Publicado originalmente no site da PGE/SE., em 01/09/2013.
Rosa Faria.
Por Mário Britto.
Rosa Moreira FariaRosa Moreira Faria, professora, artista,
pesquisadora, telegrafista, jornalista, taquígrafa e poeta, nasceu no dia 28 de
abril de 1917, em Capela/SE e faleceu no dia 1º de maio de l997, em Aracaju/SE
Descendente de portugueses, filha de pai artista, Rosa
Faria, autodidata, desde tenra idade já manifestava vocação para as artes. Em
sua terra natal, cursou o primário no grupo Escolar Coelho e Campos e o ginásio
no Colégio Imaculada Conceição, onde recebeu o diploma de normalista. Em 1942,
iniciou sua careira de professora no povoado de Boa Vista, em Capela/SE.
No ano de l946, mudou de sua terra natal para Aracaju/SE e,
em 1950, mudou-se para o Rio de Janeiro/RJ, onde fez curso de artes plásticas
no Departamento Nacional do Serviço de Aprendizagem Industrial e de Extensão
Universitária Sobre Psicologia do Adolescente na Universidade do Brasil. Em
l952, fez curso de desenho para ensino. Em l953, ministrou, em Petrolina/PE,
curso Nacional Para Jovens de Artes Aplicadas. Em 1956, concluiu curso didático
pela Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe.
Em 1955, Rosa Faria foi laureada com o primeiro lugar em
concurso realizado pela Prefeitura de Aracaju em comemoração ao Centenário de
cidade. Admirada pelo povo sergipano em razão do seu relevante trabalho na
preservação de nossa história, recebeu diversas comendas e medalhas, como Honra
ao Mérito, da Prefeitura de Aracaju, Medalha Amiga da Marinha, Medalha Amiga do
Exército, Mérito Serigy, nos graus de Cavaleiro e Comendador e o Título de Cidadã
Aracajuana, concedido pela Câmara Municipal de Aracaju.
Membro fundadora da Associação Sergipana de Imprensa, Rosa
Faria presenteou a entidade com uma importante coleção de pinturas óleo sobre
tela e sobre madeira. Poeta, pesquisadora e escritora, constam, ainda, em seu
curriculum, as seguintes publicações: em 1947, a biografia de Dom José Thomaz
Gomes da Silva, em forma de calendário; em 1948, Sinopse Biográfica do
Monsenhor Carlos Costa e, em 1995, o álbum histórico, composto por 122 placas
de cerâmicas, intitulado: “Sergipe Passo a Passo pela sua História”. É autora
das comendas “Gumercindo Bessa”, feita para o Tribunal de Contas e a “Tobias
Barreto”, para a Procuradoria da Justiça.
Em 17 de março de l968, foi fundado o “Museu de Arte e
História Rosa Faria” para albergar a sua obra composta por pinturas em
azulejos, em porcelanas, em pratos, alguns bordados com fio de ouro e óleo
sobre tela e sobre madeira que retratam, através de pesquisa de documentos, em
fatos e fotos a história de Sergipe.
Desde l997, após a morte de Rosa Faria, o acervo do museu
foi transferido para o Memorial de Sergipe, pertencente à Universidade
Tiradentes-UNIT, em Aracaju/SE. Pelo seu legado à cultura, à arte e à história
de Sergipe, declarou o magnífico reitor da Universidade Tiradentes, Professor
Jouberto Uchoa: “Rosa Faria dedicou toda a sua vida a preservar a memória do
Estado, essa pessoa, que era de uma situação econômica e financeira pequena,
deixou e renunciou aos prazeres, para que a história de Sergipe ficasse registrada
e marcada por esse monumento que nós temos aqui”.
Texto e imagem reproduzidos do site: pge.se.gov.br
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