Foto reproduzida do blog: bregaespecial.blogspot.com.br
José Augusto Costa, popularmente conhecido como José Augusto
“Sergipano”, nascido em 03 de outubro de 1936, na Avenida Santa Terezinha, no
bairro da Baixinha, em Aquidabã – Região norte de Sergipe, foi um
cantor/compositor que durante sua carreira artística gravou mais de 200
músicas, em mais de 25 (LP’s – também chamados de disco do vinil de 12
polegadas, que em geral, contem 12 músicas, seis em cada lado e compactos –
(single), com capacidade normal de armazenagem em torno de 4 minutos em cada
lado, em geral, com duas músicas, uma em cada lado, podendo ser também compacto
duplo), interpretando especialmente a “Música Romântica” em forma de boleros,
embora tenha algumas gravações em samba (Exaltação do Norte, Cantando Para Não
Chorar), em Rasqueado – dança regional do centro-oeste brasileiro (Engano do
Carteiro, Amor Proibido); em Guarânias – gênero musical de origem paraguaia
(Guarânia da Noite Triste, Tanto Amor que eu Tenho); em frevo (Frevo de
Protesto) e em Iê-iê-iê (Só Felicidade). O artista representa um típico
profissional da indústria da música da segunda metade do século XX no Brasil,
permitindo, através de sua história, a compreensão dos meandros de um segmento
que foi profundamente modificado pelo advento da internet e das ferramentas
digitais de produção e distribuição de áudio. Sua história artística começa em
Aracaju, cidade que passou a morar com a família desde os oito anos de idade.
Em 1953, aos 17 anos, estudava e trabalhava com os irmãos na empresa de ônibus
coletivo Xandu (Refere-se ao nome dado ao ônibus (marinete), pertencente à
família do cantor José Augusto “Sergipano”, que fazia transporte coletivo na
época com o trajeto no Bairro São José. O nome Xandu foi escolhido em homenagem
a uma música gravada por Luiz Gonzaga, no auge do seu sucesso. Fonte: Família
do Cantor José Augusto.) de propriedade da família, nesse mesmo período começa
a cantar em bailes, serenatas com amigos e passa a frequentar, inscrito como
calouro, de programas locais de auditório de rádio (Rádio Cultura e Rádio
Aperipê), sendo estes programas, transmitidos ao vivo e contavam sempre com
numerosa plateia. Aos 18 anos interrompeu sua “carreira artística” para servir
ao Exército, no 28º Batalhão de Caçadores e logo ao completar 19 anos, após
servir ao exército, mudou-se para São Paulo, em busca da realização de seu
sonho, o de tornar-se um cantor profissional Ao completar 19 anos, após servir
ao exército, mudou-se para São Paulo, em busca da realização de seu sonho, o de
tornar-se um cantor profissional, tendo em vista que as oportunidades para se
desenvolver uma carreira artística musical, concentravam-se no Sudeste,
precisamente no eixo São Paulo – Rio de Janeiro, por ser a região onde
concentravam-se as gravadoras, rádios, muitos locais para apresentação, enfim,
um grande mercado para a música. Já em São Paulo, inicialmente, precisou
trabalhar para garantir-lhe o sustento, enquanto buscava atingir seu objetivo
em relação à sua carreira profissional tanto desejada que estaria ligada a
música. Seu primeiro emprego na cidade foi na fábrica de chocolates Lacta,
localizada no Brooklin, zona sul, de propriedade de Ademar de Barros (que
também era dono da Rádio Bandeirantes). Trabalhava durante o dia no setor de
escritório da fábrica na fábrica e à noite cantava espontaneamente em boates e
clubes no centro da cidade como sistema q48 forma de divulgar seu trabalho. Nos
anos de 1960, José Augusto “Sergipano” decidiu viajar para o Rio de Janeiro, a
fim de participar do programa de calouros sob o comando e apresentação do Ary
