terça-feira, 22 de agosto de 2017

Samba de Coco do Mosqueiro, integra programação do Festival Brincantes

 Dona Nazinha é uma das integrantes do grupo.

Seu Diô garante: samba é saúde e alegria.
Fotos: Silvio Rocha.

Publicado originalmente no site da PMA, em 21/08/2017.

Samba de Coco do Mosqueiro integra programação do Festival Brincantes

"Ai ai ai Indê, samba comigo que eu quero aprender. Ai ai ai Indê, brinca comigo que eu quero aprender".  As estrofes da cantiga ditam o ritmo do Samba de Coco do Mosqueiro, dança de origem africana com influências indígenas e que faz parte das raízes da cultura sergipana. À frente do grupo, um senhor de riso fácil, o mestre Rosualdo da Conceição, ou simplesmente seu Diô, como é popularmente conhecido.

O Samba de Coco do Mosqueiro é uma das atrações do ‘Festival Brincantes' organizado pela Prefeitura de Aracaju, através da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). O evento será realizado nos dias 22 e 23 deste mês. Uma forma de homenagem a quem mantém viva essa tradição. "No que depender do meu grupo, vai ser muito legal, porque a gente anima. Nossa apresentação envolve todo mundo. Quem quiser brincar, é só entrar na roda e sambar. Não precisa ter roupa específica", disse o mestre, empolgado, aos 68 anos de idade.

História

Seu Diô não se lembra quando surgiu o Samba de Coco no Mosqueiro.  A avó dele era quem cuidava das festas do bairro e do grupo muito antes de ele nascer. Logo depois, o pai assumiu e passou para ele a missão de manter a tradição. De lá para cá, são 48 anos. Atualmente, o grupo conta com 28 pessoas, com idade entre 10 e 78 anos. A maioria dos brincantes é da família dele e mora na região.

"A geração das crianças é importante para que o grupo nunca acabe. É o que a gente cultiva. O samba para mim é saúde, alegria e emoção. Eu me sinto muito feliz quando estou sambando. Aliás, eu e todos os componentes. Às vezes, a gente inventa uma apresentação aqui mesmo só para sambar. O grupo é unido e muito tranquilo", contou.

No Samba de Coco a marcação é bem firme, feita através de sapateados e das palmas. O ‘tirador de coco' puxa os versos, que são respondidos em coro pelos outros participantes. Os versos são caracterizados pela informalidade. "É muito bom. Quando escuto a pisada, já quero sambar. E olhe que eu não sabia sambar, aprendi com minha prima faz um ano. Aqui, é só coisa boa", disse a esposa de seu Diô, Niralda Maria, conhecida como dona Nazinha.

Programação

O Festival ocorrerá nos dias 22 e 23 deste mês, no Centro Cultural de Aracaju, na praça General Valadão. Os grupos folclóricos vão percorrer algumas ruas do Centro, em cortejos festivos, e se apresentarão em uma arena em frente ao Centro (antiga Alfândega). O evento também contará com palestras, ações educativas, rodas de conversa, feirinha de cordéis, artesanato, comidas típicas, exposições e exibições de curtas.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

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