Publicado em 25 de agosto de 2012.
Quando da Comemoração dos 59 anos do Iate Clube de Aracaju.
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Iate Clube de Aracaju comemora 59 anos
Festa hoje promete resgatar passado de glória do espaço
Por Sílvio Oliveira
Cinquenta e nove anos de história e muito que lembrar e
celebrar. Em 25 de agosto de 1953 nascia o Iate Clube de Aracaju (Icaju), cujo
espaço foi construído para incrementar o esporte náutico em Sergipe, mas que
por muito tempo proporcionou e proporciona o melhor do lazer e do encontro da
sociedade sergipana.
As primeiras projeções aconteceram ainda na mente de 11
sergipanos, que juntos pensavam em construir um clube para fomentar os esportes
náuticos à vela em Aracaju. Não demorou muito e o pensamento foi colocado em
prática na assinatura da ata de fundação do Iate Clube de Aracaju (Icaju),
ocorrida na sede do Clube Desportivo Sergipe e que teve como primeiro comodoro
Alcebíades Vilas Boas.
“Foi escolhido o vermelho do Sergipe, o azul do Cotinguiba e
o branco do Aracaju Clube do Remo, um clube do bairro Industrial”, lembra o
atual comodoro, Fernando Sobral, ao lembrar das cores do Icaju (última foto à
direita).
Para a construção da sede social, os 500 primeiros
sócio-proprietários pagavam todos os meses uma quantia, e dessa arrecadação, em
1958, foi inaugurada a primeira sede social da Praia 13 de Julho.
Com cinco anos de criado, o Iate Clube de Aracaju reunia a
nata da sociedade sergipana que comprava títulos de sócios. Os velejadores
recebiam incentivos do próprio Iate, para participarem de competições. Com o
incremento e compra de barcos, em poucos anos de fundado, o Icaju virou
referência na prática dos esportes náuticos em competições nacionais e
internacionais.
Em 1971, o então comodoro Murilo Dantas inaugurou o salão
Tennyson Freire com o objetivo de realizar eventos para os sócios. O salão foi
inaugurado com a participação de autoridades, políticos, empresários e muita
pompa, no clima de reveillon desse mesmo ano.
Dois anos depois, inauguram-se as piscinas. O comodoro
Ronaldo Calumby Barreto teve o privilégio de inaugurá-las e com isso, duplicar
a quantidade de sócios, transformando o espaço na principal área de lazer das
famílias aracajuanas mais abonadas financeiramente.
O comodoro Laonte da Silva Gama inaugurou, em 26 de abril de
1987, a sede náutica do Mosqueiro, uma iniciativa que veio beneficiar ainda
mais o esporte à vela e os sócios proprietários de barcos.
Complementando as benfeitorias realizadas no Iate Clube, a
administração Tarcísio José Carneiro Leão, assessorado pela diretoria de
manutenção, fez funcionar novos espaços, a exemplo do restaurante Pier - com
coordenação de João do Alho -, hoje funcionando o Bar do Bel.
Bailes, Havaí, forrós dos Namorados
Os bailes de carnaval no salão Thennyson Freire eram
tradicionais e o forró dos namorados, à beira-rio, levavam para o clube até
sergipanos que não tinham tradição de ir a festas, ou seja, era no Iate onde
todo mundo se encontrava. No Baile do Havaí os “brotinhos” procuravam seus pares
em paqueras no entorno da piscina e os bailes de reveillon eram disputados,
tamanha a pompa do evento, que atraia os holofotes dos meios de comunicação.
Na boate Saveiros, os aracajuanos conheceram os ritmos
alucinantes das pistas de dança. O novo espaço acompanhava o crescimento dos
filhos dos sócios, mas não teve como competir com os novos espaços que eclodiam
na noite aracajuana, a exemplo do Augustu’s.
Mudanças culturais e resgate
Com o advento dos novos espaços de lazer, da mudança
urbanística, projetando a noite de Aracaju para a Zona Sul, com a retirado do
status de ponto de encontro dos clubes para outros espaços, como os shoppings,
e com a garotada passando de “broto” para “tiozão”, a mudança cultural foi
sentida na quantidade e presença de sócios. A decadência dos Iates Clubes em
todo o país também se espelhou em Sergipe.
“Aqui esteve em situação difícil, como hoje estão o Iate de
Maceió. O de João pessoa, a Prefeitura tomou por falta de pagamento do IPTU.
Aqui já esteve prestes a fechar suas portas”, lembra o comodoro Sobral.
As coisas foram mudando, a sociedade foi crescendo, os
velhos carnavais do Iate Clube deram espaço aos carnavais das praias do Saco,
do Abais, Pirambu e das grandes multidões em praça pública. Os prédios e
condomínios fechados viraram verdadeiros clubes privados.
À luz dos olhos dos sócios, o Iate definhava e quase fecha
suas portas, mas não aconteceu. Nas gestões atuais, o clube está sendo
administrado como uma empresa e a saúde do Icaju começa a melhorar. E é nesse
clima de resgate que a diretoria iateana deixou de pensar em somente ser em ser
clube e colocar em prática a tese de clube-empresa, resgatando os velhos
sócios, locando espaços disponíveis e melhorando as instalações físicas.
“O baile do Havaí parou em 1993 e retornou assim que assumi
. Vem crescendo cada vez mais com fantasias, marchas, frevos, agradando muito
os antigos sócios do clube. Estamos fazendo o aniversário do clube e o Forró
dos Namorados. Vamos trabalhar para trazer o reveillon à beira-rio”, revelou
Fernando Sobral .
Muita saúde para mais 59 anos
Atualmente são mais de 3 mil sócios, desses 1.117 pagando
uma taxa de R$ 90 mensais. “Tem que ser trabalhado como clube-empresa. Se tem
um espaço onde pode fazer locação, que faça. Nosso salão é o que dá mais
receita. Alugamos para qualquer tipo de evento. O Iate Clube de Aracaju vai bem
e não deve a ninguém. Temos condições de oferecer aos associados um clube com
bastante saúde”, comemora Sobral.
O glamour tomará conta novamente do Icaju na noite deste
sábado (25), quando completa 59 anos. Desta vez, com uma novidade: a
inauguração do ar-condicionado central do salão nobre. Com um pensamento de um
jovem de meia-idade, o Icaju está com saúde e vai bem. Com direito a usufruir
das lembranças do passado, e com a experiência, respaldar um futuro baseado nas
mudanças culturais e sociais do presente. Só assim terá bem mais caminho pela
frente.
Fotos: Arquivo do clube.
Texto e imagens reproduzidos do site: f5news.com.br
O Iate Clube de Aracaju, infelizmente, ñ é mais aquele. Mudou. Eu vi danças de salão, festivais, jogos na pequena área e q assim mesmo praticava o futebol, e outros mais. Era pessoas de paletó e gravata. Foi uns tempos dourados. Eu ñ sei hj, mas, eu acho q gatos e cachorro de 2 patas cheio de sarna está tendo acesso se comparar pessoas de elite naquelas épocas q a cada dia vai se distanciando
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