Encontro Cultural celebra bicentenário do Estado.
Foto: Saullo Hipolito/F5News
Publicado originalmente no site F1 NEWS, em 10/01/2020
Referência cultural, Laranjeiras abriga a memória da
sergipanidade
Encontro busca preservar tradições populares sergipanas há
45 anos
Por Emerson Esteves e Saullo Hipolito
Memória.De acordo com definição do dicionário memória significa:
1. faculdade de conservar e lembrar estados de consciência
passados e tudo quanto se ache associado aos mesmos.
2. nome, reputação.
3. aquilo que ocorre ao espírito como resultado de
experiências já vividas; lembrança, reminiscência.
O primeiro e o terceiro significado se relacionam diretamente
com um dos propósitos do 45º Encontro Cultural, que acontece em Laranjeiras
desde 1975: Conservar a memória das tradições populares sergipanas.
“É a memória que diz que cara você tem. Como é a vida do
estado, da cidade, quais são as características da nossa linguagem, das danças
e dos folguedos. E principalmente em Laranjeiras, que é um celeiro de tudo
isso”, define a professora Aglaé Fontes sobre de que forma a memória pode
representar uma identidade.
A professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Maria
Augusta, acentua que o tema da edição 2020, os “Duzentos anos de Emancipação de
Sergipe” e o fato de como essa identidade sergipana foi firmada e ainda é no
nosso dia-a-dia, estão relacionados.
“O tema do evento este ano é o bicentenário, duzentos anos
de emancipação de Sergipe. Então o que eu trago é como que as danças e os
folguedos são importantes nessa construção da sergipanidade, que é contínua no
dia-dia. Que vai mudando, mas também vai crescendo. Então, a importância desses
folguedos e dessas danças é também para a construção da sergipanidade”,
salienta a professora.
“O sergipano precisa saber que cara ele tem!”. Essa é uma
afirmação da professora Aglaé Fontes também presente no encontro. E a cara do
sergipano está expressa no Reisado, São Gonçalo, Samba de Pareia, Lambe Sujo X
Caboclinho, e nas demais manifestações culturais que podem ser visualizadas na
cidade histórica de Laranjeiras. Elas contêm e expressam a herança da povo
sergipano.
Foto: Saullo Hipolito/F5 News
A professora Maria Augusta, que esteve no evento para falar
sobre os folguedos, ressalta que essas festividades, que são evidenciadas no
Encontro Cultural de Laranjeiras, retratam uma identidade sergipana. “Eles se
constituem e são criados para festejar e esse festejar está na construção da
sergipanidade”, afirma.
A estudante do ensino médio, Valéria Nunes, avalia que
eventos como o Encontro de Laranjeiras, são importantes para preservação da
história. Segundo ela, a história faz com que a gente pense de onde viemos e
como nós somos.
“Sempre que a gente toca no assunto cultura, é preciso ver a
história que tem por trás de tudo disso. Vindo para uma cidade tão histórica,
tão rica de cultura, leva muito a pensar do que nós somos e como nós somos.
História é isso, conta nosso passado e como ele interfere em nosso presente e
futuro”, aponta.
O 45º Encontro Cultural de Laranjeiras vai até o próximo
(12), e promete continuar sendo um grande palco de memória e de manutenção, não
apenas da cultura laranjeirense, mas de todo Estado de Sergipe.
Edição de texto: Will Rodriguez
Texto e imagens reproduzidos do site: f5news.com.br
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