Grupo Imbuaça - Teatro Chamado Cordel.
Grupo Imbuaça - “O Auto da Barca do Inferno”.
Grupo Imbuaça - Senhor do Labirinto
Grupo Imbuaça - A Grande Serpente.
Grupo Imbuaça - A Farsa dos Opostos.
Grupo
Imbuaça - Isabel Santos, Atriz e
produtora
Fotos reproduzidas do site: imbuaca.com.br
Publicação originária do Blog Francisco Oliveira, em 27 de outubro de 2013.
Breve Histórico do Grupo de Teatro Sergipano Imbuaça.
O Imbuaça surgiu a partir de uma série de oficinas
realizadas em Aracaju com o patrocínio do SNT – Serviço Nacional de Teatro e
Secretaria de Estado da Educação. Três professores vieram de Recife - PE para
ministrar as aulas de teatro.
[...] Gilson Oliveira, José Francisco e Lúcio Lombarde
desembarcaram em Aracaju, com o patrocínio do Serviço Nacional de Teatro e da
Secretaria de Estado da Educação (período que ainda não havia Ministério da
Cultura no país, bem como instituições culturais nas esferas estadual e
municipal, mas se produzia muito). Após a conclusão das oficinas, trinta e seis
jovens resolveram criar um grupo de teatro e o primeiro passo foi estudar a
conjuntura política. Essa ação está relacionada ao Movimento Estudantil, já que
alguns atores estudavam na Universidade Federal de Sergipe e participavam do ME.
O segundo passo foi conhecer as manifestações populares e alguns dramaturgos
nordestinos. O primeiro texto estudado foi “João Farrapo”, do potiguar Meira
Pires, e o objetivo era a sua montagem. Nesse período acontecia o VI Festival
de Arte de São Cristóvão, que tinha na sua programação a presença do Teatro
Livre da Bahia, com o espetáculo de teatro de rua “Felismina engole brasa”. O
impacto foi tão grande que todos decidiram seguir o mesmo caminho. (FILHO.
2010. p. 2)
No início o grupo chamava de “Aspectrus”. Dos trinta e seis
participantes do grupo apenas permaneceram: Francisco Carlos, Pierre Feitosa,
Maria das Dores, Maurelina Santos, Antonio Amaral, José Amaral, Cícero Alberto,
Virgínia Lúcia, Gilma de Oliveira e Joseilma de Oliveira. Um ano depois,
montaram a primeira peça “O Matuto com Balaio de Maxixe” e apresentaram na
praça D. José Thomaz no bairro Siqueira Campos, Aracaju – SE. Nesse mesmo ano em
homenagem ao embolador Mané Imbuaça, o nome Aspektrus é suprimido.Conforme
autor (ano, p.), “surge o Grupo Teatral Imbuaça em 28 de agosto de 1978. Nesse
mesmo ano participa do FASC – Festival de Arte de São Cristóvão/SE. Nesse
período, Lindolfo Amaral já integra-se à trupe participando da montagem do
espetáculo: “Teatro Chamado Cordel”, até dois mil e dois o Grupo Imbuaça
participou todos os anos.
Na década de 80, o grupo apresenta várias peças: começou no
ano de 1980 participa de grandes eventos nacionais. Ano depois montam vários
trabalhos, só em 1982 que se destaca a peça “A Gaiola”, o grupo participa de
eventos nacionais.
1986/1987 - O Imbuaça vai ao exterior pela primeira vez -
Festival de Teatro e Expressão Ibérica – Porto/Portugal. Monta “Velha Roupa
Colorida”, com o objetivo de levar às ruas uma discussão sobre a Constituição
Brasileira.
1989 – Mariano Antônio e Valdice Teles fazem a direção de
“Nu e Noturno”. Dramaturgia concebida a partir de textos de poetas sergipanos.
(GRUPO IMBUAÇA, s.d., n.p.)
No ano de 1990, o grupo participou no Equador do Festival
Internacional de Teatro e apresentou-se nas cidades de Portoviejo, Manta,
Guyiaquil e Quito.
Em 1991 o grupo invade um prédio abandonado onde havia
funcionado a Escola Municipal Abdias
Bezerra, localizado no bairro Santo Antônio que até hoje é sede do grupo
através de um contrato de comodato entre o grupo e a Prefeitura Municipal de Aracaju.
Em 1992, Clotilde Tavares, a partir de criações do grupo,
faz a dramaturgia e João Marcelino a direção da peça “A Farsa dos Opostos”.
Em 1993 o grupo
apresentou-se em festivais nacionais e no ano de 1994 foi a Portugal com o Projeto Cumplicidade onde fez as cidade
de Porto, Bragança, Alijustrel,
Amarante, Valongo, Castro Verde, Mertola e
Tondela.
Em 1995, o ator e diretor Mariano Antônio morre de acidente
automobilístico. Nesse mesmo ano o grupo monta “Chico Rei”, texto de Walmir
Ayala e direção de João Marcelino e “Mulheres de Eurípedes”, direção de
Lindolfo Amaral e Valdice Teles. No Festival Internacional de Teatro de
Londrina em 1996, o grupo apresentou “A Farsa dos Opostos”. Em 1997 João Marcelino dirige a peça “O Auto da Barca
do Inferno”.
O Imbuaça executou um Oficina de Teatro de Rua e “A Farsa
dos Oposto” foi exibida na Escola Internacional da América Latina, ambos
realiados no ano de 1998.
1999 – Primeira montagem teatral feita no Brasil sobre a vida e obra do artista sergipano
Artur Bispo do Rosário. O espetáculo “Senhor dos Labirintos” encanta o país.
