terça-feira, 18 de setembro de 2018

Do livro do dr. Sousa

Foto: Reprodução/Jornal Notícias

Publicado originalmente no site Alô News, em 17/09/2018 

Do livro do dr. Sousa

Por Ivan Valença 

Se você por algum motivo não pode ir ao lançamento do livro “Entre Linhas da Minha Vida”, da autoria do médico Dr. Antônio Carlos Sobral Sousa, o célebre Dr. Sousa, ocorrido na semana anterior, você pode adquiri-lo em qualquer livraria da cidade. É bem verdade que já não há muitas livrarias na cidade, mas você procurando ainda acha alguma. Vale a busca, pois o livro do Dr. Sousa é uma delícia para o leitor que tem boas lembranças da Aracaju dos anos 60 em diante.

No primeiro capítulo, o Dr. Sousa faz uma reconstituição de uma Aracaju que não vai voltar mais. São dados preciosos que o autor entrega aos leitores cercado com muita poesia e recordações sublimes da época em que morava, com os pais na Travessa Benjamin Constant, no centro da cidade, em frente e ao lado direito do Palácio do Governo.

“A poucos metros da casa onde morava o menino Sousa e a família, localizava-se o imponente Cine Palace, o mais luxuoso de Aracaju, dotado de ar refrigerado e poltronas confortáveis, as fachadas externas e as paredes laterais do interior do prédio era graciosamente decorados com as pinturas do artista plástico Jenner Augusto e havia uma marquise em frente do prédio, insuficiente  para eventualmente abrigar da chuva as longas filas que se formavam por adultos e jovens, tanto para adquirir bilhetes (do lado esquerdo) como para ter acesso ao salão de projeção (do lado direito). O movimento no hall de entrada era frenético, sobretudo nos dias de domingo e feriados. A bilheteria, estrategicamente localizado no lado esquerdo da entrada, se comunicava, também, com a parte externa do prédio, por meio de uma pequena janela, por onde se poderia adquirir, antecipadamente, ingressos para as sessões: em várias ocasiões usei deste expediente, a pedido de meus pais. Recordo de ter comprado para eles, bilhetes para sucessos cinematográficos tais como “Girassóis da Rússia”, “Doutor Jivago”, “Django”, “Candelabro Italiano”, dentre outros.  Antes de se iniciar o filme, na parte dos traillers, era comum a exibição de resumos de partidas de times cariocas no” Canal 100”, sempre em preto e branco, com uma vinheta característica, mostrava detalhes, muitas vezes, em câmara lenta, das jogadas magistrais dos craques daquela época. Ainda me lembro da película referente à final do campeonato carioca de 1968, quando o meu Botafogo, comandado por Gerson, Jairzinho, Roberto Miranda e companhia, derrotou o Vasco da Gama por 4 a 0”...

Texto e imagem reproduzidos do site: alonews.com.br

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