quinta-feira, 24 de maio de 2018

Exposição Cândido de Faria é lançada no Museu da Gente Sergipana









Fotos: Pritty Reis/Secult

Publicado originalmente no site da SECULT, em 24 de maio de 2018

Exposição Cândido de Faria é lançada no Museu da Gente Sergipana

Uma nova exposição entrou em cartaz na noite da última terça-feira, 22, no Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda. Cândido Aragonez de Faria é o sergipano laranjeirense que dá nome não só a nova exposição, mas ao livro que também foi lançado na ocasião. O expositor é um ilustrador sergipano das artes aplicadas, conforme o livro é intitulado, frequentemente mencionado em estudos sobre a história da caricatura, mas ainda assim com pouca visibilidade.

É por isso que ‘Cândido de Faria’ se caracteriza como uma exposição reveladora, como afirma o historiador Murilo Melins. “Ninguém falava em Cândido de Faria, era um sergipano esquecido. Luiz Antônio Barreto com aquela memória, aquele desprendimento, foi quem começou a procurar coisas dele, e hoje esse artista está sendo homenageado pelo Museu da Gente Sergipana. Fizeram essa exposição e esse livro reveladores e só temos que agradecer e parabenizar por essa iniciativa”.

Essa também é a visão do professor Cássio Murilo Costa, presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju, que também prestigiou o evento. “É uma exposição muito importante porque o Cândido de Faria pode ser um ilustre desconhecido nosso, mas aclamado na França e, sobretudo, no circuito das artes visuais. Então, é uma reapropriação, uma descoberta de quem somos. E isso é muito importante para a identidade sergipana. É um presente que os sergipanos ganham com essa exposição”, ressaltou Cássio.

A proposta do Instituto Banese de valorizar a cultura, as artes e os artistas sergipanos se cumpre mais uma vez. E porque não apresentar o sergipano que fez os primeiros cartazes de cinema do mundo? ”Esse trabalho de Candido de Faria é extraordinário porque na verdade ele se lançou e foi reconhecido internacionalmente e nacionalmente. E graças ao resgate que Germana fez através de uma pesquisa sensacional está sendo possível apresentar a vida e a obra desse sergipano. Nada mais justo que essas pessoas que contribuíram com as artes e a cultura de alguma forma e que projetaram o nome de Sergipe no seu meio de atuação sejam sempre lembradas”, explicou Ezio Déda, diretor do Insituto.

A professora e pesquisadora Germana Gonçalves de Araújo é a organizadora do livro e da exposição sobre Cândido de Faria, cujo conteúdo é resultado dos estudos do Grupo de Pesquisa Design e Cultura da Universidade Federal de Sergipe. Ela acredita que o Museu da Gente Sergipana é um espaço apropriado para apresentar um pouco da história, da arte e dos lugares por onde Cândido passou.

“O Instituto Banese é uma instituição que apoia a cultura local então nada mais justo do que trazer a memória de um artista sergipano que, apesar de não ter produzido artes em Sergipe, traz em seu repertório referências de uma arte popular, de uma convivência popular em Laranjeiras. Além disso trazemos a proposta da ação educativa na qual os visitantes vão lidar com a prática do desenho, da ilustração, podendo depositar sua própria personalidade nos traços. E isso é a cara do Museu da Gente Sergipana. Enfim, o Instituto Banese é um parceiro extremamente relevante e significante para esse estado, para a cultura e para as artes”.

Entre o público presente, o ilustrador Tiago Neumann se sentiu atraído pelo fato da ilustração e do design ser o foco de uma exposição. “Como ilustrador acho interessante a pesquisa ter gerado uma exposição que tem como foco a ilustração, podendo abrir novos olhares sobre essa arte. O Cândido de Faria representa o ilustrador de tempos atrás e o sergipano envolvido com essa arte. É uma exposição bem interessante”.

Quem também prestigiou o evento foi o secretário de Estado da Cultura, João Augusto Gama, que parabenizou o Instituto Banese pela iniciativa. “É muito importante e talentoso esse trabalho do Instituto Banese, que vem dando aos escritores, intelectuais e artistas sergipanos oportunidade de mostrar sua arte e se tornar conhecidos a partir daqui. Apesar de pouco conhecido, Cândido de Faria tem uma projeção muito grande no cenário nacional e no cenário internacional e isso precisa se tornar público aqui no nosso estado, portanto parabenizo o Instituto Banese por essa iniciativa”, frisou.

A exposição poderá ser visitada de terça a sexta, das 10h às 16h, e aos finais de semana e feriados, das 10h às 15h. A entrada é gratuita. Para obter mais informações, entrar em contato com o Instituto Banese pelo telefone (79) 3218-1551.

Texto e imagens reproduzidos do site: cultura.se.gov.br

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