Antônio Cruz
Por Mário Britto
Nasceu no dia 8 de outubro de 1956, na cidade de Maruim/SE.
Autodidata, Antônio da Cruz sempre contou com o apoio e o incentivo da sua
genitora para desenvolver a sua vocação artística. Aos 10 anos de idade já
demonstrava aptidão para o desenho, interesse pelas artes e curiosidade pelas
biografias dos grandes mestres da pintura. Inspirado nos muitos gibis que lia,
aos 12, fazia retratos de parentes e reproduzia retratos de personalidades
históricas.
Artista contemporâneo, não segue escola ou regras, firma a
sua arte alicerçado no talento e no trabalho. O domínio de técnica no manejo do
alumínio, do cobre e, sobretudo, do aço, outorgou-lhe reconhecimento e
prestígio no universo artístico como escultor. Destaca, entre outros, Van Gogh,
Picasso, Michelângelo, Portinari, Carlos Scliar e Lígia Clark como referências
de inspiração e Willy Valenzuela, Fábio Sampaio, João Valdenio e Zeus como
artistas de sua admiração.
O desenho é a base de seu trabalho e também o recurso
técnico utilizado para detalhar a montagem de esculturas tridimensionais de
grandes proporções como, por exemplo, o monumento aos “Garis e às Margaridas” e
o esculto/painel “Contra todas as forças que nos oprimem”, de 5 metros por 2,
onde se destaca, em suspensão, uma imponente figura humana masculina com
aproximadamente 2,3 m de altura.
Em 1974, participou da sua primeira exposição coletiva, na
Galeria de Arte Álvaro Santos, vindo a ser, posteriormente, entre maio de 2001
a fevereiro de 2005, o seu Diretor; nesse mesmo período foi, também, coordenador
de difusão e intercâmbio cultural da Funcaju - Fundação Municipal de Cultura,
Turismo e Esportes. Como importante protagonista do movimento cultural, entre
1996 e 2001, atuou como presidente e diretor da ASAP - Associação Sergipana dos
Artistas Plásticos e de Artes Visuais. Produtor e cenógrafo premiado, é filiado
ao SATED. Atualmente, escreve textos sobre artes plásticas, teatro e
audiovisual para jornais e revistas e, ainda, é um ativos colaboradores do
Fórum Permanente de Artes Visuais de Sergipe, do qual foi um dos criadores e
coordenador. Colabora, também, com o Fórum de Audiovisual.
Ao longo de sua trajetória profissional, tem participado de
várias exposições coletivas e importantes festivais de arte, como os de São
Cristóvão, Laranjeiras e Propriá, em Sergipe, e da segunda edição do
Afro-Americano de Salvador. Em Vitória da Conquista, na Bahia, participou de
uma coletiva de intercâmbio. Em Brasília, na Câmara dos Deputados, realizou
exposição em parceira com Hortência Barreto.
Artista inovador, pesquisador e estudioso da arte, Antônio
da Cruz preza pela liberdade de expressão, realiza exposições focado mais nos
aspectos didáticos do que nos mercadológicos, pois, para ele, a expressividade
e o simbolismo de suas esculturas sempre prevalecem sobre pretensões de rigor
estilístico.
Suas esculturas lúdicas e tridimensionais possuem beleza
inquietante por suscitar transitoriedade entre o surpreendente admirável e o
esteticamente inusitado, geralmente são suspensas, sugerindo flutuar. Cabos,
barras curvas ou fios de aço elevam as obras desafiando a lei da gravidade e
convidam o observador para interagir com elas. Muitas dessas esculturas
constituem séries. A partir de 1989, como múltiplos, muitas têm sido
eternizadas em troféus para homenagear personalidades nas cenas desportista,
cultural e empresarial.
Sua prestigiada obra encontra-se em importantes endereços
como no Museu da Gente Sergipana, no Museu-Palácio Olímpio Campos, na Sociedade
Semear, no Hospital Nestor Piva, no Sindicato dos Petroleiros, na UNIT, na
Galeria de Arte Álvaro Santos, na Pinacoteca da UFS, no SESC, na Procuradoria
Geral do Estado, no Yázigi, no Museu da Câmera Federal, no Museu de Vitória da
Conquista e em várias coleções particulares de obras de arte por todo o Brasil.
Fotos e texto reproduzidos do site:
pge.se.gov.br/index.php/cultural
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