Com dramaturgia do paranaense Mauricio Arruda Mendonça e direção de João
Marcelino. Os críticos cariocas reverenciaram a peça durante a temporada
realizada no mês de junho no Teatro Nelson Rodrigues. O grupo participa na
cidade de São Paulo da montagem de “Além da Linha D’água” com as participações
de Marília Pêra, Quinteto Violado, Grupo de Aboiadores de Serrita/PE e Grupos
do Movimento da Quixabeira/BA – Direção de Ivaldo Bertazzo.
2000 – Começa um trabalho social através da arte com
crianças do bairro Santo Antônio - teatro, música, dança, e muita brincadeira.
2002 - Participação em festivais, remontagem do espetáculo
“Antônio Meu Santo” com a direção de Lindolfo Amaral. O grupo celebra os seus
25 anos com a realização de um Seminário sobre Teatro de Rua no Brasil com as
participações de: Amir Haddad/RJ, IloKrugli/SP, Paulo Flores e Tânia/RS, Nelson
Brito/MA, Waneska Pimentel/AL, Fernando Peixoto/SP, Márcio Meireles/BA,
Fernando Augusto/PE, dentre outros. Nasce o Projeto Mané Preto, patrocinado
pelo BNDES, oferecendo oficinas de teatro, música e dança para crianças e
adolescentes do bairro e arredores.
2003 - Montagem de “A Dança dos Santos” - texto e direção de
Valdice Teles e participação dos atores convidados Pierre Feitosa e Isaac
Galvão.
2004 – Montagem de “Desvalidos” - dramaturgia concebida por
Ivan Cabral inspirada na obra do escritor sergipano Francisco Dantas com
direção do paulista Rodolfo Garcia Vasquez. Embarca no projeto Caravana FUNARTE
de Teatro/NE - Fortaleza, Guaramiranga/CE; São Luís/MA e Riachão do Dantas/SE.
2005 – Falece a atriz Valdice Teles. Implantação do Ponto de
Cultura “Nosso Palco é a Rua” com o patrocínio do Ministério da Cultura -
projeto de formação técnica em teatro para 40 adolescentes. Ingressam
oficialmente no grupo Iradilson Bispo e Manoel Cerqueira.
2006 - Pequenas participações em eventos e rearrumação da
casa. Montagem “Natal na floresta dos ursinhos” - texto de Lindolfo Amaral e
Manoel Cerqueira, direção de Tetê Nahas, cenário e figurino de Iradilson Bispo,
produção de Isabel Santos. Elenco: alunos do Ponto de Cultura “Nosso Palco é a
Rua” e as participações de Luciano Lima e Rita Maia.
2007 - Montagem do auto natalino “Tá Caindo Fulô” com alunos
dos projetos sociais, texto e direção de Iradilson Bispo. Montagem do primeiro espetáculo infantil do
grupo, “O Palhaço e a Bailarina”, da obra dos escritores Antônio Carlos Viana e
Sônia Maria Machado.
2008 - Os alunos continuam em cena com “Comadre Caetana”,
dirigido por Lindolfo Amaral, “O Martelo de Deus”, “A Hora da Estrela” e a
remontagem do auto natalino “Tá Caindo Fulô”, com direção de Iradilson Bispo.
Realização da Mostra Brasil de Teatro de Rua com as participações de grupos
sergipanos: Boca de Cena, StultiferaNavis, Imagem, Mamulengo de Cheiroso, São
Gonçalo, Reisado do Marimbondo e de outros Estados: Alegria, Alegria/RN, Joana
Gajuru/AL, Ta na Rua/RJ, Teatro que Roda/GO, Falos e Stercus/RS. (ibidem, s.
d., n. p.)
Em 2009, Rivaldino Santos e Lizete Feitosa fizeram uma
participação na remontagem de “Senhor dos Labirintos”, dirigido por Lindolfo
Amaral.
Em 2009 Iradilson Bispo dirige “O Mundo Tá Virado. Tá que
vai ou não vai. Uma banda pendurada a outra em breve cai”.
2010 – Montagem de “A Grande Serpente” do potiguar Racine
Santos com direção de João Marcelino.
2011 – Participação no projeto do SESC/ Palco Giratório - o
grupo faz 71 apresentações em 16 Estados brasileiros e o Distrito Federal com
os espetáculos “Teatro Chamado Cordel”, “A Grande Serpente” e “O mundo tá
virado...”
2012 - Imbuaça 35 anos. Remontagem, através do Prêmio Artes
de Rua- MINC/FUNARTE, de “A Farsa dos Opostos”. Texto de Clotilde Tavares,
direção João Marcelino.
2013- O grupo é contemplado com o prêmio Funarte de Tetro,
Myriam Muniz, para circulação e montagem de espetáculos.
2013 – O grupo viaja para São Paulo com “A Farsa dos
Opostos” e participa do Circuito Cultural Paulista e Virada Cultural 2013. (ibidem, s. d., n. p.) Participa do 9º Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória
e pela primeira vez apresenta-se no TOBIARTE-SE.
2013- A atriz Izabel Santos, uma das fundadoras do grupo
imbuaça, deixa o grupo depois de 33 anos de atividades no grupo.
2014- Apresenta o espetáculo a Grande Serpente, circulação
nordeste, com a direção teatral de João Marcelino. Percorrendo os Estados do
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
Hoje o grupo Imbuaça está com três espetáculos em seu
repertório: A Grande Serpente, A Farsa dos Opostos e o Mundo Tá Virado.
Continua ministrando aulas de teatro as terças e quintas em sua sede e conta
com uma equipe de 12 pessoas para realização dos seus espetáculos.
Revisão Geral do Artigo:
Isabel Santos Atriz, Produtora e ex-integrante do grupo Imbuaça.
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