Mendonça, Manoel
Teles, Zeca Mesquita, Chico do Cantagalo, Joãozinho Retratista, Sebrão
Sobrinho, Alberto de Carvalho, Oviedo Teixeira (há um opúsculo), Mamede Paes
Mendonça, Noel Barbosa (outro opúsculo), Pedro Paes Mendonça, Zé Bezerra do
circo… e muitos outros. E vimos que era evidente a urgência em produzirmos,
senão compêndios parrudos, singelos opúsculos (igual ao produzido sobre
Monsenhor Daltro por Claudefranklin Monteiro, de Lagarto) eternizando nossos
ícones. Trabalhos que poderiam sair a muitas mãos, em uma somação de esforço e
saber. Bastava alguém assumir a coordenação.
E na recente Bienal de Itabaiana – outubro de 2011 – Robério
Santos surpreendeu-me lançando o livro “Joãozinho Retratista – o mestre da
Fotografia”. E contou-me, na oportunidade (será que entendi direito?), que está
desenvolvendo pesquisas visando publicar três outros: Zé Bezerra (o homem do
circo), Zeca Mesquita (o visionário empreendedor) e o terceiro, que preferiu
não nomear o herói.
Acabo de ler o Joãozinho Retratista, de que já conhecia
trechos divulgados previamente na Internet (facebook “Itabaiana Grande”, by
Robério) e na espetacular revista “Omnia” (by Robério também), e achei-o (o
livro) um documento de fundamental importância para nossa terra. Tocaram-me
especialmente a Parte 3 (O Legado), quando o autor funde-se ao personagem, e o
artigo (incluído como um texto complementar), “Benjamim Francisco Brandão:
Fotógrafo”, da professora Maria Nely Santos.
Esperamos que Robério retorne logo do Egito para o nosso
maior bem, pois seu verdadeiro Oriente Médio é aqui mesmo à sombra da serra.
(Publicada na Perfil 15/01).
Texto e imagem reproduzidos do site: 93noticias.com.br
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