sábado, 1 de outubro de 2016

1º Bispo - Dom José Thomaz Gomes da Silva


1º Bispo.

Dom José Thomaz Gomes da Silva (1911 a 1948 )
1873 † 1948.

Eleito no dia 12 de maio do ano de 1911. D. José Thomas Gomes da Silva, foi recebido com todas as honrarias, não só pelo clero mais pelos políticos locais e membros da sociedade. Uma explicita demonstração de como seria a estadia do bispo no Estado.

Passada as comemorações, dois dias depois, o bispo D. José Thomas Gomes da Silva deu início ao trabalho de reestruturação da Igreja local, participando, dessa forma, do projeto nacional de reforma do clero. D. José começou seu oficio fazendo as devidas nomeações para composição de sua diocese. Depois, fundou um boletim, meio pelo qual ele informava aos padres e paroquianos tudo que estava acontecendo com a igreja em nível mundial e nacional, além de informações acerca de sua administração, pois era nessa publicação que D. José Thomas fazia as devidas cobranças, tanto financeiras como espirituais e morais.

Visitas pastorais e criação de paróquias também foram atitudes importantes no tocante à ampliação dos domínios da Igreja, sem contar com a relação desenvolvida por D. José com os governantes do Estado e com os representantes da elite econômica e intelectual local. O bispo agiu como um estrategista, inseminando os preceitos da igreja em toda a sua circunscrição.

Dentre os fatos que marcaram o seu bispado está o auxilio material e espiritual dado aos estabelecimentos escolares e assistenciais, a exemplo do Instituto Bento XV, do Ginásio Nossa Senhora das Graças, da cidade de Propriá, do Colégio Sagrado Coração de Jesus, do Ginásio Patrocínio de São José em Aracaju, do Orfanato da Imaculada Conceição, do Oratório Festivo São João Bosco, fundado por Genésia Fontes, a D. Bebé, e da Associação Santa Zita, destinado a menores carentes.

Outro aspecto a ser considerado na atuação de D. José Thomaz, está relacionado à obtenção de patrimônio para a Diocese. Com a falta de subsídios do Estado, a Igreja teve que dispor de seus próprios recursos para sua manutenção. Como cada diocese tinha por obrigação se manter, a aquisição de patrimônio, era algo necessário. Daí a construção de uma Comissão composta de várias personalidades sergipanas, pessoas de posse e de cargos importantes no Estado, membros de uma elite econômica, a começar pelo presidente do Estado, o general José de Siqueira Menezes, a quem o bispo designou presidente de honra; o desembargador Zacarias Horácio dos Reis foi nomeado vice-presidente; o primeiro secretário era o coronel Antonio Gomes da Cunha Júnior; o segundo secretário, o major Luiz José da Costa Filho; e, como tesoureiro, fora designado Manoel Teixeira Chaves de Carvalho. Como procurador geral, o bispo escolheu o desembargador Antonio Teixeira Fontes. Nomes como os de Alexandre Lobão, Amintas Guaraná, major rsênio Araújo, o médico Augusto Leite, Augusto Mattos, Aurélio do Prado Vieira, Benjamin Mendonça, coronel Félix Pereira de Azevedo, Francisco C. Nobre de Lacerda, o cônego Francisco Gonçalves Lima, Guilherme Nabuco, o médico Helvécio de Andrade, Euvidio Velbo, João Antonio de Oliveira, o desembargador João Maynard, padre João Victor de Mattos, José de Araújo Cardoso, o coronel José da Silva Ribeiro, José Moreira de Magalhães, o desembargador Manoel Caldas Barreto, o professor Manoel Francisco A. de Oliveira, Nelson Vieira, o desembargador Simeão Sobral e Silvio Motta compunham o quadro de membros da referida comissão. Mas o presidente efetivo desta, era o padre Manuel Raymundo de Melo, que também fora nomeado o primeiro reitor do Seminário criado por D. José Thomas. (LIVRO DE REGISTRO DO SEMINÁRIO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, 1913-1948, p.2).

O fato, porém, que mais marcou o bispado de D. José Thomaz, foi à criação do Seminário Sagrado Coração de Jesus. Foi através dele que o bispo, efetivamente, cumpriu com a missão de ampliação dos domínios da Igreja e de reforma do clero. Através do Seminário, a Igreja local ganhou repercussão nacional e a Igreja nacional pôde contar, muitas vezes, com muitos dos seus quadros.

A criação da Diocese e a implantação de seu Seminário significaram, além da restrição do campo de atuação dos protestantes e dos espíritas, a retomada de uma certa estabilidade que parecia estar se perdendo. O Seminário, por sua vez, implantado em 1913, representou não só a manutenção e a ampliação do número de clérigos, mas uma escola que educou e “formou” muitos sergipanos.

Fonte: iaracaju.infonet.com.br/serigysite

Texto e imagem reproduzidos do site: arquidiocesedearacaju.org

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