A Semana Santa possui significados distintos para as religiões
(Foto: Ilustrativa/Infonet)
Durante a Semana Santa, segundo o padre Rogério,
os cristãos relembram os últimos momentos de Cristo na terra
Para os evangélicos, a celebração da Semana Santa
é semelhante aquela praticada pelos católicos
Dentro do ensinamento budista, não existe formalmente
a comemoração da Semana Santa, relata André Britto
Foto: Arquivo Pessoal
O espiritismo trata a semana santa como uma semana
comum no calendário
comum no calendário
Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 30/03/2018
Semana Santa: conheça o significado para cada religião
Semana Santa acontece entre os dias 30 de março a 1° de
abril
A Semana Santa é repleta de significados para vários
segmentos religiosos. Para outros, no entanto, o período não é celebrado com
tanto afinco. Por isso, o Portal Infonet conversou com representantes de várias
religiões para saber o significado da época para cada uma delas. Confira!
Católicos
Este é um dos períodos mais importantes para a comunidade
católica. A Sexta-feira da Paixão e o Domingo de Páscoa, que representam a
morte e ressurreição de Cristo, são celebrados por todos aqueles que são
adeptos à religião.
Porém, a celebração não inicia na sexta, mas quarenta dias
antes da Páscoa, período conhecido como Quaresma. “Todo grande evento da
humanidade deve ter um período de preparação para o acontecimento. A Semana
Santa, que finda com a ressurreição de Jesus no domingo de Páscoa, é precedida
por uma quaresma. A palavra quaresma vem de quadragésima, do número quarenta,
que na palavra de Deus significa um tempo oportuno de preparação para um grande
acontecimento”, explica o padre Rogério.
Durante a Semana Santa, segundo o padre, os cristãos
relembram os últimos momentos de Cristo na terra. “Na Semana Santa, os cristãos
católicos se concentram nas igrejas. Nós temos uma série de atividades
religiosas e vamos lembrando cada instante de Jesus no nosso meio. O objetivo é
destacar que assim como Cristo sofreu e carregou a cruz, nós seguidores também
sofremos e carregamos nossas cruzes. Porém, a nossa vida e nossa fé não param
na cruz, elas transcendem porque a partir da cruz vem a ressurreição”, detalha.
Evangélicos
Para a comunidade evangélica, segundo o pastor Luiz Antônio,
da Igreja Quadrangular em Sergipe, a celebração da Semana Santa não se
diferencia muito daquela celebrada pelos católicos. “Acredito que não mude
tanto da visão do próprio catolicismo. Acho que é um ponto de convergência
entre católicos e evangélicos no entendimento dessa data. Para o cristão
evangélico, Cristo é o centro das coisas e é a única forma de salvação para o
homem. Então, esse é o ponto principal da Semana Santa, entender um amor que se
revelou e o amor de Deus que se cumpriu”, declara.
A sexta da Paixão é celebrada pela igreja com atividades
como o Sermão do Monte.
Budismo
Dentro do ensinamento budista, não existe formalmente a comemoração
da Semana Santa, até porque o Buddha viveu aproximadamente cinco séculos antes
de Jesus Cristo.
De acordo com André Britto, praticante budista da Comunidade
Buddhista Nalanda Aracaju, alguns adeptos do budismo, que também adotam
princípios cristãos em suas vidas, podem fazer retiros de silêncio ou práticas
semelhantes afim de buscarem uma associação simbólica com o momento da Páscoa.
“Podemos entender que a data é bastante propícia para uma reflexão sobre o
sofrimento e sobre a mensagem de Jesus para os seres humanos. Sendo assim,
alguns fazem suas práticas individuais nesse sentido”, explica.
Espíritas
O espiritismo trata a Semana Santa como uma semana comum no
calendário, embora reconheça a importância para religião católica. Segundo a
presidente do Grupo Espírita Samaritano, as práticas comuns na outra religião
são merecedoras de apreço e respeito, mas são distantes da prática espírita. “A
doutrina espírita tem a proposta de nos afinarmos ao Cristo Vivo, por isso não
temos que nos apegarmos ou nos preocuparmos com as questões das práticas de
outras religiões”, declara.
Segundo ela, nesse período os espíritas fazem reflexões.
"São reflexões sobre a morte do mestre que abriu as portas para a vida
além da vida, as responsabilidades de cada um na árdua tarefa terrena, além da
fraqueza e os defeitos que assolam as almas no mundo”, pensa.
Por Yago de Andrade e Verlane Estácio
Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br
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