A vice-prefeita e secretária municipal
da Assistência Social, Elaine Aquino.
A diretora de Direitos Humanos da Secretaria
Municipal da Assistência Social, Lídia Anjos.
O presidente da Adhonis, Marcelo Lima.
Fotos: Danillo França.
Publicado originalmente no site da PMA, em 27/08/2017.
Eliane Aquino amadrinha 16ª Parada LGBT de Sergipe
Diversidade e respeito. Mas, acima de tudo, orgulho de ser e
existir. Sem invisibilidade e vestidos das mais diversas formas, cores e
amores, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, homens e mulheres trans foram às
ruas da Orla de Atalaia para participar na tarde deste domingo, 27, da Parada
LGBT de Sergipe. O evento, que já está em sua 16ª edição, contou com a
participação da vice-prefeita e secretária municipal da Assistência Social de
Aracaju, Eliane Aquino, como madrinha, e teve como tema deste ano “Mais amor e
nenhum direito a menos”.
Eliane Aquino acredita que a parceria entre a Prefeitura e
os diversos movimentos vem garantindo a realização de ações para a quebra das
barreiras do preconceito e como forma de garantir maior acesso aos espaços
públicos.
“É um desejo meu e do prefeito Edvaldo Nogueira que possamos
desenvolver ações de aproximação e escuta com os movimentos LGBTs. A criação da
Diretoria de Direitos Humanos é exemplo de que estamos dialogando com os
diversos setores da sociedade que antes tinham suas necessidades deixadas de
lado. É com essa soma de esforços e atividades integradas junto à comunidade
que poderemos desenvolver políticas que atendam às demandas. Os índices de
violência contra gays, lésbicas, bissexuais, trans e travestis são alarmantes e
não podemos aceitar esta condição em pleno ano de 2017”, ponderou Eliane.
“Nós temos feito constantes formações com os nossos
trabalhadores sobre a importância de respeitar a condição dessas pessoas,
desconstruindo o ódio social que está enraizado em nossa cultura contra o que é
diferente. Não devemos envolver nossos valores religiosos ou pessoais quando o
assunto é o todo. Isso também vem sendo feito em conjunto com outras
secretarias, onde estamos debatendo o assunto, informando e desmistificando o
preconceito por meio da informação, que é a nossa melhor arma. Para se ter uma
ideia, segundo o relatório do Grupo Gay da Bahia, a cada 25 horas um LBGT é
assassinado no Brasil. Daí a importância de fomentar o diálogo a favor dessa
minoria”, explicou a diretora de Direitos Humanos da Secretaria Municipal da
Assistência Social, Lídia Anjos.
Marcelo Lima, presidente da Associação de Defesa Homossexual
de Sergipe (Adhonis), destacou o apoio da Prefeitura para a realização da
Parada. “A Prefeitura de Aracaju tem se mostrado uma grande aliada da gente,
sempre nos recebendo de portas abertas. Articulados com a Assistência,
conseguimos o apoio para toda a logística da festa. Mas, para além disso aqui,
sabemos que hoje podemos contar com a sensibilidade de uma gestão que tem nos
dado um olhar diferenciado e mais próximo em nossa defesa.”
A 16ª Parada LGBT também contou com o suporte da
Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), Empresa Municipal
de Serviços Urbanos (Emsurb), Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Secretaria
de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seidh).
Destruindo o armário
Jade Soares tem 27 anos e é técnica em enfermagem. Mulher
trans, natural do interior de Alagoas, ela precisou "destruir o
armário" para conseguir assumir quem sempre foi. “Eu sofri muito com o
preconceito das pessoas da cidade onde eu nasci. Mas, para a tristeza de muitos
que acharam que eu ia desistir, eu sempre lutei pela minha própria aceitação e
hoje sei que existir é muito mais que simplesmente me aceitar como mulher. Eu
entendo que temos que enfrentar as adversidades para que sejamos livres em
nossas escolhas. É preciso destruir o armário porque ninguém merece ficar lá.”
Orgulho que também faz parte da vida do gerente de loja,
Wallisson Carvalho. “Ser LGBT é resistência. O amor não deveria ser punido,
apenas celebrado.”
Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br
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