Ao todo, o MHS oferece 13 salas para visitações.
Foto: Márcio Garcez.
Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 16/08/2017.
Especial Cultura: Museu Histórico de Sergipe
Ao todo, o MHS oferece 13 salas para visitações
Localizado no coração da praça São Francisco, Centro
Histórico de São Cristóvão, o Museu Histórico de Sergipe (MHS) é um marco na
vida cultural sergipana. São 57 anos reunindo um acervo valiosíssimo sobre o
patrimônio cultural do estado, sua gente, curiosidades e é claro, arte. Para
quem desejar conhecer o local, que já foi prédio do Palácio Providencial
(quando São Cristóvão era a Capital sergipana), cadeia, escola e câmara dos
vereadores, toda a visita é guiada por especialistas, o que remete ao visitante
entrar num contexto totalmente embasado sobre o passado do estado, a partir de
sua própria identidade.
Fundado pelo governador do estado, na época, Luís Garcia, o
Museu Histórico de Sergipe fez uma verdadeira revolução ao compor todo o acervo
do local a partir de doações feitas pelos próprios sergipanos. A pedido do
governador, os jornais da época solicitaram que as pessoas doassem objetos que tivessem
relação direta com a formação cultural e artística dos sergipanos. Essa
participação da sociedade na construção do MHS foi considerado um ato de
extrema ousadia por parte dos organizadores do espaço. Assim, o museu nasceu
com a vocação de ser um núcleo de centralização das coisas de Sergipe. “Uma
parte considerável veio de doações, enquanto outras peças foram adquiridas
através do governador oriundas de pessoas que colecionavam arte, como por
exemplo, José Augusto Garcez, considerado o primeiro museológico do estado”,
relembrou a coordenadora de Museologia do MHS, Rosângela Reis.
Outra particularidade que vale a pena ser ressaltada é que a
primeira Composição Expográfica do museu foi realizada pelo renomado artista
plástico, Jenner Augusto - dando ao MHS um Know-how já em seus primeiros dias
de vida. “Outro ponto alto do acervo são as peças referentes ao pintor, Horácio
Pinto da Hora, que possui uma sala dedicada exclusivamente ao seu trabalho,
como forma de homenagear este laranjeirense reconhecido no mundo inteiro”,
contou Rosângela.
Outro detalhe sobre Horácio Pinto da Hora e que pode ser
visto no MHS foi o desenho em grafite feito por ele retratando o assassinato de
Maria da Conceição, onde o autor do crime, seu amante, o desembargador José
Cândido Pontes Figueroa usou requintes de crueldade para executá-la. O caso
chocou o Brasil, tanto que Horácio Pinto da Hora desenhou, estilo revista em
quadrinhos, o passo-a-passo do ocorrido. A riqueza dos detalhes chama atenção.
Ao todo, o MHS oferece 13 salas para visitações, sendo
algumas salas permanentes e outras temporárias, que recebem exposições
itinerantes ou que comportar peças oriundas do próprio museu (expostas em
ocasiões especiais). Então, trata-se de um museu orgânico, com mudanças visuais
realizadas constantemente. Uma sala exclusivamente composta por peças sobre o
cangaço (criada para matar a curiosidade dos turistas, contendo peças como
punhais, utensílios e roupas) também pode ser visitada.
O portal da Ordem dos Carmelitas, localizado praticamente na
porta do MHS, dá às boas-vindas aos visitantes assim que estes adentram o
museu. Um detalhe que deve ser contado é que o tapete vermelho, já na entrada
do museu simboliza a visita de D. Pedro II a São Cristóvão em 1860. Outro ponto
e que virou uma grande atração são alguns dos canhões usados na Guerra de
Canudos (que passaram recentemente por um processo delicado de restauração).
Detalhe: Para adentrar ao MHS, o visitante precisa usar as
tradicionais pantufas, para não desgastar o assoalho que por si só já uma
obra-de-arte. Conhecer o MHS é a certeza
de uma deliciosa viagem. Venha conhecer!
Horário de abertura do MHS
De terça a sábado – 10h às 16h
Domingo – 9h às 13h
(segunda-feira é fechado para manutenção e limpeza).
Valor do ingresso: R$ 5 (sendo que moradores de São
Cristóvão, professores, militares, estudantes e pessoas acima dos 60 anos pagam
meia-entrada).
Fonte: assessoria de São Cristóvão.
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br
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