Foto: Saullo Hipolito/F5 News
Publicado originalmente no site F5 NEWS, em 10 de janeiro de 2020
Laranjeiras: como a cidade contribui para a evolução
sociocultural de SE
O município é um dos berços da cultura e educação mais
importantes do
Por Letícia Mendonça e Saullo Hipólito
O município de Laranjeiras tem 171 anos de história, mas
suas memórias culturais vão muito além. De acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), faltou pouco para a cidade se tornar a capital
sergipana, porém devido aos trâmites políticos, a capital foi transferida de
São Cristóvão para Aracaju. Mas o rio Cotinguiba, que corta o município, deu
oportunidade de existência de um porto, que gerou uma movimentação grande de comércio.
Em 1637, Laranjeiras foi atacada e dominada pelos
Holandeses, deixando a cidade 14 anos depois com ruas e casas destruídas. A
sociedade se empenhou em se reerguer, com ajuda do porto. Em 1701, os Jesuítas
ordenaram a construção da primeira igreja do povoado com convento, por ser
afastada, foi denominada de ‘Retiro’. Em 1731, em cima de uma colina, os padres
mandaram construir a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Comandaroba,
considerada uma obra-prima da arquitetura colonial.
Universidade Federal de Sergipe, campus Laranjeiras.
Foto:
Saullo Hipólito/ F5 News
A arquitetura é um dos pontos fortes e marcantes do
município, inclusive, tanto que hoje abriga o curso da Universidade Federal de
Sergipe. Os primeiros cursos selecionados para serem instituídos no campus
(arqueologia, arquitetura e urbanismo, dança, museologia e teatro) têm
afinidade especial com as áreas artísticas, culturais e históricas do
município, o que ajuda a manter viva as tradições.
Com 28.826 habitantes, o município de Laranjeiras é
considerado um berço da cultura, educação, política e da economia fincada na
indústria açucareira. Todos os anos, desde 1975, é realizado o Simpósio do
Encontro Cultural de Laranjeiras, e já está acontecendo a 45ª edição, em 2020,
com o tema “Dois Séculos de Independência de Sergipe”. O objetivo do evento, é
manter viva sua cultura e história, mostrando ao público as manifestações
culturais em todos os cantos da cidade. Para isso, a programação inclui oficinas,
exposições, teatro, simpósio, cortejo folclórico, festival de música,
artesanato, culinária e shows.
“Nós sergipanos não somos muito preocupados com memórias, no
entanto, é o que diz que cara você tem, como é a vida do estado, da cidade.
[...] Eu acho que deve ter essa insistência, como não é uma coisa natural, tem
que haver um grupo que fique com essas ideias e atividades, para mostrar como a
gente tem coisas importantes, e só a gente não vê. Então tem que ter um trabalho
efetivo em escola e em instituições que defendam a perenidade desses estudos e
dessas apresentações”, aponta a professora Aglaé D’ávila Fontes, do Instituto
Histórico e Geográfico de Sergipe.
A professora Aglaé Fontes participou da mesa redonda sobre
Sílvio Romero, no primeiro dia do evento (9) e fez uma leitura dramática dos
textos de João Ribeiro, nesta sexta-feira (10)...
Texto e imagens reproduzidos do site: f5news.com.br
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