Publicado originalmente no site Fan F1, em 09/10/2018
Unit recebe doação de acervo de Joel Silveira que seria
doado ao Museu Nacional
Por Célia Silva
O jornalista e escritor natural de Lagarto (SE), Joel
Silveira, completaria 100 anos em 28 de setembro. Com mais de 60 anos de
jornalismo, atuou nos principais veículos de Comunicação do Brasil e vivenciou
momentos históricos durante a censura, à época da ditadura militar. Assim,
escreveu livros que são considerados raros, produziu obras especiais em
parceria com grandes nomes da literatura brasileira, a exemplo de Carlos
Drummond de Andrade.
Com mais de 6 mil itens, todo acervo estará acessível a
partir do dia 15, na Biblioteca Jacinto Uchôa de Mendonça, da Universidade
Tiradentes, situada no campus Farolândia, em Aracaju. A coleção seria doada
pela família ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, que pegou fogo no último dia
2 de setembro e teve todo acervo e estrutura comprometidos.
A solenidade de inauguração do espaço começará às 17h, com
missa em ação de graças no terraço da biblioteca da Unit. A partir das 18h,
acontecerá solenidade em homenagem aos 100 anos do nascimento de Joel Silveira
com a presença da filha, Elisabeth Silveira; do neto Rodrigo Silveira Monte; e
do jornalista, amigo e contemporâneo de Joel, Zevi Ghivelder.
O acervo – Toda sua história está organizada em um acervo
com cerca de 6 mil exemplares, dentre eles, suas publicações de autoria
consideradas raras, obras especiais em parceria com grandes nomes da literatura
brasileira, como Manoel Bandeira e Rubem Braga; e uma coleção preciosa em
parceria com Carlos Drummond de Andrade que até então só tinha na Biblioteca
Nacional.
Joel Silveira – Sergipano de Aracaju, onde nasceu em 1918.
Foi para o Rio de Janeiro em 1937, onde se destacou como jornalista e escritor.
Tem hoje cerca de 40 livros publicados. Foi agraciado com o Prêmio Machado de
Assis, o mais importante da Academia Brasileira de Letras, em 1998, pelo
conjunto de sua obra. Foi Também ganhador dos prêmios Líbero Badarô, Esso
Especial, Jabuti e Golfinho de Ouro.
Seus mais de 60 anos de carreira contabilizaram passagens
por diversas redações do país e ocupou inúmeros cargos. Seu primeiro emprego
foi no semanário Dom Casmurro, depois foi repórter e secretário da revista
Diretrizes, escreveu também para os Diários Associados, Última Hora, O Estado
de S. Paulo, Diário de Notícias, Correio da Manhã e Manchete. À época, foi
escolhido por Assis Chateaubriand, dos Diários Associados, para ser
correspondente de guerra junto à Força Expedicionária Brasileira.
Raquel Passos/Ascom Unit
Texto e imagem reproduzidos do site: fanf1.com.br
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