Fotos: Divulgação/Fundat.
Infonet > Cultura > Noticias > 14/04/2016.
Usuários de Caps fazem artesanato através de reciclagem.
Aulas foram finalizadas na tarde desta quarta-feira, 13.
Uma chance para recomeçar. Esse é o principal desejo
revelado no rosto de cada um dos participantes da Oficina de Reciclagem em
Jornal (30h), ministrada pela Fundação Municipal de Formação para o Trabalho
(Fundat) - órgão vinculado à Secretaria Municipal da Família e da Assistência
Social (Semfas) - aos usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps)
Primavera, situado na Avenida Beira Mar. A unidade é responsável por atender
indivíduos em situação de dependência química.
As aulas, que tiveram início no final do mês de março, foram
finalizadas na tarde desta quarta-feira, 13. O encerramento contou com a
presença da equipe da Fundat, oferecendo serviços e orientações a respeito de
como eles podem alcançar um maior desenvolvimento a partir da nova habilidade
adquirida.
Para o instrutor Luciano de Melo, a oficina possibilitou a
descoberta da potencialidade e do valor que eles carregam dentro de si.
"Foi uma experiência muito boa, eles são muito atenciosos, têm ciência do
problema e um interesse muito grande em se restabelecer, através dos trabalhos
manuais", afirmou Luciano, salientando a intenção dos alunos em dar
continuidade à produção artesanal, almejando também, a lucratividade
financeira.
Natural de Fortaleza, Marcelo de Souza tem 29 anos e, desde
criança, está envolvido com o trabalho artesanal. Aos nove anos, ele aprendeu
com o padrasto a confeccionar redes de descanso. Com a técnica aprendida,
passou a produzir e vender as peças na cidade natal, garantindo uma renda extra
à atividade que desenvolvia com carteira assinada. Por causa da experiência
como artesão, ele conta que não encontrou dificuldades durante a execução da
oficina. "Na hora que a gente está fazendo o artesanato, a gente esquece
as coisas", disse Marcelo.
Há mais de cinco meses, Liliane Melo, de 21 anos, frequenta
o Caps Primavera. Com um olhar de gratidão, ela revela sentir-se acolhida pelo
local. "Para mim é uma casa, um lugar de mãe", desabafou a
participante, confiante de que este é o primeiro passo em direção aos planos
que anseia construir para a sua vida. "Gostei muito porque desenvolveu e
ocupou mais a minha mente", contou Liliane, ciente da possibilidade de
alcançar uma renda através do artesanato.
Cleverton Barbosa, de 20 anos, nunca havia mexido com
artesanato, mas, assim que aprendeu, encontrou na prática, uma maneira de
elevar a mente e a alma. "É ótimo, dá uma vontade a mais de seguir em
frente com a vida e dá uma disposição a mais para o trabalho", expôs o participante,
ressaltando o interesse dos usuários pela busca da recuperação e do retorno ao
convívio social.
Habilidoso com as mãos, Anderson Martins, de 22 anos, já
transformava objetos simples em peças artesanais, mas foi a primeira vez que
utilizou o jornal como matéria prima. "Achei legal, foi mais um artesanato
que aprendi, as aulas foram boas, o professor nota 10", comentou Anderson,
enfatizando a atenção depositada pelo instrutor e a vontade de prosseguir com
as produções, a fim de vendê-las no futuro.
Fonte: Fundat.
Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura
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