O nome de Abelardo Romero Dantas, segundo Assis Brasil, ao
lado de José Maria Fontes (1908-1994), figura como o precursor das mudanças
estéticas do Modernismo, chegadas ao Estado de Sergipe por volta das primeiras
décadas do século XX. Consciente, Abelardo Romero já começava a brincar com os
versos, sem respeito à métrica ou a qualquer padrão poético. Por natureza, o
poeta se apresentava livre em sua fonte de inspiração e em sua criação
lírico-literária. Os historiadores da literatura sergipana o classificam como
um promissor pré-modernista e um modernista lírico. Nascido a 13 de junho de
1907 às 5 horas da manhã de um dia de Domingo, filho de Etelvino Dantas e Maria
Romero Dantas, Abelardo Romero era de família tradicional que já dera vultos
importantes, a exemplo de seu tio-avô, o folclorista Sílvio Romero, também
nascido em Lagarto.
Atividade predileta (RJ, 1951). Acervo familiar. Foi
jornalista, poeta e escritor, com poemas publicados na África e na Europa,
tendo sido citado e reconhecido por todos os cantos do Brasil e do mundo, onde
percorrera; recebeu na Itália, num postal futurista, os aplausos de Felipe
Marinetti. Na França foi elogiado por Georges Lê Gentil, que ressaltou a
originalidade de sua mensagem lírica. A critica Argentina o colocou entre os conceituados
poetas do Brasil, tendo sido também elogiado por reconhecidos homens de letras,
europeus e norte-americanos, bastando citar entre eles: Antonio Rosado, em
Portugal; Geraldo Diego, na Espanha, Émile Dantinne, na Bélgica, Heinz Piontek,
na Alemanha e Philip Booth nos Estados Unidos. Estreou como poeta graças ao
incentivo de Murilo Araújo.
Membro da Academia Sergipana de Letras ocupou a cadeira de
nº 16, mais tarde da professora Ofenísia Freire. Faleceu em Lagarto, aos 72
anos, no dia 17 de março de 1979, no antigo povoado Cidade Nova.
De sua seara literária, é autor dos seguintes livros de
poesia: Trem noturno (1931), Vozes da América (1941), As Rosas e o Relógio
(1949); A Musa Armada (1954); Exílio em Casa (1955); O alegre Cativo (1959); O
Passado Adiante (1970) e Visita ao Rio (1978). Na prosa, destacou-se com:
Sílvio Romero em família (1960); Origem da Imoralidade no Brasil (1967); Chatô,
a verdade como anedota (1969), Heróis de batina (1973) e Limites Democráticos
do Brasil (1975), este último sem publicação ainda. Em 1940, pôs seu dom
poliglota a serviço traduzindo dois romances: A Rainha Elizabeth – de Lytton
Strachey; e Falso Testemunho – de Irving Stone.
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldepoesia.jor.br
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