sábado, 11 de janeiro de 2020

Laranjeiras: como a cidade contribui para a evolução sociocultural de SE

Foto: Saullo Hipolito/F5 News

Publicado originalmente no site F5 NEWS, em 10 de janeiro de 2020 

Laranjeiras: como a cidade contribui para a evolução sociocultural de SE

O município é um dos berços da cultura e educação mais importantes do

Por Letícia Mendonça e Saullo Hipólito

O município de Laranjeiras tem 171 anos de história, mas suas memórias culturais vão muito além. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), faltou pouco para a cidade se tornar a capital sergipana, porém devido aos trâmites políticos, a capital foi transferida de São Cristóvão para Aracaju. Mas o rio Cotinguiba, que corta o município, deu oportunidade de existência de um porto, que gerou uma movimentação grande de comércio.

Em 1637, Laranjeiras foi atacada e dominada pelos Holandeses, deixando a cidade 14 anos depois com ruas e casas destruídas. A sociedade se empenhou em se reerguer, com ajuda do porto. Em 1701, os Jesuítas ordenaram a construção da primeira igreja do povoado com convento, por ser afastada, foi denominada de ‘Retiro’. Em 1731, em cima de uma colina, os padres mandaram construir a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Comandaroba, considerada uma obra-prima da arquitetura colonial.

Universidade Federal de Sergipe, campus Laranjeiras. 
Foto: Saullo Hipólito/ F5 News

A arquitetura é um dos pontos fortes e marcantes do município, inclusive, tanto que hoje abriga o curso da Universidade Federal de Sergipe. Os primeiros cursos selecionados para serem instituídos no campus (arqueologia, arquitetura e urbanismo, dança, museologia e teatro) têm afinidade especial com as áreas artísticas, culturais e históricas do município, o que ajuda a manter viva as tradições.

Com 28.826 habitantes, o município de Laranjeiras é considerado um berço da cultura, educação, política e da economia fincada na indústria açucareira. Todos os anos, desde 1975, é realizado o Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras, e já está acontecendo a 45ª edição, em 2020, com o tema “Dois Séculos de Independência de Sergipe”. O objetivo do evento, é manter viva sua cultura e história, mostrando ao público as manifestações culturais em todos os cantos da cidade. Para isso, a programação inclui oficinas, exposições, teatro, simpósio, cortejo folclórico, festival de música, artesanato, culinária e shows.

“Nós sergipanos não somos muito preocupados com memórias, no entanto, é o que diz que cara você tem, como é a vida do estado, da cidade. [...] Eu acho que deve ter essa insistência, como não é uma coisa natural, tem que haver um grupo que fique com essas ideias e atividades, para mostrar como a gente tem coisas importantes, e só a gente não vê. Então tem que ter um trabalho efetivo em escola e em instituições que defendam a perenidade desses estudos e dessas apresentações”, aponta a professora Aglaé D’ávila Fontes, do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.

A professora Aglaé Fontes participou da mesa redonda sobre Sílvio Romero, no primeiro dia do evento (9) e fez uma leitura dramática dos textos de João Ribeiro, nesta sexta-feira (10)...

Texto e imagens reproduzidos do site: f5news.com.br

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