Publicado originalmente no site Agência Sergipe
Por Cláudia Meireles
O vereador de Maruim, Sérgio Vieira apresentou indicação
aprovada por unanimidade na Câmara Municipal de Maruim para a construção do
mausoléu do sergipano, sargento Zacarias, sepultado no cemitério de Maruim.
Zacarias tornou-se mundialmente conhecido pela sua bravura,
o que lhe rendeu homenagens nacionais e internacionais.
Por conta da indicação, o parlamentar e familiares do
sargento Zacarias celebrou no último dia 23 de agosto (2018) em evento bastante
concorrido, com as presenças de amigos e familiares do ex-combatente Zacarias
Izidoro.
Conforme salientou o historiador sergipano, Adailton
Andrade, o bravo soldado Zacarias nasceu em Maruim, no dia 02 de janeiro de
1923. Ingressou no 28º Batalhão dos Caçadores, no 18 do Forte, em Aracaju,
iniciou uma brava luta em defesa do Brasil e participou da luta contra o
nazifascismo, na Europa, em 1944.
Para o vereador Sérgio Vieira, o dia 23 de agosto de 2018
ficará marcado nas páginas da história maruinense.
O evento foi possível graças ao apoio da Confraria
Maruinense de História e Memoria juntamente com o parlamentar Sérgio Vieira,
que vem desenvolvendo um trabalho de resgate histórico do legado do povo
maruinense.
O historiador Adailton explica que o bravo soldado lutou na
Itália na Tomada de Montese, “onde foi gravemente ferido, sendo internado no
Hospital Militar Americano, em Livorno, na Itália, e depois transferido para um
outro hospital nos Estados Unidos da América, em 1945.
“O “Louco de Pisa”, apelido lhe dado por colegas,
apresentava disposição para enfrentar com bravura o campo de guerra. Até mesmo
o ex-presidente do Brasil, Castelo Branco, o apelidou de “Meu Leão”, explicou
Adailton.
De acordo com a história, Zacarias embarcou para a Itália do
Rio de Janeiro, em janeiro de 1944, participou na VI Companhia do 2º Batalhão
do 11º Regimento de Infantaria e regressou ao Brasil 18 meses após passar por
19 cirurgias nos Estados Unidos.
Ao chegar à cidade de Maruim, com várias cicatrizes e
mutilações, foi aclamado como herói. Sergipe se fez presente na Itália, com 277
combatentes, lutando com as Forças Aliadas (França, Grã Bretanha e Estados
Unidos). Contra o eixo, formado pelo Nazi-Fascismos Adolf Hitler e Benito
Mussolini (Alemanha, Itália e Japão).
O primeiro escalão de brasileiros desembarcou no palco da
guerra em 15 de julho de 1944, em Nápolis na Itália. Os nossos pracinhas
participaram aos combates durante 7 meses e 15 dias, tendo como o palco os
vales dos rios: Serchio, Reno e Pó.
Zacarias tornou-se mundialmente conhecido por puxar a tropa
em campo minado para enfrentar e destruir o inimigo italiano, no caso os
fascistas no campo de guerra. Entre os colegas, era chamado de ‘O Louco de
Pisa’, por conta das missões de alta periculosidade que aceitava executar,
mesmo não sendo obrigado a fazê-las.
A bravura lhe rendeu homenagens nacionais e internacionais,
entre as quais a concessão das medalhas ‘Sangue do Brasil’ e ‘Silver Star’,
essa última uma condecoração da Organização das Nações Unidas (ONU) que teve
apenas quatro pessoas contempladas em todo o mundo. Como é comum entre os
guerreiros, Cardoso escapou diversas vezes da morte. Certa vez, só não teve o
coração perfurado por uma bala devido a uma medalha de Santa Terezinha que
carregava no peito – de onde os médicos tiveram que retirá-la.
Texto e imagens reproduzidos do site: agenciasergipe.net.br
Muito interessante suas observações, Prof Adailton, e uma homenagem bem merecida ao Sargento Zacarias. A memória dos nossos heróis somente poderá ficar registrada se houver homens e mulheres sensíveis e corajosos que façam conhecer a nossa história, às futuras gerações. Abraço, Jane Alves Nascimento, ocupante da Cadeira N. 11 da Academia Sergipana de Letras.
ResponderExcluirTive o prazer de conhecer esse pracinha.
ResponderExcluirExcelente pessoa
Ouvir muito falar desse herói sergipano pelo meu pai
ResponderExcluirEu tive a honra de conhecer o sargento sacarias lá no 28° BC em 1989 quando tava servindo o exercito
ResponderExcluirÉ uma pena hoje esse heroi está enterrado como indigente em maruim devido terem roubado o túmulo dele
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