Grupos folclóricos dos quatro cantos do estado participaram.
Brincantes esbanjavam alegria na arena.
Festival mostrou diversas manifestações culturais.
Público foi formado por pessoas de todas as idades.
Pesquisadoras da cultura sergipana foram homenageadas.
Aglaé Fontes.
Beatriz Góis Dantas.
Presidente da Funcaju, Silvio Santos.
Bacamarteiros de Carmópolis também marcaram presença.
Superintendente da Secult, Irineu Fontes.
Fotos: Edinah Mary.
Publicado originalmente no site da PMA, em 23/08/2017.
Festival Brincantes valoriza a cultura popular dos quatro
cantos do Estado
O primeiro “Festival Brincantes” promovido pela Prefeitura
Municipal de Aracaju, através da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju),
chegou ao fim na noite desta terça-feira, 23. Foram dois dias de evento onde
aracajuanos e turistas puderam conhecer um pouco mais sobre as tradições dos
grupos folclóricos dos quatro cantos do Estado e a cultura popular sergipana
através de palestras, feiras e apresentações de brincantes.
O festival, que aconteceu no Centro Cultural de Aracaju e na
Praça General Valadão, teve como proposta valorizar e enaltecer os aspectos
culturais de Sergipe e também homenagear pessoas que contribuem com pesquisas e
desenvolvem outros trabalhos com o objetivo de manter viva as tradições aqui
encontradas. Samba de Coco do Mosqueiro, Parafusos de Lagarto, Cacumbi de
Laranjeiras, Ilariô de Pirambu foram alguns dos grupos que se apresentaram
durante o evento, contagiando o público que lotava a arena, cantava e dançava
acompanhado o ritmo dos cantadores.
“O festival foi um sucesso absoluto e cumpriu todos os
objetivos. Mostramos os mais diversos grupos culturais de Sergipe. O público
compareceu e saiu feliz com o que viu. Precisávamos jogar luz e jogamos.
Abrimos o espaço para mostrar a riqueza da nossa cultura popular e espero que
este primeiro festival possa trazer outros. A nossa intenção é reeditar esse
festival todos os anos em homenagem ao folclore e que ele sirva de exemplo para
todos os órgãos que fazem a cultura para sempre estimularmos e divulgarmos essa
arte”, afirmou o presidente da Funcaju, Silvio Santos.
No segundo e último dia do Festival Brincantes, o
pesquisador e superintendente executivo da Secretaria do Estado da Cultura
(Secult), Irineu Fontes, foi o grande responsável por abrir a programação com
sua palestra “Cacumbi do Mestre Deca: renovando as tradições”. Irineu
apresentou resultados de um trabalho desenvolvido com o grupo que tinha como
objetivo reacender a manifestação cultural. “Eu tive a honra de conhecer mestre
Deca e desenvolver trabalhos significativos afim de fortalecer o Cacumbi. Sem
dúvidas é um dos movimentos folclóricos do nosso Estado mais expressivo e que
merece grande apoio”, disse.
Irineu também ressaltou a parceria da secretaria do Estado
da Cultura na realização do festival junto com a Funcaju. “Eventos como estes
são muito bons e precisam ser realizados sempre. Mostra que somos um estado
rico em manifestações culturais e temos que aumentar o espaço cada vez mais. O
trabalho que a Funcaju realizou foi muito bom e a gente agradece essa parceria.
Daqui em diante vamos estar juntos cada vez mais”, ressaltou o superintendente
da Secult.
A terça-feira contou com diversas apresentações dos
brincantes. O grupo Ilariô de Pirambu foi o primeiro a se apresentar seguido
das Caceteiras de São Cristovão, Batucada Quebra Coco de Estância, Batalhão de
Bacamarteiros de Carmópolis, Reisado de Moita Bonita e encerrando com os grupos
de pífano de Boquim e Itabaianinha. Entre as apresentações, o Festival
Brincantes homenageou duas pesquisadoras da cultura sergipana, as professoras
Aglaé Fontes de Alencar e Beatriz Góis Dantas, pelo trabalho realizado em prol
da cultura no Estado.
“Uma emoção muito grande receber esta homenagem. É de um
valor imenso para mim. É um caminho natural essa estrada que a gente constrói
de valorização da cultura popular. Uma estrada que você começa e não sabe
quando acaba. Quando vejo uma instituição valorizar a nossa cultura, não só ter
a demonstração dos grupos, como também ter palestras educativas para que as
pessoas possam aprender a respeitar essas expressões culturais, só temos a
aplaudir e considerar um compromisso cultural muito importante”, afirmou a
professora Aglaé Fontes.
Já a professora Beatriz Góis Dantas fez questão de dividir a
homenagem com amigos brincantes que a ajudaram nessa trajetória. “Me sinto
muito honrada e emocionada com essa homenagem. É um reconhecimento de um
trabalho de mais de 40 anos. Quero dividir com os brincantes, os chefes de
grupo que eu pesquisei como Seu Paulino do São Gonçalo, Seu Oscar da Chegança,
Biliu da Taiera e Seu Raulino do Lambe Sujo, todos já em memória”, lembrou
Beatriz.
A primeira edição do Festival Brincantes chega ao fim com o
registro de muita cultura, arte, música, dança e animação. Os dois dias deixam
o sentimento de saudade nas pessoas que puderam acompanhar cada manifestação
cultural dos quatro cantos do estado e fica a promessa de que foi apenas a
primeira de muitas edições que virão por aí.
Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br
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