Segundo os participantes do evento, o desejo é mostrar
que
as religiões de matrizes africanas estão sempre
abertas ao diálogo
inter-religioso
Foto: Portal Infonet
Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 24 de
janeiro de 2020
Caminhada para Oxalá reforça o desejo pelo diálogo entre religiões
Em sua 5ª edição, a Caminhada para Oxalá reuniu dezenas de
pessoas na tarde desta sexta-feira, 24, na praça Mini-Golf, localizada ao lado
da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Sergipe (OAB/SE), centro da
capital. Segundo os participantes do evento, o desejo é mostrar que as religiões
de matrizes africanas estão sempre abertas ao diálogo inter-religioso.
Segundo Pablo Faria, que participa da caminha desde a
segunda edição, é preciso ir às ruas para se fazer ver e ouvir. Ela acredita
que a proximidade de eventos como este pode ajudar a eliminar preconceitos,
contribuindo, assim, para o fim da intolerância religiosa. “Eu acho que a
Caminhada para Oxalá é de suma importância enquanto um ato político em busca da
liberdade religiosa. Hoje, especialmente, há a participação de lideranças de
outras religiões, o que contribui fundamentalmente para o diálogo
inter-religioso”, resume.
desde a
segunda edição, é preciso
ir às ruas para se fazer ver e ouvir
Foto: Portal
Infonet
Ainda segundo ele, é importante ofertar à sociedade
estímulos que possam contribuir para mudanças de paradigmas no tocante ao
preconceito que, infelizmente, as religiões de matrizes africanas ainda sofrem.
“Quando a gente sai às ruas demonstramos com maior visibilidade quem realmente
somos. E isso nos ajuda a estimular as pessoas a parar de nos enxergar como
preconceito, querendo muitas vezes atribuir, erradamente, que nós representamos
algo ruim”, explica. “O diálogo religioso é fundamental não só para as religiões
de matrizes africanas, mas para todos os cidadãos e cidadãs que fazem parte da
sociedade brasileira”, completa.
A Caminhada para Oxalá entrou para o calendário religioso e
cultural de Sergipe em julho de 2018, após aprovação de um projeto de lei na
Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). O evento é uma realização do Fórum
Sergipano das Religiões de Matrizes Africanas, cujo objetivo é promover uma
cultura de paz e combater a intolerância religiosa.
Por João Paulo Schneider e Aisla Vasconcelos
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