Barroso, apresentando-se por duas vezes nesse programa, e alcançou a nota
máxima em ambas. Isso lhe deu um destaque em relação aos demais calouros, o que
lhe rendeu o convite do próprio Ary Barroso para assinar contrato com a rádio
Tupi . Em virtude de suas obrigações com a fábrica Lacta precisou retornar a
São Paulo, deixando verbalmente acertado que retornaria na semana seguinte para
dar início as suas atividades na rádio Tupi. Porém, já de volta a São Paulo, no
decorrer da semana, José Augusto “Sergipano” ao passar em frente ao escritório
da gravadora Chantecler , decidiu mostrar as letras de duas músicas trazidas
com ele de Sergipe. Eram elas: “Minha Mãezinha” de sua própria autoria e
“Cantando Para Não Chorar” composta por Teddy Vieira e Élcio Álvares. A direção
da gravadora deu-lhe a oportunidade de interpretar essas canções, com uma
audição (teste) que lhe proporcionou, logo em seguida, a proposta para gravar
um compacto com as duas canções. Por conta disso, José Augusto “Sergipano”
desiste de trabalhar na rádio Tupi e assina contrato com a Chantecler. Com as
canções sendo executadas nas rádios nacionais e com o sucesso da música “Minha
mãezinha”, logo a Chantecler decidiu lançar um álbum completo (LP), com o
título “José Augusto – Já o Novo Ídolo”. José Augusto“Sergipano” passou a
trabalhar na divulgação, enviando cartas para os programas musicais das rádios
e televisão da época. Lançou vários outros Lps e entre eles o LP: Êxitos Del
Brasil, com o intuito de alcançar o mercado da América Latina, cantando seus
sucessos em castelhano, o que lhe abriu as portas para uma carreira artística
em países como: Colômbia, Venezuela, Argentina, Paraguai e Bolívia. Nesse mesmo
ano viajou para uma turnê internacional que durou seis meses, numa série de
shows por esses países. Com o fim da turnê internacional, iniciou-se no Brasil,
uma sequência de shows pelo Norte e Nordeste, passando por Manaus, Belém,
Marabá, Recife, Maceió, Aracaju, entre outras cidades. Entre os anos de 1970 e
1980, paralelamente aos shows, foram lançados mais LPs, entre eles: Só Pertenço
a Você (1970), Prece de Amor e Paz (1971), José Augusto (1973), José Augusto
(1976), Aliança Devolvida (1978) e Abraça-me (1980), como também alguns
Compactos entre eles: Aliança Jogada (1974) e Sombras Nada Mais (1980), embora
tenha se casado, e constituído família, com dois filhos, motivo pelo qual, o
fez reduzir a agenda de shows, por morar em São Paulo, enquanto que grande
parte dos shows, já nessa época, era realizada no Norte e Nordeste do país.
Durante esse período, além das gravações desses discos, realizava shows,
principalmente no Nordeste, mesmo sem ter a mesma presença de antes nos meios
de comunicação de massa, sobretudo na TV, que já passava a dar mais ênfase à
música sertaneja, assim como a própria gravadora Continental. Numa dessas
viagens para fazer um show próximo à cidade de Feira de Santana na Bahia,
acabou envolvendo-se num acidente automobilístico e vindo a falecer no dia 5 de
dezembro de 1981, deixando o seu legado artístico cultural, através das suas
músicas e da sua história.
Texto reproduzido do site: som13.com.br
Musicas apaixonantes isso sim e que e letra
ResponderExcluirisso é quê é música
ResponderExcluirRecordações eternas dessas músicas.Eu as ouvia no esplendor dos meus 15 anos em São Luís do Maranhão.Saudade as águas correram dos meus olhos
ResponderExcluirMaravilha, vez em quando volto a escutar José Augusto. Além de ser um apaixonado pela vida, seu Sergipe, as letras musicais junto a voz perfeita para as interpretações nostálgicas.
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