Aracaju completa 163 anos neste sábado, 17 de março
Foto: Ana Lícia Menezes
Foto: Ana Lícia Menezes
Maria Olívia mora há mais de 30 anos em frente à igreja
do Santo Antônio, marco histórico de Aracaju
do Santo Antônio, marco histórico de Aracaju
Aos 91 anos de idade, a professora aposentada Josefina
Leite,
relembra o período em que veio morar em Aracaju,
quando tinha pouco mais de 18
relembra o período em que veio morar em Aracaju,
quando tinha pouco mais de 18
Renato lembra com alegria dos locais que frequentava logo
que chegou em Aracaju (Fotos: Silvio Rocha)
que chegou em Aracaju (Fotos: Silvio Rocha)
O historiador Samuel Albuquerque conta
como surgiu a cidade
(Fotos: Ana Lícia Menezes)
Nova geração: Michelly já imagina
uma cidade melhor
Publicado originalmente no site da Agência Aracaju de Notícias, em 16/03/18
Aracaju: 163 anos de história rumo a um futuro humano,
inteligente e criativo
Quem vê Aracaju nem imagina a transformação pela qual
passou. A cidade atualmente desenvolvida, onde moram mais de 650 mil
habitantes, foi construída em formato de um tabuleiro de xadrez, uma das
primeiras cidades planejadas do Brasil. Em 1855, depois de uma votação da
Assembleia Provincial, o povoado de ‘Santo Antônio do Aracaju' foi elevado à
condição de capital. O então presidente Inácio Joaquim Barbosa transferiu para
a Aracaju a capital da província, naquele momento situada na histórica cidade
de São Cristóvão.
De 1855 para cá, muita coisa mudou. O crescimento ocorreu
nos quatro cantos da cidade. Obras foram realizadas, serviços colocados em
prática. Aracaju se desenvolveu e completa 163 anos de idade, no dia 17 de
março, data em que marca a mudança da capital.
O aposentado Renato de Santa Rosa, de 83 anos de idade, natural da
cidade de Propriá, acompanhou parte da evolução da cidade. "Aracaju passou
por uma grande transformação. As estradas da Atalaia eram de areia e o povo
costumava colocar palhas para os carros passarem. Hoje, o local está totalmente
modificado. Foi impressionante a evolução. Com a ajuda do prefeito Edvaldo
Nogueira, a cidade vai crescer ainda mais e com qualidade de vida",
contou.
O senhor Renato mora em Aracaju há 40 anos. A vinda dele
para a capital ocorreu por causa do trabalho. Ele era escrivão do cartório 1º
Ofício, no Centro da Cidade. Segundo ele, a mudança no início foi sofrida, mas
logo se acostumou e passou a amar a pequena Aracaju. "Quando cheguei aqui
frequentava a sorveteria Iara, o Cacique Chá e o Ponto Chique. Esses locais
serviam de ponto de encontro das pessoas. De início, eu não gostava, mas com o
tempo me apaixonei. Não penso mais em sair daqui. Essa cidade é
maravilhosa", enalteceu.
Inspiração
Aracaju é uma cidade que traz à tona as boas recordações em
quem a conhece. A professora de música
aposentada e pianista Maria Olívia mora há mais de 30 anos em frente à igreja
do Santo Antônio, na Colina. Aos 86 anos de idade, ela relembra com saudade dos
tempos de baile, de quando tocava no Iate Clube de Aracaju e no Cotinguiba.
"Eu comecei criança na música. Fui professora do Conservatório de Música e
Escola Técnica por mais de 30 anos. O período em que toquei nos bailes era
muito apaixonante. As famílias aracajuanas se juntavam para ouvir a boa música.
Foi um tempo muito feliz da minha vida. Aracaju me proporcionou isso",
relembrou.
Surgimento
O nome Aracaju tem origem tupi e significa ‘Tempo dos Cajus'
ou ‘Época dos Cajus'. A lei que criou a capital também elevou o antigo povoado
de Santo Antônio do Aracaju à categoria de município. Aos 91 anos de idade, a
professora aposentada Josefina Leite, relembra o período em que veio morar em
Aracaju, quando tinha pouco mais de 18 anos. "A minha mãe era muito corajosa
e queria muito que os filhos estudassem na capital. Por isso, nós viemos morar
em Aracaju e estamos até hoje. Eu gosto desse local. Passei a minha vida toda
aqui e não penso em voltar para o interior. Eu tenho uma filha que mora em
Minas Gerais e me chama para ir morar com ela, mas não quero ir embora",
contou.
Segundo o professor universitário e historiador Samuel
Albuquerque, a mudança da capital não foi mera decisão espontânea de Inácio
Barbosa, mas também envolveu questões econômicas. A mudança atendeu à pressão
de senhores de engenho, que cobravam a construção de um porto para escoamento
da safra de açúcar. "Essa ideia de mudança já vinha sendo falada há muito
tempo, mesmo antes da chegada de Inácio Barbosa. Muito se falou em Laranjeiras
como a capital, em Maruim e Estância. Esses foram nomes ventilados pra possível
mudança da capital porque já achavam que São Cristóvão era bem longe do mar.
Tinha ainda a pressão dos senhores de engenho já que a saída do açúcar era na
região da Cotinguiba porque era mais perto do mar", afirmou.
Futuro
Pensar em Aracaju é pensar em uma cidade para o futuro. Na
atual gestão do prefeito Edvaldo Nogueira e da vice-prefeita e secretária da
Assistência Social Eliane Aquino, foi construído de forma coletiva, o Planejamento
Estratégico para tornar Aracaju uma cidade inteligente, humana e criativa.
Nesse sentido, várias parcerias têm sido firmadas, a exemplo do termo de
compartilhamento de fibra ótica, assinado pelo prefeito Edvaldo Nogueira e o
presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, Cezário Siqueira Neto. A fibra
ótica servirá para informatizar as escolas, câmeras de segurança, prontuário
eletrônico e desburocratização de processos na PMA.
A somação de esforços faz Aracaju avançar, superar a crise,
enfrentar os problemas e ter uma cidade melhor. "Aracaju é o motor do
desenvolvimento de Sergipe. Nosso papel, neste sentido, é preparar a cidade
para o futuro, dentro daquilo que entendemos ser necessário: uma cidade
inteligente, humana, criativa, moderna e sustentável. As cidades terão, cada
vez mais, protagonismo na evolução e na transformação da humanidade. É nas
cidades que as pessoas moram, então é a partir delas que temos que encontrar os
caminhos para o progresso. Nossa missão é tornar Aracaju referência da qualidade
de vida, assegurar excelência dos serviços e promover desenvolvimento
sustentável onde os cidadãos sejam protagonistas. Para isso, são valores da
nossa gestão a inovação, a busca de resultados, a ética e transparência, a
eficiência e a efetividade das políticas públicas", destacou o prefeito
Edvaldo Nogueira.
A aluna da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef)
Costa Melo, Michelly Gomes de Oliveira, tem 16 anos de idade e mora no bairro
Getimana, zona Norte de Aracaju. Ela acabou de concluir o Ensino Fundamental e
está cheia de esperança para o futuro. "Eu vejo Aracaju sem violência, com
mais oportunidades de emprego e estudo para os jovens. Com educação, a gente
chega lá", colocou.
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