1º Bispo.
Dom José Thomaz Gomes da Silva (1911 a 1948 )
☼ 1873 † 1948.
Eleito no dia 12 de maio do ano de 1911. D. José Thomas
Gomes da Silva, foi recebido com todas as honrarias, não só pelo clero mais
pelos políticos locais e membros da sociedade. Uma explicita demonstração de
como seria a estadia do bispo no Estado.
Passada as comemorações, dois dias depois, o bispo D. José
Thomas Gomes da Silva deu início ao trabalho de reestruturação da Igreja local,
participando, dessa forma, do projeto nacional de reforma do clero. D. José
começou seu oficio fazendo as devidas nomeações para composição de sua diocese.
Depois, fundou um boletim, meio pelo qual ele informava aos padres e
paroquianos tudo que estava acontecendo com a igreja em nível mundial e
nacional, além de informações acerca de sua administração, pois era nessa
publicação que D. José Thomas fazia as devidas cobranças, tanto financeiras como
espirituais e morais.
Visitas pastorais e criação de paróquias também foram
atitudes importantes no tocante à ampliação dos domínios da Igreja, sem contar
com a relação desenvolvida por D. José com os governantes do Estado e com os
representantes da elite econômica e intelectual local. O bispo agiu como um
estrategista, inseminando os preceitos da igreja em toda a sua circunscrição.
Dentre os fatos que marcaram o seu bispado está o auxilio
material e espiritual dado aos estabelecimentos escolares e assistenciais, a
exemplo do Instituto Bento XV, do Ginásio Nossa Senhora das Graças, da cidade
de Propriá, do Colégio Sagrado Coração de Jesus, do Ginásio Patrocínio de São
José em Aracaju, do Orfanato da Imaculada Conceição, do Oratório Festivo São
João Bosco, fundado por Genésia Fontes, a D. Bebé, e da Associação Santa Zita,
destinado a menores carentes.
Outro aspecto a ser considerado na atuação de D. José
Thomaz, está relacionado à obtenção de patrimônio para a Diocese. Com a falta
de subsídios do Estado, a Igreja teve que dispor de seus próprios recursos para
sua manutenção. Como cada diocese tinha por obrigação se manter, a aquisição de
patrimônio, era algo necessário. Daí a construção de uma Comissão composta de
várias personalidades sergipanas, pessoas de posse e de cargos importantes no
Estado, membros de uma elite econômica, a começar pelo presidente do Estado, o
general José de Siqueira Menezes, a quem o bispo designou presidente de honra;
o desembargador Zacarias Horácio dos Reis foi nomeado vice-presidente; o
primeiro secretário era o coronel Antonio Gomes da Cunha Júnior; o segundo
secretário, o major Luiz José da Costa Filho; e, como tesoureiro, fora
designado Manoel Teixeira Chaves de Carvalho. Como procurador geral, o bispo
escolheu o desembargador Antonio Teixeira Fontes. Nomes como os de Alexandre
Lobão, Amintas Guaraná, major rsênio Araújo, o médico Augusto Leite, Augusto
Mattos, Aurélio do Prado Vieira, Benjamin Mendonça, coronel Félix Pereira de
Azevedo, Francisco C. Nobre de Lacerda, o cônego Francisco Gonçalves Lima,
Guilherme Nabuco, o médico Helvécio de Andrade, Euvidio Velbo, João Antonio de
Oliveira, o desembargador João Maynard, padre João Victor de Mattos, José de
Araújo Cardoso, o coronel José da Silva Ribeiro, José Moreira de Magalhães, o
desembargador Manoel Caldas Barreto, o professor Manoel Francisco A. de
Oliveira, Nelson Vieira, o desembargador Simeão Sobral e Silvio Motta compunham
o quadro de membros da referida comissão. Mas o presidente efetivo desta, era o
padre Manuel Raymundo de Melo, que também fora nomeado o primeiro reitor do
Seminário criado por D. José Thomas. (LIVRO DE REGISTRO DO SEMINÁRIO SAGRADO
CORAÇÃO DE JESUS, 1913-1948, p.2).
O fato, porém, que mais marcou o bispado de D. José Thomaz,
foi à criação do Seminário Sagrado Coração de Jesus. Foi através dele que o
bispo, efetivamente, cumpriu com a missão de ampliação dos domínios da Igreja e
de reforma do clero. Através do Seminário, a Igreja local ganhou repercussão
nacional e a Igreja nacional pôde contar, muitas vezes, com muitos dos seus
quadros.
A criação da Diocese e a implantação de seu Seminário
significaram, além da restrição do campo de atuação dos protestantes e dos
espíritas, a retomada de uma certa estabilidade que parecia estar se perdendo.
O Seminário, por sua vez, implantado em 1913, representou não só a manutenção e
a ampliação do número de clérigos, mas uma escola que educou e “formou” muitos
sergipanos.
Fonte: iaracaju.infonet.com.br/serigysite
Texto e imagem reproduzidos do site:
arquidiocesedearacaju.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário