A histórica povoação de São Cristóvão e o Rio Sirigipe
(atual Sergipe) identificados no Atlas do Brasil de 1640, de Albernaz.
*A Fundação da Cidade de São Cristovão/SE.
São Cristóvão foi a quarta cidade fundada no Brasil, depois
de Salvador, Rio de Janeiro e João Pessoa.
Jaboatão, em seu Novo Orbe Seráfico Brasilico, indica, com
base em cartas de sesmarias, petições e um manuscrito, que São Cristóvão teria
sido fundada já como cidade, por Cristóvão de Barros, que a batizou com o santo
de seu nome. Esses documentos atestam que a Cidade foi inicialmente erguida em
um local chamado de Aracaju, na margem do Rio Sergipe, transferida, poucos anos
depois, para um outeiro, na Barra do Poxim, e transferida mais uma vez para
outro local.
Na época, vilas podiam ser fundadas por donatários, mas a
fundação de cidades requeria a aprovação do rei. Antes de Jaboatão, Rocha
Pitta, em sua História da América Portuguesa, relata que a Capitania de Sergipe
foi fundada por ordem real. Pitta também se refere à tomada da Cidade de S.
Christovam de Sergipe, em seus relatos da invasão holandesa, deixando claro a
condição de cidade para São Cristóvão.
Note, entretanto, no mapa acima, de Albernaz, um cartógrafo
oficial de Portugal, que São Cristóvão é designada como povoação. Albernaz era
criterioso e designou Salvador, Rio de Janeiro e João Pessoa (com a
nomenclatura da época) devidamente como cidades. A designação de Albernaz pode
ter sido influenciada pelo fato de que São Cristóvão foi incendiada, em 1638, e
reconstruída sob domínio holandês. Com a expulsão dos holandeses, em 1645, São
Cristóvão foi deixada em ruínas.
Vários documentos existentes no Arquivo Histórico
Ultramarino de Lisboa, entre 1656 e 1822, indicam a condição de cidade para São
Cristóvão.
Cristóvão de Barros.
Cristóvão de Barros nasceu em Portugal. Era filho de Antônio
Cardoso de Barros, provedor mor da Fazenda no governo de Thomé de Sousa.
Foi enviado ao Brasil, em 1566. Em 1567, participou, sob
comando de Mem de Sá, da defesa do Rio de Janeiro contra os franceses. No ano
seguinte, participou da guerra contra os tamoios.
Foi o 3º capitão mor do Rio de Janeiro, de 1572 a 1575. Foi
provedor mor da Fazenda, em 1587 e, também, provedor da Santa Casa da
Misericórdia da Bahia.
Em 1590, ele fundou São Cristovão, a primeira cidade de
Sergipe. Retornou à Bahia, em 1591, deixando a região aos cuidados de Tomé da
Rocha.
Texto e imagem reproduzidos do site: brasil-turismo.com
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