Fotos: Ana Lícia Menezes e Sílvio Rocha
Publicado originalmente no site da PMA, em 22/06/18
Comidas típicas dão sabor especial do mês de junho
Todo mês de junho é assim. A cidade se enfeita com
bandeirolas, vestidos de chita e camisas xadrez ganham destaque nas vitrines de
lojas, o forró dá o tom nas festas, mas quem faz sucesso mesmo são as comidas
típicas. Quem resiste a uma pamonha, uma canjica quentinha ou a um milho assado
na fogueira?
Quem mora em Aracaju tem o privilégio de ter as comidas
típicas do período junino disponíveis o ano inteiro. No mercado Thales Ferraz,
localizado no centro da cidade, eles têm um espaço dedicado a eles: Cantinho do
Beiju. Por lá, tem beiju molhado, pamonha e pé de moleque o ano todo. "A
gente está aqui de domingo e domingo. No meu caso, eu mesma faço minhas coisas
e trago todos os dias. Os nossos clientes são pessoas daqui, que gostam,
compram toda semana", contou a vendedora Ivaneide Santos.
E a procura por produtos juninos não se restringe só aos
mercados centrais. Nas fábricas de bolo localizadas em diversos pontos da
capital, o movimento é grande o ano inteiro, mas no mês de junho a procura é
ampliada. Isso ocorre porque, com a proximidade das festas em comemoração aos
santos, todo mundo quer garantir essas delícias na mesa.
De acordo com a empresária Maria Irene Menezes Teles,
proprietária de quatro fábricas de bolo em Aracaju, a procura pelos produtos
juninos movimenta toda a economia da cidade. "Na medida em que eu vendo
mais, eu compro mais matéria prima, aumento a demanda com meus fornecedores,
contrato mais pessoas para atender melhor os clientes, e assim vai. A economia
gira", disse.
A empresária conta que só em uma loja são produzidos
normalmente cerca de 900 bolos, distribuídos em 11 tipos. Em junho, a produção
se transforma. Considerando o mês inteiro, a média de crescimento é de 30%.
"De 1° a 10 de junho, basicamente tem um aumento pequeno, na faixa de 5%.
Já começa a aumentar a procura de bolos típicos, como milho, macaxeira e puba.
Quando vai de 10 de junho até o dia 17, já aumenta bem mais. Chega a uns 30% de
aumento na venda de bolos típicos. Depois disso, até o dia 23, tem um aumento
muito grande. Chega a aumentar quatro, cinco vezes a produção", disse.
A procura pelos produtos juninos é tão grande que diversas
padarias montam as tradicionais barracas de comidas típicas. Em uma delas,
localizada no bairro Luzia, a barraquinha está na entrada do estabelecimento
desde o início de junho. Para atender a demanda, quatro funcionários foram
contratados. Por lá, a partir das 17h, é possível encontrar uma diversidade de
produtos juninos, como arroz doce, mungunzá, canjica, pé de moleque, beiju
molhado. Difícil é resistir a experimentar essas delícias.
Para a dona de casa Valmira Barbosa, a parada na barraquinha
de comida típica é obrigatória.
"Toda vez que passo por aqui faço questão de parar. É de fácil de
acesso, a gente passa e compra rapidinho. Eu acho maravilhoso", opinou.
Amiga da dona Valmira, a também dona de casa Maria de Fátima
dos Anjos contou que consome produtos juninos o ano inteiro. Natural do
interior do Estado, ela disse que faz questão de manter a tradição viva.
"Eu cresci com fogueira na porta de casa, milho sendo assado na brasa. Eu
gosto muito. Sempre que passo por aqui tenho que levar alguma coisa pra casa.
As comidas típicas fazem parte da minha vida e eu adoro", declarou.
Origem
O costume de festas no mês de junho começou na Europa. Os
portugueses tinham a mania de fazer festas em comemoração à colheita do trigo,
que acontecia por lá uma vez ao ano, durante o verão, que na Europa é em junho,
julho e agosto, exatamente na época do inverno brasileiro.
Como junho é o período da safra do milho, ele se tornou o
queridinho. A base da maior parte da culinária do período. São doces, bolos,
salgados, com inúmeras receitas feitas de milho, como pamonha, canjica, pipoca,
bolos, toda as delícias que conhecemos e deliciamos o inteiro.
Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br
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