A federação, que atende cerca 150 pessoas,
foi uma das 250
agraciadas com R$ 20 mil cada,
no Prêmio Culturas Populares 2019
Foto: Valter
Campanato/Agência Brasil
Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 30 de dezembro de 2019
Prêmio Culturas Populares estimula projeto de arte inclusiva
Há onze anos, a Federação Nacional de Arte Albertina Brasil,
localizada na capital sergipana, tem como bandeira a inserção das pessoas com
deficiência a equipamentos e eventos culturais, por meio de oficinas e
workshops gratuitos nas áreas de dança, teatro, música e audiovisual. A
federação, que atende cerca 150 pessoas, foi uma das 250 agraciadas com R$ 20
mil cada, no Prêmio Culturas Populares 2019.
Com as oficinas oferecidas, a instituição já ajudou a constituir
importantes grupos artísticos, como é o caso da Companhia de Dança Loucurarte –
um grupo de dança em cadeira de rodas integrado por oito cadeirantes e três
andantes. Além de Sergipe, a companhia já se apresentou em outros estados
brasileiros, além de participar de campeonatos.
Para o presidente da Federação Nacional de Arte Albertina
Brasil, o médico Manoel Carneiro, o Prêmio Culturas Populares vai ajudar a
qualificar as atividades da federação para que mais casos de sucesso, como o
Dança Loucurarte, tenham espaço na sociedade. “O Culturas Populares dá essa
abertura para que as pessoas conheçam quem faz trabalho com a cultura
inclusiva. E também incrementa as ações que estamos fazendo. O prêmio ajuda a
melhorar as oficinas, a ampliar, a melhorar a organização dos eventos que a
gente faz. Você compra material, você repõe material que às vezes você usa, mas
não é o ideal. Então, além do reconhecimento do trabalho que é feito, ainda
ajuda na sua manutenção e na sua melhoria”, afirma Carneiro.
O prêmio de R$ 20 mil já tem destino: a cada dois anos, a
federação realiza a Mostra Albertina Brasil de Artes sem Barreiras. Grupos de
dança de cadeira de rodas, artistas com deficiência visual, auditiva, ou
pessoas com transtornos mentais de todo o Brasil se reúnem na capital Aracaju e
nas cidades do entorno para celebrar a inclusão. Além de custear parte da
mostra, o prêmio também vai financiar a 1ª edição do Open Brasil de Dança em
Cadeira de Rodas. O evento vai reunir grupos de dança de Sergipe e, também, dos
estados de Minas Gerais, Pará, Paraíba e São Paulo.
Para a secretária da Diversidade Cultural da Secretaria
Especial da Cultura, Jane Silva, o desafio da pasta, nas próximas edições, é
tornar o Prêmio Culturas Populares ainda mais próximo dos pequenos municípios,
nas cinco regiões do País. “O segredo é abrir o leque, mesmo. E eu estou muito
empolgada com isso. O nosso desafio vai ser fazer uma edição que possa
contemplar de norte a sul, de leste a oeste, todos os municípios do Brasil”,
disse.
A 7ª edição do Prêmio Culturas Populares homenageou o
cantor, compositor e ator gaúcho Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha. Foram
premiados 150 mestres e 100 grupos, associações e pessoas jurídicas, com o
total R$ 5 milhões. A iniciativa contribui para fortalecer e dar visibilidade à
cultura popular brasileira.
Irmã Albertina Brasil
A Federação Nacional de Arte Albertina Brasil é uma
instituição criada em homenagem à irmã Albertina Brasil. Reconhecida pelo
trabalho de inclusão das pessoas com deficiência por meio da arte, a religiosa
foi uma das fundadoras do programa Arte Sem Barreiras, que valoriza o artista
com deficiência mostrando que, por meio da música, do teatro, das artes
plásticas, da literatura e da dança é possível resgatar o pleno potencial
humano e produzir meios de interação entre as pessoas com necessidades
especiais e a sociedade. Albertina é cidadã Honorária do Estado de Sergipe e da
Capital, Aracaju.
Com informações da Assessoria de Comunicação Secretaria
Especial da Cultura
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br
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