Publicado originalmente no site da SECULT, em 5 de junho de 2018
Corredor Cultural realizará mostra alusiva ao ciclo junino
Em sua quarta edição, neste ano de 2018, o Corredor Cultural
Wellington dos Santos, ‘Irmão’, vai expor a tradição das bodegas conciliada com
os festejos nordestinos
Culminando com o período dos festejos juninos, seguramente
uma das maiores manifestações do povo nordestino, o “Corredor Cultural
Wellington dos Santos”, ‘Irmão’, espaço que há três anos ilustra a sede da
Secretaria de Estado da Cultura (Secult), prossegue valorizando a arte e a
cultura sergipana, e nesta quarta edição do corrente ano vai exaltar o tema:
“Bodegas: Memórias de Aracaju e o Ciclo Junino”.
A exposição que será festivamente inaugurada nesta
quinta-feira, 7 de junho, às 10h30, pelo secretário João Augusto Gama, vai
fazer um resgate no modus vivendi da população, em tempos remotos, relembrando
a importância que as quase extintas bodegas exerciam na vida dos aracajuanos,
sem deixar de lado o ciclo junino, ressaltando que esses tradicionais estabelecimentos
comerciais eram na sua maioria responsáveis pela venda de produtos inerentes
aos festejos, o que certamente, colaboravam efetivamente na firmeza e
manutenção das tradições.
Apesar de estarem quase em extinção e de algumas ainda se
manterem intactas resistindo ao tempo e às modernidades inerentes aos novos
tempos, as bodegas sempre fizeram parte da vida dos aracajuanos e muitas delas
se transformaram em mercearias, barzinhos ou botequins.
Nas bodegas se vendia de tudo, desde mantimentos pesados na
hora, a exemplo de açúcar, café, jabá, bacalhau, manteiga; ou medidos a granel,
como óleo de cozinha, querosene, entre outros, além de sabão, sabonete, doces,
vinagre, ovos, fubá de milho… entre muitos outros itens do consumo diário de
uma casa.
Além dos cantinhos reservados nesses estabelecimentos para
se beber uma cachacinha pura jogando conversa fora e muita prosa, outra
indispensável referência que marcou o tempo e identifica perfeitamente a
existência das bodegas, eram os indispensáveis caderninhos que serviam para a
anotação das compras feitas pelos fregueses através do famoso fiado, onde tudo
era anotado tanto no que ficava com o bodegueiro, como no outro que ficava para
o controle do cliente. No fim de cada mês, somava-se tudo e era pago na sua totalidade
ou em pequenas parcelas, ficando o restante para o mês seguinte, sem que fosse
cobrado nenhuma espécie de juro.
Bodegas de Aracaju, cada um sabe das que habitaram o seu
cotidiano, com os seus donos que podem ter sido muitos Josés, Manoéis, Joãos e
Marias, entre tantos outros nomes.
Mantendo firme o trabalho e o objetivo de sempre divulgar a
arte e os artistas sergipanos em três modalidades: pintura, escultura e
fotografia, podendo também fazer incursão da xilogravura, a cada edição o
“Corredor Cultural Wellington dos Santos, ‘Irmão’, aproveita o teor
multicultural e festivo do evento para também prestar homenagens.
Desta vez as homenagens vão girar em torno de empresários e
comerciantes que ao longo do tempo vêm prestando relevantes serviços para o
desenvolvimento das atividades comerciais em nosso estado, assim como as
quadrilhas juninas ‘Século XX’, ‘Unidos de Asa Branca’ e ‘Pioneiros da Roça’,
ambas detentoras de inúmeras vitórias nos concursos realizados dentro e fora de
Sergipe, oportunidade em que tanto as personalidades como também os líderes das
agremiações, serão agraciados com um certificado de menção honrosa diante dos
serviços prestados em prol da arte.
Texto e imagem reproduzidos do site: cultura.se.gov.br
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